
Reunião semanal de colaboradores do Espaço Democrático
Redação Scriptum
A conjuntura pré-eleitoral brasileira foi o tema da reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD – nesta segunda-feira (23). Em um cenário no qual o presidente Luiz Inácio Lula das Silva, em crise de popularidade, aparece como único pré-candidato da esquerda para a disputa, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, liderança da ultradireita, está inelegível, há pelo menos cinco nomes de centro que começam a ser testados nas pesquisas de intenção de votos – os governadores Ratinho Junior (PSD), do Paraná, Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União Brasil).
O médico sanitarista e ambientalista Eduardo Jorge apontou que o mundo vive hoje uma polarização entre países mais democráticos e mais autoritários e acredita que este quadro vai orientar o Brasil na eleição do ano que vem. “E, aqui, a polarização entre o populismo de esquerda e o de direita vai se manter”, acredita.
O cientista político Rogério Schmitt e o economista Luiz Alberto Machado falaram sobre as possibilidades do centro político. Machado lembrou das últimas entrevistas do ex-presidente Michel Temer (MDB), nas quais tem defendido um nome de centro forte para a disputa eleitoral. Schmitt citou que uma das hipóteses a considerar é que o bolsonarismo possa inviabilizar uma candidatura de centro.
Para o ex-deputado Vilmar Rocha, apenas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, une o centro e a direita neste momento. “Mas não vemos um projeto de grandes líderes de centro para uma candidatura, porque não está colocado para valer; só em março do ano que vem teremos este quadro mais definido, mas até lá poderá ser muito tarde, o tempo será curto”.
Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático, coordenada pelo jornalista Sérgio Rondino, os economistas Luiz Alberto Machado e Roberto Macedo, o cientista político Rogério Schmitt, o sociólogo Tulio Kahn, os gestores públicos Mário Pardini e Januario Montone, o médico sanitarista e ambientalista Eduardo Jorge, o advogado Roberto Ordine, o coordenador nacional de Relações Institucionais da fundação, Vilmar Rocha, e o jornalista Eduardo Mattos.