Texto: Estação do Autor com The New York Times/Folha de S.Paulo
Edição: Scriptum
A cetamina é a droga da vez nos consultórios médicos. É crescente o uso de droga com versões manipuladas para tratamento de transtornos psiquiátricos. A FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) emitiu um alerta sobre os riscos à saúde do poderoso anestésico, quando o tratamento não é supervisionado com rigor. A cetamina se tornou cada vez mais popular entre aqueles que buscam terapias alternativas para depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e outros problemas de saúde mental de difícil tratamento.
Leia na reportagem da Andrew Jacobs para The New York Times, publicada por Folha de S.Paulo, as advertências da FDA sobre os perigos do uso de cetamina sem supervisão médica. Relatos demonstram que a droga aumenta o risco de reações psiquiátricas perigosas, além de causar graves problemas de saúde.
A agência americana procurou diferenciar o uso supervisionado da cetamina como terapia psiquiátrica administrada em clínicas e os vendedores on-line, que prescrevem o medicamento via telemedicina para que os pacientes possam usá-lo em casa. “Os pacientes que recebem produtos de cetamina por manipuladores e plataformas de telemedicina para o tratamento de transtornos psiquiátricos podem não receber informações importantes sobre os riscos potenciais associados ao produto”, avisa a FDA.
Executivos da indústria de manipulação farmacêutica aceitam a supervisão governamental, porém demonstram preocupação de que a falta de sutileza nas orientações da FDA possa levar a repressões excessivas por parte dos reguladores estaduais. Peter Koshland, administrador de uma farmácia de manipulação em San Francisco, teme que os reguladores, se perceberem uma ameaça à saúde pública, tirem de circulação esse medicamento que, usado adequadamente, é eficiente em muitos tratamentos.