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{ DIÁLOGOS NO ESPAÇO DEMOCRÁTICO }

Os perigos da ignorância fabricada

O jornalista e professor da USP Eugênio Bucci fala sobre as consequências da desinformação digital, que estão criando fanatismos virtuais

 

 

 

Produção e edição Scriptum

Quando desprezamos a política, mergulhamos no radicalismo. Esse foi um dos alertas feitos pelo jornalista e professor da USP Eugênio Bucci, em entrevista ao programa “Diálogos Democráticos”, produzido pela fundação para estudos e formação política do PSD. Ele falou sobre “Os perigos da ignorância fabricada”, que, segundo ele, é o resultado da ação de grandes “usinas” especializadas em produzir e distribuir desinformação, que por meio de atrações como memes, mistificações e crenças sem fundamento, que distorcem o modo de pensar de uma grande parcela da população, gerando consequências políticas e sociais.

Bucci destaca que, quando as pessoas perdem a relação com os fatos, começam a tomar decisões com base em crenças fabricadas, como já se observa em muitos países pelo mundo afora. “É rigorosamente impossível antever a evolução desse quadro”, afirma, lembrando que, no caso das pandemias, por exemplo, há ferramentas para calcular a evolução do quadro. “No caso dessa ignorância artificial, torço para que isso seja resolvido no âmbito democrático, mas há o risco de se adotar medidas autoritárias, o que só deve agravar o problema. Nesse caso, haverá distorção do ambiente democrático, sacrifício de direitos e outras consequências que não podemos prever”, afirma.

O professor da USP concorda que a situação atual exige algum tipo de regulamentação, mas insiste: “os nexos da revolução digital com a subjetividade das pessoas só podem ser limitados no ambiente democrático”.


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