Texto Estação do Autor com ONU News
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As enchentes no Rio Grande do Sul deixaram para trás um Estado devastado. No início de julho, inundações sem precedentes e condições climáticas extremas afetaram 478 municípios. Muitas cidades ficaram totalmente encobertas pelas águas. Cerca de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas, com 182 mortes e mais de 735 mil desabrigados.
O setor cultural também sofreu com as fortes chuvas. De acordo com as autoridades do governo estadual, as inundações comprometeram 50 museus e os danos a equipamentos e coleções são considerados graves.
Diante desse quadro, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, anunciou uma missão internacional de emergência para avaliar os prejuízos causados aos bens culturais e arquivos do Rio Grande do Sul.
Reportagem publicada no site ONU News mostra a atuação de especialistas da agência que devem avaliar os estragos e propor ações de resgate para proteger e recuperar tesouros culturais fundamentais para a identidade e a história da região.
Segundo a diretora nacional da Unesco, Marlova Noleto, a entidade está comprometida em fornecer “assistência rápida e eficaz para garantir que o patrimônio do Rio Grande do Sul seja preservado para as gerações futuras”.
Patrocinada pelo Fundo Emergencial do Patrimônio da Unesco, a missão técnica terá profissionais internacionais e nacionais encarregados de realizar uma avaliação detalhada do patrimônio cultural afetado. Além disso, a missão prevê a troca de ideias e compartilhamento de experiências entre a comunidade local e especialistas que já atuaram em emergências culturais em todo o mundo.
O Ministério da Cultura brasileiro estabeleceu uma Rede de Mapeamento e Recuperação do Patrimônio Material, Museus, Acervos Arqueológicos e Arquivos do Rio Grande do Sul. Esta rede multissetorial de emergência inclui o Ministério, o Instituto Brasileiro de Museus, Ibram, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan, o Arquivo Nacional, universidades públicas do estado, o Governo do Rio Grande do Sul, o Icomos Brasil e a Unesco.