Brincar é coisa séria. É saudável e fundamental para o desenvolvimento infantil. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), brincar é uma das maneiras mais importantes de as crianças adquirirem conhecimentos e habilidades básicas que irão usar pela vida toda. No entanto, as cidades oferecem cada vez menos espaços para que as crianças possam brincar livremente, e a possibilidade de fazê-lo em espaços que estimulem a criatividade se reduziu muito ao longo dos anos.
Para mudar isso, começam a ser implementados no Brasil parques naturalizados que se utilizam da própria topografia onde são instalados, com os elementos naturais que lá estiverem, sejam troncos, pedras, areia e árvores ou plantas e terra batida.
Em reportagem assinada por Meghie Rodrigues, do ECOA – UOL, Paula Mendonça, assessora pedagógica do programa Criança e Natureza do Instituto Alana, conta como trouxe a experiência desenvolvida na Alemanha para terras brasileiras (leia a íntegra).
O pedagogo alemão Udo Lange instalou os primeiros parques naturalizados no início da década de 1990 em Freiburg, na Alemanha. A ideia de parque naturalizado, explica Lange, vai muito além da construção de praças e parquinhos infantis. O objetivo não é aplanar e concretar o terreno, mas entender a perspectiva das crianças sobre como utilizam aquele espaço e facilitar este uso de uma forma que seja segura, acessível e que ofereça a possibilidade de intervenção criativa e interação com outras crianças.
Em 2017, em missão técnica com colegas de várias instituições e gestores públicos, Paula Mendonça viajou a Freiburg onde conheceu Lange e decidiu adaptar a experiência para as cidades brasileiras.