Redação: Scriptum
Voltamos à normalidade política e institucional. Assim o professor universitário, advogado e deputado federal por Goiás durante 18 anos, Vilmar Rocha, definiu o cenário político brasileiro atual na reunião semanal desta terça-feira (24) do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD.
Vilmar, que é coordenador de Relações Institucionais do Espaço Democrático, fez um balanço do novo Congresso Nacional. Lembrou que a previsão de que o percentual de renovação, principalmente na Câmara Federal, seria baixo se concretizou. “Dois fatores contribuíram decisivamente para isto: a legislação, que introduziu a cláusula de barreira, e o orçamento secreto, que empoderou os deputados candidatos à reeleição”, disse.
Já no Senado, as 27 cadeiras colocadas em votação sofreram grande renovação. “Na verdade, o cidadão não sabe o que é o Senado, para quê serve”, apontou. “E além do mais, o voto para senador é o último da lista na urna eletrônica, o que explica o alto índice de votos nulos e em branco”.
Vilmar Rocha acredita que um dos desafios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é pacificar o País depois das eleições polarizadas e os eventos registrados depois delas. “Acredito que um projeto para acabar com a reeleição poderia pacificar o País, mas isto iria contra o projeto eleitoral do PT”, avaliou.
Participaram da reunião do Espaço Democrático o sociólogo Tulio Kahn; o superintendente da fundação, João Francisco Aprá; os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado; os cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo; o gestor público e consultor em saúde Januário Montone; o especialista em gestão pública Rafael Auad; o advogado e empresário Helio Michelini; e os jornalistas Sérgio Rondino, coordenador de comunicação do Espaço Democrático, e Eduardo Mattos.