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Uma em cada quatro pessoas em situação de rua vive na cidade de São Paulo

Levantamento do Observatório Nacional dos Direitos Humanos revela que a cidade tinha, em julho de 2023, 54.812 pessoas em situação de rua

No Brasil, o número de pessoas nesta condição inscritas no Cadastro Único praticamente dobrou em cinco anos

 

 

Texto: Estação do Autor com Agência Brasil

Edição: Scriptum

 

A maior metrópole da América Latina vive uma triste realidade. Há cada vez mais gente morando nas ruas de São Paulo. Levantamento do Observatório Nacional dos Direitos Humanos revela que a cidade tinha, em julho de 2023, 54.812 pessoas vivendo em situação de rua.

No Brasil, o número de pessoas nesta condição inscritas no Cadastro Único praticamente dobrou em cinco anos, passando de 116.799, em 2018, para 221.113, em julho do ano passado. Reportagem de Elaine Patricia Cruz para a Agência Brasil mostra o perfil dessa população, além de ouvir gestores públicos e organizações que se ocupam dessa grave questão social.

Ainda que expressivos, para o presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, Robson Mendonça, esses números são ainda maiores. De acordo com ele, há 69 mil pessoas morando nas ruas da capital paulista. Para Mendonça, além da ausência de políticas públicas efetivas, há carência de abrigos, falta de emprego e o consequente declínio do poder aquisitivo dessas pessoas. Diante do problema, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo informa que a cidade possui “a maior rede socioassistencial da América Latina, com cerca de 24 mil vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua”.

Dados do Observatório comprovam ainda que a violência caminha ao lado da falta de moradia. Entre 2015 e 2022, foram feitas 48.608 notificações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde, que tiveram como motivação principal a condição de situação de rua da vítima. A maior parte delas é formada por mulheres. Apesar de representarem apenas 13% do total de pessoas vivendo nas ruas, elas foram vítimas de 40% dos casos de violência notificados em 2022. Entre os homens, as maiores vítimas são os jovens negros: 63% do total. A faixa etária com mais notificações de violência estava entre os 20 e 29 anos (26% do total de casos notificados). Os principais autores da agressão (39% do total) eram pessoas desconhecidas das vítimas.


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