Texto: Estação do Autor com O Globo
Edição: Scriptum
Um projeto piloto desenvolvido por engenheiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro pode, futuramente, levar energia e água potável para comunidades isoladas do semiárido nordestino. A chamada “Ilha de Policogeração Sustentável” ocupa temporariamente um espaço relativamente pequeno, de 200 m², no campus da UFRJ. O equipamento tem potencial de geração de energia para atender o equivalente a 26 residências, além de 1.000 litros de água por dia, o suficiente para 100 pessoas, segundo afirma Carolina Naveira-Cotta, professora de engenharia mecânica que coordena o projeto.
Reportagem de Rafael Garcia no jornal O Globo mostra como foi desenvolvido o sistema que opera de maneira independente suprindo água e eletricidade.
A instalação foi financiada por meio de uma parceria com a Galp, grupo português do setor de petróleo e energia. A empresa tem interesse em prospectar uma tecnologia para usar em suas próprias fazendas de energia solar. Painéis solares requerem lavagem muito frequente para manter a sua eficiência, sendo que a geração independente de água destilada pode reduzir a necessidade de consumo de água doce externa.
O que torna o projeto mais próximo de sua aplicação é a utilização de tecnologias já consagradas e comercializadas. A inventividade da equipe de 15 pesquisadores da Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia), que desenvolveu o trabalho em dois anos, reside na forma em como tais tecnologias foram integradas de maneira sustentável e eficiente.