Texto: Estação do Autor com DW
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Várias iniciativas vêm sendo adotadas contra o desperdício de alimentos e no combate à fome na Europa. Bancos alimentares estão entre as propostas adotadas para minimizar o problema.
Na Bélgica, cerca de 150 famílias no município de Laeken são atendidas por um banco alimentar. Ao contrário de um estabelecimento comercial, os alimentos não são pagos e podem ser escolhidos à vontade. Os produtos são doados pelos supermercados, alguns já com datas de validade vencidas. Outros, como óleo ou farinha, estão marcados com a bandeira da União Europeia, e foram pagos por um projeto do bloco de nações.
Reportagem de Lucia Schulten para o site DW trata sobre a lei que pretende estabelecer obrigatoriedade de doação para supermercados de médio e grande porte.
O banco de Laeken opera com voluntários e é um dos cerca de 140 na região de Bruxelas. Segundo o presidente da instituição, Luc Rogge, o banco regional central fornece anualmente cerca de 5 mil quilos de alimentos a organizações sem fins lucrativos.
A Bélgica não é a única nação europeia que quer regular por lei as doações de comida pelos supermercados. A Espanha também planeja uma legislação para dar fim ao desperdício. Em países como França e República Checa, os varejistas se comprometem formalmente a doar os produtos excedentes a organizações de assistência alimentar. Outros, como Itália e Moldova, adotam incentivos fiscais ou simplificam os procedimentos administrativos para as doações.
De acordo com o instituto de estatísticas Eurostat, aproximadamente 10% dos alimentos disponibilizados aos consumidores da UE vão parar no lixo – o equivalente a quase 59 milhões de toneladas em 2020. Ao mesmo tempo, 32,6 milhões de cidadãos da Europa não tem uma refeição de qualidade a cada dois dias.