Redação: Scriptum

A aceleração do desenvolvimento econômico brasileiro foi o mote da apresentação feita pelo economista Roberto Macedo na reunião semanal desta terça-feira (15) do Espaço Democrático, a fundação para estudos e formação política do PSD. Macedo está elaborando um projeto em defesa de planos de governo que tenham participação ativa da sociedade, com objetivos que possam ser cobrados pelos eleitores. Ele destacou que um dos principais temas a serem incluídos nesses planos seria a aceleração do desenvolvimento econômico do País, “uma vez que estamos atravessando o período de menor crescimento do último século”.

Segundo o economista, quem nasceu após a década de 1940 viveu até o final dos anos 1970 um dos períodos de maior ascensão econômica e social já vividos pelos brasileiros. “Agora, nossos filhos estão vivendo uma fase em que não encontram condições para atingir o mesmo status de seus pais. Se não há crescimento econômico não geramos renda nem oportunidades profissionais para os jovens”, advertiu.

Macedo fez detalhada exposição sobre o andamento da economia brasileira nas últimas décadas, mostrando a relação entre o crescimento do PIB e a taxa de investimento na economia, “que é o que gera renda e empregos”. Ele mostrou que, a partir do final da década de 1970, o investimento público caiu muito em relação ao PIB, passando de aproximadamente 11% em 1977 para cerca de 4% em 2019.

Ele enfatizou que “vivemos situação muito difícil e por isso defendo a inclusão, nos planos de governo, de propostas para a aceleração do crescimento, que começariam por uma revisão geral do orçamento para que se estabeleça as prioridades no sentido de recuperar a capacidade de investir do governo e das empresas privadas”. Ele lembrou que a Associação Comercial de São Paulo está iniciando um debate, com a participação de especialistas de várias áreas, para definir sugestões para uma política fiscal que busque o crescimento mais forte do PIB. “Essas propostas devem integrar um plano maior, que seja ambientalmente sustentável, socialmente inclusivo, com maior inserção internacional e efetiva governança de Estado, além de participação ativa da sociedade”.

Na opinião do economista, se a sociedade brasileira não cobrar ações decisivas com esse objetivo, a situação do País continuará grave.

Além de Roberto Macedo, participaram da reunião do Espaço Democrático o empresário e gestor público Andrea Matarazzo; o gestor público e consultor em saúde Januário Montone; a secretária nacional do PSD Mulher Ivani Boscolo; o professor de Relações Internacionais e empresário da área de saúde Helio Michelini; o economista Luiz Alberto Machado; o sociólogo Tulio Kahn; o cientista político Rogério Schmitt; o gestor público Junior Dourado; e os jornalistas Marcos Garcia e Sérgio Rondino, coordenador de Comunicação da fundação do PSD.