Texto: Estação do Autor com g1 / DW Deutsche Welle
Edição: Scriptum
Matemáticos vibraram com a notícia. É que, com ajuda de um supercomputador, dois grupos de pesquisa independentes da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, e da Universidade de Paderborn, na Alemanha, conseguiram calcular o nono número de Dedekind, que por 32 anos foi considerado um problema insolúvel.
Reportagem da DW alemã publicada pelo g1 detalha como os pesquisadores solucionaram o mistério do número “impossível”, a sequência numérica descoberta no século 19 pelo matemático alemão Richard Dedekind.
O conceito dos números de Dedekind é de difícil compreensão para quem não gosta de matemática. Seus cálculos são extremamente complexos. Os números dessa sequência aumentam exponencialmente a cada nova dimensão. Isso significa que ficam cada vez mais difíceis de definir, além de ficarem sempre maiores. Por isso, o valor de D(9) foi considerado por muito tempo impossível de se calcular.
Em 1991, um supercomputador Cray-2, um dos mais poderosos da época, mas menos poderoso que um smartphone moderno, e o matemático Doug Wiedemann levaram 200 horas para calcular o D(8).
O cientista da computação Lennart Van Hirtum, da Universidade de Paderborn, autor de um dos estudos, acredita que o cálculo do décimo Dedekind exigirá um computador ainda mais moderno do que os existentes atualmente. “Se calculássemos agora, era necessário um poder de processamento igual à potência total do Sol”, disse Van Hirtum ao portal Live Science. Isso torna o cálculo “praticamente impossível”, acrescentou.