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Mudanças climáticas potencializam risco de câncer de pele

Estudo realizado no Brasil entre 2013 e 2023 mostra que a radiação ultravioleta intensa e queimadas frequentes estão associadas ao aumento da mortalidade por neoplasias malignas da pele

Temperaturas médias anuais mais altas, radiação ultravioleta intensa e queimadas frequentes estão associadas ao aumento da mortalidade por neoplasias malignas da pele.

 

Edição Scriptum com Estação do Autor e Um Só Planeta

 

O aquecimento global não provoca apenas eventos climáticos extremos. Tem impacto, também, na saúde das pessoas. Reportagem de Nilson Cortinhas para o site Um Só Planeta apresenta evidências científicas recentes que indicam que o aquecimento global está elevando o risco de câncer de pele, especialmente em regiões tropicais.

Um estudo ecoepidemiológico realizado no Brasil entre 2013 e 2023, divulgado no ResearchGate, mostra que as temperaturas médias anuais mais altas, radiação ultravioleta intensa e queimadas frequentes estão associadas ao aumento da mortalidade por neoplasias malignas da pele.

Artigo publicado na Public Health no ano passado identificou múltiplos fatores relacionados ao clima. O aumento da radiação UV, o avanço das temperaturas e a poluição do ar atuam como catalisadores do crescimento global das taxas de câncer de pele. Pesquisadores projetam que um aumento médio de 2°C na temperatura do planeta pode elevar em cerca de 11% a incidência mundial da doença até 2050, de acordo com artigo no PubMed Central.

A dermatologista Heliana Góes explica que a elevação da temperatura ambiente não causa o câncer por si só, mas potencializa os efeitos da radiação UV e aumenta o tempo de exposição das pessoas ao sol, já que o clima mais quente estimula atividades ao ar livre.

Segundo ela, todos os tipos de câncer de pele têm como principal causa a radiação UV, mas respondem de formas diferentes ao padrão de exposição solar. O melanoma, o mais perigoso, está associado a exposições intensas e intermitentes, como queimaduras solares graves, que podem se tornar mais frequentes em um cenário de ondas de calor. Já o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, os tipos mais comuns, estão ligados à exposição solar crônica e cumulativa ao longo da vida.

A especialista destaca que a combinação de calor extremo, maior insolação e poluição atmosférica cria um cenário de risco elevado para a população, sobretudo em países tropicais como o Brasil. Com a radiação UV permanecendo como principal fator de risco, a orientação da médica é usar protetor solar diariamente, evitar exposição ao sol nos horários de pico, investir em roupas e barreiras físicas de proteção e buscar atendimento médico diante de qualquer alteração suspeita na pele.


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