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Chance de a eleição ser resolvida no primeiro turno é cada vez menor

Cientista político Rogério Schmitt apresentou sua análise na reunião semanal do Espaço Democrático

 

Redação: Scriptum

A cada nova pesquisa divulgada fica mais distante a possibilidade de a eleição presidencial ser resolvida no primeiro turno. “Os números das pesquisas, em meados de junho, mostravam que se a eleição fosse naquele momento esta seria uma possibilidade real, mas hoje é improvável que deixemos de ter segundo turno”, avalia o cientista político Rogério Schmitt, que fez uma análise das sondagens de opinião pública na reunião semanal desta terça-feira (13) do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD. Em junho, Lula tinha 44,6% das intenções de voto e todos os outros candidatos, juntos, somavam 45,5%.

Schmitt fez uma avaliação do reflexo das manifestações de 7 de Setembro nas pesquisas. “Não houve impacto minimamente mensurável”, disse ele, que usou em seu estudo as médias dos resultados das pesquisas, sem considerar a metodologia utilizada em cada uma delas. As multidões registradas nas manifestações de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, popularmente chamadas de “datapovo” na contraposição com os levantamentos dos institutos de pesquisa, não são parâmetro, segundo ele. “Vou lembrar o exemplo do Chile; no dia 2 de setembro, mais de 500 mil pessoas se reuniram em apoio ao novo texto constitucional e um ou dois dias depois mais de dois terços do eleitorado rejeitaram a Constituição”.

O cientista político, que é consultor do Espaço Democrático, considera que o melhor preditor de intenção de votos é a avaliação de um governo. Na série histórica de janeiro a setembro, que considera a média de 93 sondagens, a avaliação positiva do governo de Jair Bolsonaro melhorou 10 pontos percentuais, de 23% para 33%, e a negativa caiu outros 10 pontos percentuais, de 53% para 43%. “Mas isto levou quase nove meses para acontecer e estamos a apenas 20 dias da eleição”, aponta.

Para outro cientista político, Rubens Figueiredo, o eleitor de Bolsonaro tem muito mais visibilidade do que o do Lula. O que pode explicar o fato de que o chamado “data povo” seja usado para questionar o resultado das pesquisas, que mostram Lula à frente. “O bolsonarista expressa a sua opinião de forma mais vigorosa e assídua”, diz. “Parece que o bolsonarista é mais bolsonarista que o lulista é lulista”.

Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático, além de Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo, os gestores públicos Júnior Dourado e Januario Montone, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, o economista Roberto Macedo, o sociólogo Tulio Kahn, o empresário e professor Helio Michelini Pelaes Neto, a secretária do PSD nacional, Ivani Boscolo, o médico e filósofo Antônio Batista e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, que é coordenador de Comunicação do Espaço Democrático.


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