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Partícula rara e com alta concentração de energia é detectada caindo na Terra

De origem desconhecida, tem energia milhões de vezes maior que as partículas colocadas no Grande Colisor de Hádrons, o acelerador mais poderoso já construído

Cientistas acreditam que a Amaterasu tenha surgido a partir de eventos celestes “poderosos”, justificando assim o acúmulo de energia tão rara.

 

 

 

Texto: Estação do Autor com o Estadão

Edição: Scriptum

 

 

Uma partícula de energia rara e extremamente alta vem caindo do espaço para a Terra. De origem desconhecida, a misteriosa partícula foi batizada de Amaterasu, em homenagem à deusa do sol na mitologia japonesa. Em artigo publicado na revista Science, astrônomos registram que se trata de um dos raios cósmicos de maior energia já detectados pelo ser humano.

A reportagem de Giovanna Castro para o Estadão (assinantes) revela detalhes do estudo desenvolvido pelas Universidade de Utah (EUA), e Universidade de Tóquio, no Japão.

Os cientistas acreditam que a Amaterasu tenha surgido a partir de eventos celestes “poderosos”, justificando assim o acúmulo de energia tão rara. Um raio cósmico é uma partícula subatômica de alta energia, geralmente um próton, que atravessa o espaço próximo à velocidade da luz. O nome, raio, vem do efeito causado por esse movimento.

A Amaterasu tem energia superior a 240 exa-elétron-volts (EeV), valor milhões de vezes maior do que o das partículas colocadas no Grande Colisor de Hádrons, o acelerador mais poderoso já construído.

A descoberta aconteceu quase que por acaso. Toshihiro Fujii, astrônomo da Universidade Metropolitana de Osaka, fazia uma verificação rotineira de dados no Telescope Array, em Utah, quando os sinais sugeriam que os detectores das instalações haviam sido destruídos por algo superenergético. “Achei que havia algum tipo de erro ou bug no software”, disse Fujii à revista Nature, que repercutiu o achado. Para sua surpresa, as medições foram consistentes como as produzidas pelos raios cósmicos de energia bastante alta, que geralmente viajam pelo espaço de forma suave.

Fujii e sua equipe chegaram a calcular a origem do raio numa região onde há poucas galáxias. Tentaram também combinar o raio cósmico com possíveis galáxias de origem e objetos localizados fora da sua direção de chegada, mas nenhum deles parecia se encaixar. “Não havia nada”, disse.


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