Redação: Scriptum

O resultado do primeiro turno da eleição – contrário à maior parte das pesquisas de opinião pública divulgadas na última semana de campanha, que indicavam ampla margem em favor do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e até a possibilidade de sua vitória logo na rodada inicial – foi bom para o Brasil. “O País não deu um cheque em branco para a esquerda”, diz o cientista político Rubens Figueiredo, que fez uma análise conjuntural do cenário político-eleitoral na reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD – na última terça-feira (11).

Figueiredo lembrou que a diferença registrada – 48,43% a 43,20% em favor de Lula – foi a menor diferença registrada desde que o sistema de votação foi instituído. A segunda menor foi entre o próprio Lula e Geraldo Alckmin, hoje seu candidato a vice-presidente, em 2005: 48,6% a 41,6%%. O cientista político considera que o segundo turno está aberto e chama a atenção para a rede de apoios que se formou.  “É curioso notar que 41% dos eleitores acham que Ciro deveria apoiar Bolsonaro e 39% acham o mesmo para Tebet”, apontou.

Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático, além de Rubens Figueiredo, o cientista político Rogério Schmitt, os economistas Luiz Alberto Machado e Roberto Macedo, o gestor público Januario Montone, a secretária do PSD nacional, Ivani Boscolo, o especialista em gestão Rafael Auad, o sociólogo Tulio Kahn e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, que é coordenador de Comunicação do Espaço Democrático.