Mesmo que a NASA experimente várias formas para apurar se estamos ou não sozinhos, ainda não foi encontrada vida fora da Terra.
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Texto: Estação do Autor com O Globo e agências internacionais
Edição: Scriptum
Tema de filmes, livros e séries, há muito tempo a existência de objetos voadores não identificados ronda nosso imaginário. Pela primeira vez, cientistas e pesquisadores reunidos pela NASA, agência espacial norte-americana, apresentaram as “deliberações finais” de estudo sobre o tema. Em linhas gerais, os analistas indicam que há necessidade de se obter mais e melhores informações para desvendar as misteriosas aparições de óvnis.
Em junho de 2022, um grupo de especialistas se reuniu para analisar dados referentes aos fenômenos anômalos identificados. UAPs (na sigla em inglês) é a nova nomenclatura que engloba a aparição de objetos e incidentes no espaço, no céu ou na água, cuja origem não pode ser imediatamente identificada.
Leia na reportagem de O Globo (para assinantes) detalhes da histórica audiência pública da NASA. A iniciativa rompe décadas de silêncio do governo americano o que, com isso, contribuiu para estigmatizar o assunto.
Questionado sobre a existência de extraterrestres, David Spergel, presidente do painel, declarou que com a descoberta de outros planetas, foram detectados ambientes com potencial para a vida. Entretanto, ele afirma que mesmo que a NASA experimente várias formas para apurar se estamos ou não sozinhos, ainda não foi encontrada vida fora da Terra.
Os trabalhos científicos do painel focaram apenas em documentos não sigilosos. Um gráfico revelou que a maior parte dos óvnis registrados entre 1996 e 2021 são redondos ou têm orientações atípicas e diâmetros que variam de 1 a 4 metros. Eles são, em geral, translúcidos, brancos ou prata.
Na opinião de Nadia Drake, jornalista de ciência, os relatos de objetos não identificados são interessantes, porém a Nasa tem dificuldades para corroborá-los. Segundo ela, “os dados necessários para explicar essas aparições anônimas com frequência não existem”. Diante disso, a agência espacial analisa formas mais factíveis de coletar informações relevantes, ressaltando a necessidade de um rígido processo científico por conta do grande interesse público pelo tema.
