Texto: Estação do Autor com O Globo e agências internacionais
Edição: Scriptum
O plano de deportação em massa prometido pelo presidente eleito Donald Trump colocou de sobreaviso estrangeiros que estudam em universidades americanas. A Universidade de Yale e o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) estão entre as instituições que orientam alunos a tomarem precauções como retornar das férias de inverno antes de o republicano tomar posse, em 20 de janeiro. Mais de 400 mil imigrantes em situação irregular estão matriculados no ensino superior do país, segundo o portal Higher Ed Immigration.
De acordo com o “czar da fronteira” linha-dura indicado pelo republicano, Tom Homan, a operação para realizar a maior deportação da História vai priorizar, em um primeiro momento, imigrantes que tenham cometido crimes violentos ou ameaçado a segurança nacional.
Reportagem do jornal O Globo com agências internacionais mostra que a informação, no entanto, não tem servido de consolo para os estudantes. Autoridades do novo governo sugeriram usar as Forças Armadas para ajudar na expulsão e na construção de instalações para mantê-los enquanto aguardam a deportação.
Estima-se que mais de 11 milhões de imigrantes estejam em situação irregular nos EUA. A maioria, oito em cada 10, está no país há mais de uma década.
Quando assumiu a Casa Branca, em 2017, Trump assinou um decreto proibindo cidadãos de diversos países predominantemente muçulmanos, além da Coreia do Norte e da Venezuela, de entrarem nos EUA. Ao longo do mandato, também impôs limitações aos vistos de estudantes.
As orientações das universidades se estendem aos estudantes estrangeiros protegidos pela política de Ação Diferida para Chegadas na Infância (Daca), os chamados “dreamers” (sonhadores), pessoas que entraram sem documentação no país quando eram crianças.
A medida, estabelecida durante o governo de Barack Obama, livrou mais de meio milhão de imigrantes irregulares da deportação. Quando Trump assumiu a Casa Branca na primeira vez, ele tentou acabar com o programa.