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‘Romeu e Julieta’ é banido de escolas na Flórida por conteúdo sexual

Medida foi tomada com base na Lei dos Direitos dos Pais na Educação, sancionada no ano passado pelo governador Ron DeSantis

 

Texto: Estação do Autor com O Globo

Edição: Scriptum

 

Fazendo valer uma lei sancionada no ano passado pelo governador republicano Ron DeSantis, uma série de obras do poeta britânico William Shakespeare foi proibida nas escolas de Hillsborough, no estado americano da Flórida. O clássico Romeu e Julieta foi banido pelo excesso de conteúdo sexual. As sanções não param por aí. Textos como Hamlet e Macbeth também tiveram trechos censurados. Em junho, a versão ilustrada de A Bela Adormecida já havia sido banida pelas instituições de ensino, com base na nova legislação.

A lei é rigorosa e os educadores que não cumprirem as diretrizes sofrerão processo disciplinar que pode levar à demissão. Foi esse o caso da professora afastada por mostrar uma imagem da obra David, de Michelangelo, durante uma aula. Veja na reportagem publicada no jornal O Globo (para assinantes) como a nova medida impacta disciplinas como literatura e língua inglesa, gerando mal-estar entre pais de alunos, professores e escolas.

Até ano passado, as aulas de inglês na região exigiam que os estudantes lessem ao menos dois romances ou peças de teatro na íntegra durante o ano letivo, incluindo clássicos de Shakespeare. Atualmente, a obrigatoriedade foi limitada a um romance e fragmentos de cinco a sete livros ou peças de teatro, o que abre espaço para excluir trechos considerados impróprios. A porta-voz do distrito escolar, Tanya Arja, reafirma que a medida permite à escola retirar conteúdos impróprios a menores.

Jessiva Vaughn, do conselho escolar local, criticou a iniciativa em rede social, informando que o comitê foi pego de surpresa com a decisão. Vaughn afirma ainda que, novamente sem avisar aos pais, aulas de Psicologia Avançada foram excluídas da grade escolar após o conselho se recusar a censurar materiais sobre identidade de gênero e orientação sexual. Em entrevista a um veículo local, o professor de literatura do condado Joseph Cool, classificou a medida como absurda.“Acho que o resto da nação, não, mas o mundo está rindo de nós. Retirar Shakespeare na sua totalidade porque a relação entre Romeu e Julieta está, de alguma forma, explorando menores é simplesmente absurdo”.


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