Redação: Scriptum
Oito anos. Neste espaço de tempo o ensino público brasileiro pode dar uma virada segundo Priscila Cruz, presidente-executiva e cofundadora da Todos Pela Educação, organização da sociedade civil criada em 2006 com o propósito de melhorar a qualidade da educação no País. A ideia é defendida por ela na mais recente publicação do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD – o caderno Como melhorar o ensino básico no Brasil, já disponível para download ou leitura on-line.
O fascículo traz a íntegra da entrevista dada por Priscila ao programa Diálogos no Espaço Democrático, produzido pela TV Espaço Democrático e exibida em seu canal de Youtube. Priscila, que é mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School of Government, afirma que a ideia de que a educação, no Brasil, precisa de investimentos consistentes ao longo de 20 anos para subir de patamar é um mito. “Em dois mandatos de um prefeito, um governador ou um presidente, a gente muda isto”, diz ela, que integra o Grupo de Estudos de Educação do Instituto de Estudos Avançados da Unicamp e é uma das fundadoras da Todos Pela Educação.
Priscila acredita que há duas razões para que a educação pública não tenha a atenção que merece no Brasil. A primeira é que a elite econômica e os grupos que influenciam a tomada de grandes decisões têm suas crianças em escolas privadas. A outra é que há uma descrença generalizada nas soluções possíveis, o entendimento de que a educação não tem jeito. “A educação tem jeito, sim, e a prova são escolas como as de Teresina, Coruripe (AL) e Sobral (CE), que têm notas altíssimas no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)”, diz ela.
Priscila foi entrevistada pelo jornalista Sérgio Rondino, âncora do programa de entrevistas e debates, com o economista Luiz Alberto Machado, o coordenador de Relações Institucionais do Espaço Democrático, Vilmar Rocha, e o empresário e gestor público Andrea Matarazzo.