Texto: Estação do Autor Comunicação com DW
Edição: Scriptum
O momento político americano é marcado por forte polarização entre democratas e republicanos. Os eleitores vão às urnas para decidir quais partidos estarão no controle na Câmara e no Senado. Temas como economia e aborto estão em pauta. Porém, o que marca esse pleito de “meio mandato” é a expectativa de maior comparecimento do eleitorado preocupado com os rumos dos EUA.
Reportagem de Carla Bleiker para o DW relata o que está em jogo nas eleições de meio mandato americanas, assim como o perfil dos eleitores que determinarão o futuro do País. A votação ocorre no período intermediário entre as eleições presidenciais, quando serão escolhidos os novos membros de toda a Câmara dos Representantes, um terço das cadeiras do Senado e vários governos estaduais.
Durante a presidência de Donald Trump, o comparecimento nas chamadas midterms aumentou para 53,4%, segundo o censo americano. Editor do portal de notícias políticas The Hill e ex-redator da DW, Brandon Conradis projeta que, assim como em 2018, muitos eleitores comparecerão às urnas pela primeira vez. Para ele, esse maior engajamento indica as preocupações sobre o país por parte dos votantes. Merrifield Wilson, professora adjunta de ciência política da Universidade de Indianápolis, entende que caso os democratas percam o controle sobre uma ou ambas as casas do Congresso, a segunda metade do mandato de Biden será ainda mais complicada.
Por outro lado, vários candidatos republicanos apoiam abertamente a alegação de Donald Trump, de que a eleição de 2020 teria sido “roubada”, gerando apreensão em torno da votação. Sendo os democratas ou republicanos com maioria de representantes eleitos, o fato é que o resultado será determinante para a política interna americana, reverberando em outros países do mundo.