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Mais de 1,3 bilhão de pessoas viverão com diabetes até 2050, estimam cientistas

Cenário epidemiológico é impactado por questões como o racismo estrutural e a desigualdade geográfica em países de baixa e média renda

 

Os mais afetados pela doença são os grupos étnicos minoritários.

 

Texto: Estação do Autor com CNN Brasil

Edição: Scriptum

 

Apesar dos avanços como aumento da conscientização e esforços internacionais, o diabetes ainda é um problema de saúde global. A doença é uma das principais causas de morte e incapacidade ao redor do mundo. Especialistas afirmam que o cenário epidemiológico é impactado por questões como o racismo estrutural e a desigualdade geográfica vivenciada por países de baixa e média renda. Dessa forma, os mais afetados são os grupos étnicos minoritários.

O alerta foi anunciado recentemente nas publicações científicas Lancet e Lancet Diabetes & Endocrinology. As estimativas mostram que, sem uma estratégia eficiente para reduzir os danos, mais de 1,3 bilhão de pessoas viverão com diabetes até 2050. Reportagem de Lucas Rocha para a CNN Brasil apresenta detalhes do estudo no qual pesquisadores concluem que fatores estruturais e sociais desempenham um papel crucial no cuidado da doença.

Os pesquisadores projetam que nenhum país deve ter declínio nas taxas de diabetes padronizadas por idade nas próximas três décadas. Oceania, Norte da África, Oriente Médio, Guiana e Caribe são as regiões mais afetadas. As análises concluem que pessoas de comunidades marginalizadas têm menos probabilidade de acessar medicamentos essenciais, como insulina, e novos tratamentos. Some-se a isso um controle precário de açúcar no sangue, além de baixa qualidade e expectativa de vida.

Shivani Agarwal, pesquisadora do Fleischer Institute for Diabetes and Metabolism e líder dos estudos, declara em comunicado que a compreensão da desigualdade no diabetes é essencial para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Reduzir as doenças não transmissíveis em 30% em menos de sete anos, minimizar os efeitos cada vez mais negativos sobre a saúde das populações desfavorecidas e a força das economias nacionais nas próximas décadas estão entre as metas a serem alcançadas.

Na opinião do coautor da pesquisa, professor americano do Medical College of Wisconsin Leonard Egede, políticas racistas que envolvem segregação residencial afetam o local onde as pessoas vivem, seu acesso a alimentos saudáveis e serviços de saúde.


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