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Mudanças climáticas estão destruindo construções mais antigas do mundo, no Iraque

Reconhecida pela Unesco como patrimônio da humanidade, restos da Babilônia estão desaparecendo com o tempo

 A grande mesquita de Samarra

 Texto: Estação do Autor com Um Só Planeta/Globo

Edição: Scriptum

Algumas maravilhas do patrimônio histórico mundial estão sendo destruídas pelo aumento nas concentrações de sal e a alta incidência de tempestades de areia. A reportagem de Sofia Schuck para Um Só Planeta mostra como o Iraque, considerado o berço da civilização, com alguns dos edifícios e construções mais antigos do mundo, sofre os efeitos da crise climática.

Reconhecida pela Unesco chttps://web.archive.org/web/20220425165959/https://umsoplaneta.globo.com/clima/noticia/2022/04/15/mudancas-climaticas-estao-destruindo-construcoes-mais-antigas-do-mundo-no-iraque.ghtmlomo patrimônio da humanidade, restos da Babilônia estão desaparecendo com o tempo. O minério salgado cobre os tijolos de barro; no Templo de Ishtara deusa suméria do amor e da guerra, as paredes começam a desmoronar. Outras construções afetadas estão em Samarra. Na capital da era islâmica, as construções sofrem com as tempestades de areia, assim como em Umm al-Aqarib com seu Templo Branco.

Arqueólogos explicam que a Mesopotâmia, terra entre os dois rios do atual Iraque, é rica em sal e esse mesmo minério pode ter poder destrutivo à medida que suas concentrações aumentam. A salinidade no rio Shatt al-Arab, formado pela confluência dos rios Tigre e Eufrates, começou a aumentar nos anos 1990. A partir de então, as mudanças climáticas têm agravado o problema.

Previsões da ONU apontam que os termômetros devem aumentar 2°C até 2050, enquanto a quantidade de chuva deve cair até 17% e o número de tempestades de areia deve mais do que dobrar: de 120 para 300 por ano. Ao mesmo tempo, o aumento da água do mar empurra mais sal para o Iraque e em menos de 30 anos partes do Sul podem estar completamente inundadas.


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