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Estudo mostra correlação entre aprovação do governador e sua reeleição  

Cientista político Rogério Schmitt apresentou modelo estatístico para avaliar chances de vitória de candidato a segundo mandato

 

“Quando a popularidade de um governador esteve acima de 50% no período, ele foi reeleito em 65% dos casos”, apontou Rogério Schmitt

 

 

Redação Scriptum

 

O cientista político Rogério Schmitt apresentou nesta segunda-feira (13), na reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD – um modelo estatístico que busca estimar a correlação entre as chances de vitória eleitoral de um governador, candidato a um segundo mandato, e a média de sua popularidade nos 12 meses anteriores à disputa.

Schmitt utilizou em seu ensaio dados estatísticos de todas as eleições estaduais desde 1997, quando a Emenda Constitucional nº 16 estabeleceu a reeleição para os cargos de presidente da República, governadores e prefeitos. Ao longo desse período aconteceram 97 disputas nas quais o governador no exercício do cargo disputou novo mandato. Os números mostram que dois a cada três candidatos à reeleição venceram.

“A taxa média de aprovação de um governador nos 12 meses que antecedem a votação se correlaciona nitidamente com o seu resultado eleitoral”, afirmou o cientista político.

Detalhando os números, ele apontou que quanto maior foi a aprovação média de um governo nos 12 meses anteriores à eleição, melhor foi o resultado eleitoral dele. “Quando a popularidade de um governador esteve acima de 50% no período, ele foi reeleito em 65% dos casos”, apontou. “Em contrapartida, aqueles que tinham aprovação abaixo de 35% perderam a disputa em 65% dos casos, ou seja, apenas um em cada três foi reeleito”.

O estudo avaliou, também, o impacto da popularidade do governador no exercício do cargo nos casos em que o cientista político chamou de sucessão apoiada – quando ele não pode disputar mais um mandato e passa a apoiar um nome. “Nesses casos, há uma queda relevante na correlação”, citou. “Apenas governadores com no mínimo 65% de aprovação – e não 50%, como nos casos em que o próprio incumbente era o candidato – conseguiram eleger o seu sucessor”. Se este governador tinha menos de 45% de aprovação, não conseguiu eleger o seu sucessor.

 

Reunião semanal de colaboradores do Espaço Democrático

 

Schmitt apresentou algumas simulações para demonstrar o estudo. Os dados compilados por ele consideraram a popularidade de alguns governadores nos últimos 12 meses, ou seja, supondo que a eleição fosse neste mês de outubro. Assim, os governadores de São Paulo (Tarcísio de Freitas – Republicanos), Bahia (Jerônimo Rodrigues – PT), Santa Catarina (Jorginho Melo – PL) e Sergipe (Fábio Metidieri – PSD), por exemplo, todos com aprovação acima de 57%, teriam grande chance de vencer o pleito. No Paraná, Pará e Goiás, Ratinho Junior (PSD), Helder Barbalho (MDB) e Ronaldo Caiado (União Brasil), todos com aprovação média superior a 67% e impossibilitados de disputar novo mandato, teriam grande chance de eleger seus sucessores.

Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático, coordenada pelo jornalista Sérgio Rondino, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, os economistas Luiz Alberto Machado e Roberto Macedo, o cientista político Rogério Schmitt, o sociólogo Tulio Kahn, os gestores públicos Mário Pardini Januario Montone, o professor pós-doc da USP José Luiz Portella, o médico sanitarista e ambientalista Eduardo Jorge, o advogado Roberto Ordine e o jornalista Eduardo Mattos.


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