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‘Não há como evitar que pane volte a acontecer’, diz membro do comitê gestor da internet

Demi Getschko, membro do comitê gestor da internet, diz que os “bugs” mas poderiam ser minimizados com testes em ambientes controlados

Cientista Demi Getschko entende que, aparentemente, foi consequência de uma atualização mal planejada.

 

Texto Edição do Autor com O Globo

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Na última sexta-feira (19), uma falha no sistema operacional Windows, da Microsoft, afetou computadores do mundo inteiro. A pane interrompeu atividades em bancos, aeroportos, estações de trem e até mesmo em hospitais. Foi o que já está sendo considerado o maior apagão cibernético registrado até hoje.

Em entrevista para Juliana Causin, do jornal O GloboDemi Getschko, diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e representante de notório saber em Internet do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), acredita que mais cedo ou mais tarde uma pane cibernética como essa deve voltar a ocorrer. Para ele, os “bugs”, a expressão para falhas ou erros em softwares, acontecem “de tempos em tempos”, mas poderiam ser minimizados com testes em ambientes controlados.

Ao analisar as proporções do apagão, o cientista entende que, aparentemente, foi consequência de uma atualização mal planejada. “Mas o fato é que a falha mora na parte central do sistema, portanto é mais complicada de ser corrigida. Do que sabemos até aqui, foi um erro operacional, de desenvolvimento. Obviamente, eliminá-lo pode ser trabalhoso. E o defeito que ele apresenta é um bloqueio geral, o que é bastante ruim. Se fosse somente uma não funcionalidade do antivírus, seria mais simples. O grave, nesse caso, é que deixou de funcionar o sistema hospedeiro (o Windows)”, complementa o diretor presidente do NIC.br.

Demi Getschko usa o recente apagão como alerta e reafirma que, “em um mundo baseado em tecnologias complexas e cada vez mais longe do nosso entendimento, há que se ter um uso racional delas e saber do risco que corremos. Nós dependemos delas e nós temos pouquíssimo controle sobre elas. Então, o máximo que podemos tentar fazer é não cair cegamente em qualquer alteração imediata e se possível testá-la antes em um ambiente restrito. Mas é preciso saber que isso pode acontecer. Por artifícios maliciosos de hackers ou por erros humanos, que é o que parece ter acontecido nesse caso”.


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