Alertando para os graves problemas que impedem o desenvolvimento do Brasil, ou discutindo possíveis soluções, o Espaço Democrático trabalha desde o dia de seu lançamento – 7 de dezembro de 2011 – para se constituir como fundação do Partido Social Democrático e cumprir sua missão de promover estudos e formação política para o PSD. Agora, dez anos depois, a longa lista de realizações e publicações do Espaço Democrático é o melhor atestado de que essa missão tem sido plenamente cumprida.
E é mesmo uma longa lista: daquele dezembro de dez anos atrás até este dezembro de 2021, o Espaço Democrático realizou nada menos que 130 eventos presenciais ou digitais, com palestras e debates sobre os mais diversos temas. Foi uma espécie de maratona intelectual e política que nem a terrível pandemia covid-19 interrompeu.
Como diz o fundador e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, “o PSD é um partido que cresce e ocupa um espaço muito importante na política brasileira, cada vez maior, porque conta com grandes quadros, que têm boas propostas e soluções para as três esferas da administração pública brasileira. E o PSD conta com uma fundação de estudos e formação política de caráter diferenciado: hoje o Espaço Democrático dispõe de um acervo relevante, com material bastante interessante produzido ao longo desses dez anos de discussões, cursos e análises, cumprindo seu papel de formulação de políticas públicas que apoiam o partido nas suas ações”.
O atual presidente da fundação, Alfredo Cotait, lembra que ao longo dessa década “o Espaço Democrático trouxe para seus debates algumas das cabeças mais brilhantes do Brasil, gente da qualidade dos ex-embaixadores Rubens Barbosa e Marcos Azambuja, do cientista político José Álvaro Moisés, dos economistas Marcos Lisboa, Maílson da Nóbrega, Ana Carla Abrão, Octávio de Barros, Felipe Salto, José Pastore e José Marcio Camargo, do tributarista Everardo Maciel e de personalidades como o físico Ricardo Galvão, entre tantos outros. Foi assim que o Espaço Democrático ofereceu uma densa produção intelectual que não se restringe apenas aos filiados do partido, mas a toda a sociedade brasileira”.
E é para todos que o Espaço Democrático dirige também os seus cursos de formação política, como lembra o diretor-superintendente João Francisco Aprá:
– Vamos celebrar os dez anos do lançamento da fundação oferecendo on-line, já nos próximos dias, um novo curso, agora voltado para a gestão pública. Queremos proporcionar formação não só aos filiados, mas também a pessoas que se interessam pela política e pelas transformações sociais que só a política pode promover. Foi para isso que lançamos, desde 2014, o Curso de Formação Política do Espaço Democrático, totalmente on-line, que certificou milhares de pessoas em todo o Brasil. Agora será a vez da administração pública.
Aprá destaca que em 2020 a fundação ofereceu aos candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador do partido em todo o País um curso preparatório. “Mais de 26 mil candidatos se matricularam”, lembra ele. “Os conteúdos eram bem diversificados: a história do partido, as diretrizes e propostas, e muitas informações sobre como se preparar e conduzir a campanha eleitoral”.
Muito do dinamismo e da qualidade desse trabalho se deve ao entusiasmo e dedicação de outro fundador do PSD e primeiro presidente do Espaço Democrático, Guilherme Afif, e do ex-governador Claudio Lembo, que também integra a fundação desde seu início. Afif diz:
– Acompanhei de perto desde a criação até esta comemoração dos dez anos do PSD e da fundação Espaço Democrático, que eu tive o privilégio de presidir. E hoje nós estamos no período da maturidade do nosso partido. Tanto é que já estamos aptos a lançar candidatos majoritários para todos os cargos em todas as eleições. E agora mais do que nunca nós precisamos ter um rumo lastreado nos princípios da fundação do partido, transformando-o em roteiro para a nação brasileira, que vai servir tanto para os nossos candidatos majoritários como contribuição para o debate político como um todo. Até porque uma fundação não fica restrita a um partido. As suas ideias e os seus membros podem ser até colaboradores independentes de filiação partidária, com a convocação de figuras de relevo na sociedade, que não queiram ter filiação a partidos, mas queiram contribuir para o debate político. Essa é a beleza da construção de uma fundação e é por isso que a nossa fundação se chama Espaço Democrático, que dá lugar para o debate de todas as ideias que possam ser transformadas num roteiro para os próximos dirigentes do país.
Foi com esse espírito que, desde seus primeiros dias – e até hoje – o Espaço Democrático contou com colaboradores que, por sua formação intelectual e profissional, contribuem para a gestão e a produção de conteúdo acadêmico e programático. Entre eles estão o coordenador nacional de Relações Institucionais do ED e professor Vilmar Rocha, o coordenador nacional de Formação Política e ex-governador (SC) Raimundo Colombo, a coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, a senadora suplente e secretária nacional do PSD Mulher, Ivani Boscolo, a vice-coordenadora nacional do PSD Mulher, Adriana Flosi, os cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo, o sociólogo Tulio Kahn, os economistas Luiz Alberto Machado, Roberto Macedo e Flávio Chuery, o médico e cientista social Antonio Batista, o gestor público e consultor em Saúde Januario Montone, os advogados Thiago Boverio e Sérgio Victor, o professor de Relações Internacionais, Helio Michelini Pellaes Neto, e os jornalistas Sérgio Rondino e Eduardo Mattos.
Nasce a ideia do Espaço Democrático
Foi diante de um auditório em Brasília lotado por parlamentares e filiados do PSD de todo o País que o presidente nacional do então recém-nascido partido, Gilberto Kassab, anunciou o lançamento dos princípios da fundação e ressaltou que o Espaço Democrático iria manter as portas abertas a todos que quisessem contribuir de alguma forma para o debate dos problemas nacionais, independentemente de filiação partidária ou ideário político.
E foi assim, num espaço democrático – como explicava o então presidente da fundação, Guilherme Afif – que se juntaram pessedistas e não-pessedistas na formação dos Conselhos Temáticos da fundação. Personalidades como Ozires Silva (Indústria, Tecnologia e Inovação), Fabio Feldmann (Meio Ambiente), Arnaldo Malheiros Filho (Justiça e Cidadania), embaixador Sebastião do Rego Barros (Política Externa e Comércio Exterior) e Aleksandar Mandic (Inteligência e Mídias Digitais) se juntaram a pessedistas como Henrique Meirelles (Política Econômica) e Ricardo Patah (Emprego e Trabalho) para a elaboração de diagnósticos dos mais diversos setores da vida brasileira.
Já naquele evento de dez anos atrás, dirigentes e militantes do PSD discutiram os rumos da economia brasileira com Meirelles, ex-presidente do Banco Central que anos depois viria a ser ministro da Fazenda. Meirelles enfatizou que a fundação do PSD poderia contribuir de forma decisiva para o processo de avanço social e econômico, analisando com seriedade os desafios do País e propondo ideias para aproveitar ao máximo as oportunidades existentes aqui e no mundo.
Primeiros passos
Os primeiros passos para a formação do Espaço Democrático foram dados logo no início de 2012, quando os Conselhos Temáticos passaram a se reunir e Curitiba foi a primeira cidade a sediar um dos grandes eventos promovidos naquele ano pelo partido em diversas capitais brasileiras. Sob o título “Um partido ligado no Brasil”, um seminário teve palestra de Guilherme Afif sobre as ideias e objetivos do PSD, além de explicações de especialistas sobre o funcionamento das diversas ferramentas digitais que o partido coloca à disposição de seus filiados e simpatizantes.
Ao longo daquele ano, Afif comandou um verdadeiro road show do Espaço Democrático e do PSD pelo Brasil, realizando seminários semelhantes em Belo Horizonte, Goiânia, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Teresina e Vitória. Ao mesmo tempo, sucederam-se reuniões dos diversos Conselhos Temáticos, cujas ideias seriam importantes para a elaboração do programa político do PSD.
Relações internacionais
Ainda no início o PSD procurou estabelecer relações com fundações internacionais de estudos, partidárias ou privadas, com o objetivo de aprimorar conhecimentos e enriquecer seu conteúdo acadêmico. Naquele mês foi assinado protocolo de cooperação com a FAES – Fundação para Análises e Estudos Sociais, vinculada ao Partido Popular da Espanha e então presidida pelo ex-primeiro-ministro José Maria Aznar. A FAES é um grande laboratório de ideias e programas que embasam a ação política do pensamento de centro da Espanha. Parte das atividades da fundação é conduzida pelo Centro de Estudos Iberoamericanos, que funciona como um observatório da política e da economia dos países ibéricos e da América Latina.
Assim, em março de 2014 o Espaço Democrático e a FAES promoveram em São Paulo um seminário internacional sobre o tema Respostas Modernas e Democráticas às Demandas Sociais, com a participação de representantes de 12 países ibero-americanos – entre eles o ex-presidente do Uruguai, Luís Alberto Lacalle, e ex-ministros de governos ibéricos, além, é claro, de Gilberto Kassab e José Maria Aznar.
Debates e palestras
Mas esses dez anos de vida do Espaço Democrático foram marcados principalmente por uma longa série de debates e palestras realizados até 2019 na sede da fundação, em São Paulo, com transmissão ao vivo pela Internet.
Acompanhado por plateias em diferentes capitais, como Curitiba e Goiânia, o primeiro evento foi realizado ainda em 2012 e discutiu novas estratégias para o Brasil na cultura, na economia e nas relações exteriores. O segundo tratou da polêmica das privatizações no Brasil.
Desde então o Espaço Democrático realizou uma sequência ininterrupta de encontros desse tipo, primeiro em uma série denominada “Desatando os nós que atrasam o Brasil” e posteriormente na série “Encontros Democráticos”. Por lá passaram personalidades e especialistas brasileiros, tratando, entre tantos temas:
– da saúde nos municípios (Januario Montone);
– do esporte como ferramenta de inclusão social (Walter Feldman);
– do papel do turismo no desenvolvimento municipal (ex-ministro Caio Carvalho);
– da questão ambiental (Eduardo Jorge);
– da falta de saneamento (Paulo Ferreira);
– da acessibilidade (Mara Gabrilli);
– da economia (Mailson da Nóbrega);
– do agronegócio (Ivan Wedekin);
– do futuro da democracia (José Álvaro Moisés);
– das contas públicas (Felipe Salto);
– do inchaço da máquina pública (Ana Carla Abrão);
– da reforma da Previdência (Paulo Tafner);
– e dos desafios da economia (Marcos Lisboa).
Pandemia em 2020: os debates não param
Os eventos presenciais do Espaço Democrático tiveram de ser interrompidos em 2020 com o início da pandemia covid-19, mas os debates e entrevistas continuaram até o final de 2021 por meio da Internet – em sessões online ou gravadas e editadas em vídeos posteriormente divulgados pelo site e nas redes sociais da fundação. Entre os palestrantes ou entrevistados estiveram:
– o físico Ricardo Galvão, ex-presidente do INPE, falando sobre as queimadas na Amazônia;
– o médico Ronaldo Laranjeira, revelando um retrato dramático da Cracolândia;
– o economista José Roberto Afonso, sugerindo, diretamente de Portugal, a necessidade de um “seguro-destrabalho” para o trabalhador informal brasileiro;
– Carlos Gadelha, pesquisador da Fiocruz, alertando para a perigosa dependência brasileira de insumos e equipamentos médicos importados;
– o ex-ministro Raul Jungmann, falando sobre as fragilidades do sistema de segurança pública nacional;
– o economista José Pastore, comentando os efeitos da pandemia nas relações de trabalho;
– o economista José Márcio Camargo, falando da importância de uma renda básica condicionada;
– o ex-secretário da Receita, Everardo Maciel, criticando a proposta de reforma tributária do governo Bolsonaro;
– e os sociólogos Carolina Ricardo (Sou da Paz) e Renato Lima (Fórum Brasileiro de Segurança), comentando os problemas do modelo de polícia no Brasil.
Todos esses debates e entrevistas estão gravados em vídeo e podem ser assistidos no canal do Espaço Democrático no Youtube.
Revistas e livros
As publicações impressas – revistas, livros ou documentos – foram importantes marcas do Espaço Democrático nessa sua primeira década de atuação. Os debates das diversas séries, por exemplo, mesmo transmitidos online pela Internet, foram transcritos e transformados em revistas chamadas “Cadernos Democráticos” e “Diálogos no Espaço Democrático”. E os livros trataram de temas relevantes para a compreensão dos problemas políticos, econômicos e sociais do Brasil.
As versões digitais dessas publicações se encontram no site da fundação para que militantes, simpatizantes ou cidadãos interessados possam lê-los na íntegra em seus PCs, notebooks, tablets ou smartphones. Para isso, basta acessar a seção de publicações em www.espacodemocratico.org.br. Ou pelo aplicativo do Espaço Democrático, disponível na Apple Store ou no Google Play.