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{ ENTREVISTA }

China quer ser potência econômica global, não xerife do mundo

Programa Diálogos no Espaço Democrático entrevistou o professor de Relações Internacionais Marcus Vinicius de Freitas

Redação Scriptum

A China não tem a mesma ambição dos Estados Unidos, de ter hegemonia global, exercer influência geopolítica e ser uma espécie de xerife do mundo, mas não abre mão de ser uma grande potência econômica. A definição é de um profundo conhecedor do espírito chinês, o professor de Relações Internacionais Marcus Vinicius de Freitas. “Até porque a China é cercada de quatro países armados nuclearmente e é muito mais difícil exercer, naquela região, o mesmo papel que exercem os Estados Unidos, que têm nas suas fronteiras México e Canadá”, disse Freitas em entrevista ao programa Diálogos do Espaço Democrático, produzido pela TV da fundação para estudos e formação política do PSD e disponível em seu canal do Youtube.

Professor visitante da Universidade de Relações Exteriores da China em Pequim, na China, e senior fellow do Policy Center for the New South, em Rabat, no Marrocos, Freitas falou de vários aspectos do atual cenário político e econômico da maior potência asiática. Por exemplo, a reivindicação de soberania sobre Taiwan, a ilha de 23 milhões de habitantes localizada a apenas 160 quilômetros de sua costa. Para ele, os chineses sabem que uma solução militar geraria instabilidade global. “E nós temos que considerar, também, o tempo chinês para as coisas, que é diferente do ocidental. Eu tive um aluno em Pequim que tinha uma maneira interessante de enxergar esse tempo chinês. Ele dizia que há 150 anos o Reino Unido era o império onde o sol nunca se punha; hoje, a China continua sendo a China e o Reino Unido é apenas uma ilha”.

A entrevista de Freitas para o Diálogos no Espaço Democrático foi feita nesta terça-feira (31), durante a reunião semanal on-line da fundação do PSD. A conversa foi conduzida pelo jornalista Sérgio Rondino, âncora do programa, ao lado do coordenador de Relações Institucionais da fundação, o professor universitário e advogado Vilmar Rocha, e do economista Luiz Alberto Machado. Todo o staff de consultores acompanhou a reunião on-line e três deles enviaram perguntas: Januario Montone, Rafael Auad e Tulio Kahn.


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