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O que é o sal-gema e por que sua extração gerou problemas em Maceió?

Matéria-prima usada na indústria química é encontrada em jazidas subterrâneas formadas há milhares de anos a partir da evaporação de porções do oceano

O sal-gema é encontrado em jazidas subterrâneas formadas há milhares de anos a partir da evaporação de porções do oceano

 

 

 

Texto: Estação do Autor com Agência Brasil

Edição: Scriptum

A qualquer momento, uma cratera maior do que o estádio do Maracanã pode surgir num dos bairros de Maceió. Na última semana, a prefeitura decretou estado de emergência diante do iminente colapso em uma das minas de sal-gema exploradas pela petroquímica Braskem. Não é de hoje que o medo ronda os moradores da capital alagoana. A história se repete. Em 2018 foram registrados afundamentos similares em cinco bairros da cidade, desalojando a população depois de um tremor de terra.

Enquanto o sal comum, aquele utilizado na cozinha, é retirado do mar, o que produz matéria-prima versátil para a indústria química, o sal-gema, é encontrado em jazidas subterrâneas formadas há milhares de anos a partir da evaporação de porções do oceano. Reportagem de Léo Dias para a Agência Brasil mostra causas e consequências de uma situação crítica que pode gerar tremor de terra com potencial para abrir uma enorme cratera.

A princípio, a exploração do sal-gema era focada na produção de dicloroetano, substância empregada na fabricação de PVC, fazendo da Braskem a maior produtora do material das Américas. A extração envolvia a escavação de poços até a camada de sal, que pode estar há mais de mil metros de profundidade. Achado o produto, injetava-se água para dissolver o sal-gema, formando uma salmoura. Em seguida, usando um sistema de pressão, a solução era trazida até a superfície. Ao fim da extração, esses poços eram preenchidos com uma solução líquida para manter a estabilidade do solo. Em Maceió, o vazamento dessa solução deixou buracos na camada de sal.

Desde o desastre de 2018 ocorreram novos tremores e surgiram rachaduras em casas e ruas, fazendo com que finalmente a petroquímica decretasse o fim da exploração das minas no ano seguinte. A Braskem declara que foi pago o valor de R$ 3,7 bilhões em indenizações e auxílios financeiros para moradores e comerciantes atingidos pelo acidente. Porém, uma parcela dos atingidos busca reparação através de processos judiciais. O caso também é discutido em ações movidas pelo Ministério Público Federal (MPF).


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