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Pesquisa mostra capitais na contramão de meta para redução de emissões

Entre as dez cidades mais populosas, Manaus lidera o ranking de maiores emissões, com 3,06 toneladas por habitante; o melhor desempenho é o de Salvador

 

 

Segundo especialistas, a área de transportes pode trazer resultados importantes para a redução da emissão de poluentes

 

 

Texto Estação do Autor com Agência Brasil

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A falta de propostas dos candidatos às prefeituras para enfrentar a crise climática e reduzir a emissão de gases de efeito estufa tem incomodado pesquisadores e ativistas ambientais no atual processo eleitoral. A cobrança por medidas que enfrentem a questão ganha ainda mais peso em meio às intensas queimadas que vêm atingindo diferentes localidades do país.

Reportagem de Léo Rodrigues para a Agência Brasil ouviu especialistas como o biólogo Conrado Galdino, professor e pesquisador da PUC (MG), que destaca que o enfrentamento a esses incêndios é atribuição principalmente de órgãos ligados aos governos estaduais e ao governo federal. Ainda assim, afirma que os municípios podem adotar algumas iniciativas e que a simples piora da qualidade do ar deveria motivar os candidatos a prefeito a discutir medidas pertinentes.

Considerando a meta fixada pela Agenda 2030, levantamento realizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) indica que seria preciso cortar mais da metade do volume de emissões líquidas em cinco das dez capitais mais populosas do País. Nas demais, a redução seria de pelo menos 30%. Entre as dez cidades mais populosas, Manaus lidera o ranking com 3,06 toneladas por habitante, seguida do Rio de Janeiro (2,03) e de Belo Horizonte (1,82). O melhor desempenho é o de Salvador (1,19).

Para Galdino, apesar de o controle das emissões de gases depender em grande parte do Legislativo e do Executivo federal, a prefeitura tem como dar contribuições importantes, e seu papel não deve ser menosprezado. “O município pode fazer muita coisa”, afirma.

Já para o professor de arquitetura e urbanismo do Ibmec Marco Antonio Milazzo existem três frentes em que a atuação das prefeituras pode trazer resultados importantes: transporte, consumo de energia e gestão do lixo. Milazzo cita experiências que já estão sendo adotadas em algumas cidades, como a eletrificação do transporte público e a implantação da tarifa zero. O transporte gratuito é um incentivo para que as pessoas usem o ônibus em vez de usar seu automóvel, declara. O professor destaca ainda a necessidade de controlar o crescimento urbano. A expansão desregulada, segundo ele, agrava os problemas ligados ao transporte e ao lixo.

Os avanços em questão ambiental dependem do comportamento da população, acredita Galdino. Ele diz que as medidas mais importantes que os municípios podem promover são voltadas para o processo educativo. Segundo o biólogo, o tema das emissões de gases de efeito estufa geralmente só é abordado por candidatos a prefeito relacionado à infraestrutura verde da cidade. Fala-se em ações de arborização e de requalificação das praças. Embora sejam medidas que gerem conforto local por criar áreas de sombra e dar aos moradores uma melhor sensação climática, elas proporcionam apenas uma ínfima captura de carbono.


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