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Como bombas de calor usam águas geladas de um rio para aquecer casas

Tecnologia sustentável que aquece milhares de lares em Mannheim, na Alemanha, tem como fonte de energia térmica as águas geladas do rio Reno

[caption id="attachment_37810" align="aligncenter" width="560"] Milhões de litros de água que fluem pelo Reno contêm energia térmica suficiente para aquecer várias vezes a cidade de Mannheim.[/caption]   Texto Estação do Autor com DW Edição Scriptum     Tecnologia sustentável que aquece milhares de lares em Mannheim, na Alemanha, tem como fonte de energia térmica as águas geladas do rio Reno. Por não depender de combustíveis fósseis, as bombas de calor ganham adeptos em várias cidades do país. Tim Schauenberg relata, em reportagem para o site DW, a experiência de mergulhar em águas geladas na tentativa de entender como é possível aquecer 3.500 apartamentos a partir de um rio de águas frias. Felix Hack, gerente de projetos da usina municipal de energia, explica que os milhões de litros de água que fluem pelo Reno contêm energia térmica suficiente para aquecer várias vezes a cidade de Mannheim. A cidade gera a maior parte de sua eletricidade e aquecimento a partir do carvão, porém, a longo prazo, o planejamento prevê a alteração para uma combinação de energia geotérmica e aquecimento proveniente tanto da incineração de resíduos como do rio. Países escandinavos já contam com essa tecnologia há algum tempo. Na capital sueca, Estocolmo, cerca de 90 mil apartamentos são abastecidos com calor proveniente de águas residuais industriais. Na cidade de Drammen, no sul da Noruega, mais da metade dos 103 mil habitantes aquece suas casas com energia térmica do fiorde gelado. Embora a tecnologia de bomba de calor esteja disponível há anos, levou algum tempo para que projetos de grande escala começassem a ser implantados na Alemanha. Hack relaciona isso aos baixos preços da energia fóssil no passado. Em Mannheim, a perspectiva de altas taxas de carbono, metas climáticas locais e subsídios estatais para a construção da usina foram fatores decisivos na decisão de ampliar o aquecimento a partir do rio.

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Telescópio no Chile terá a maior câmera digital do mundo

Do tamanho de um carro e pesando 2,8 toneladas, a maior câmera digital do mundo permitirá estudar uma estrela e saber toda a física em profundidade dela

      Texto: Estação do Autor com AFP/Folha de S.Paulo Edição: Scriptum   Do tamanho de um carro para quatro pessoas e pesando 2,8 toneladas, a maior câmera digital do mundo está instalada em um telescópio na região Norte do Chile. Os astrônomos do Observatório Vera C. Rubin esperam revolucionar o estudo do Universo com o dispositivo que será capaz de abranger o céu como nunca antes. Em reportagem de Axl Hernandez para a AFP publicada na Folha de S.Paulo (assinantes), Bruno Dias, presidente da Sociedade Chilena de Astronomia (Sochias), afirma que, com a nova câmera, será possível "estudar uma estrela e saber toda a física em profundidade dessa estrela, para estudar bilhões de estrelas de uma vez". Com um custo de cerca de US$ 800 milhões (R$ 3,95 bilhões), o equipamento começará a captar imagens no primeiro semestre de 2025. A cada três dias, fará uma varredura do céu, repetirá o movimento várias vezes, permitindo aos cientistas aprofundar a análise do Universo. Para Stuartt Corder, subdiretor da NoirLab, centro de pesquisa americano que administra o observatório localizado no monte Pachón, o novo aparato determina uma mudança de paradigma na astronomia. As condições naturais dos desertos do país latino-americano, localizados entre o Oceano Pacífico e a cordilheira dos Andes, geram os céus mais limpos do planeta graças a sua baixa nebulosidade e clima seco. O Chile abriga telescópios de mais de 30 países, entre os quais alguns dos instrumentos astronômicos mais poderosos do mundo, como o Observatório Alma, o radiotelescópio mais potente e o futuro Telescópio Extremamente Grande, que em 2027 alcançará distâncias jamais vistas. Embora outras nações, como Estados Unidos, Austrália, China e Espanha também tenham em seus territórios poderosos equipamentos de observação, o presidente da Sochias defende que o “Chile é imbatível” no campo da astronomia.

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Escrita à mão ganha novo impulso nas escolas. Entenda as razões

Estudos revelam os benefícios para o cérebro e apontam quais são os impactos do eventual desaparecimento

[caption id="attachment_37789" align="aligncenter" width="560"] Aprender as letras por meio da escrita à mão ativa redes do cérebro que não são ativadas pela digitação num teclado.[/caption]   Texto: Estação do Autor com BBC News Future Edição: Scriptum   O aprendizado de escrita cursiva está de volta às escolas públicas da Califórnia, nos Estados Unidos, e outros 20 estados americanos estão em vias de fazer o mesmo. Em 2010, a escrita à mão havia saído do currículo californiano e chegou a ser considerada uma técnica fadada ao esquecimento nos País. A escrita cursiva, caligrafia que dá às letras uma forma inclinada, parecida com o tipo gráfico chamado de itálico, volta a fazer parte de debates educacionais e científicos em diversos países e situações. Reportagem de Nafeesah Allen para BBC News/Future destaca o valor da escrita à mão e seus benefícios para o cérebro e o impacto global de seu eventual desaparecimento. Ao aplicar suas pesquisas em crianças de quatro a seis anos, Karin James, professora de Ciências Cerebrais e Psicológicas na Universidade de Indiana, identificou que aprender as letras por meio da escrita à mão ativa redes do cérebro que não são ativadas pela digitação num teclado. Isso inclui áreas cerebrais que têm papel crucial no desenvolvimento da leitura. Outro estudo, de autoria de Virginia Berninger, da Universidade de Washington, também mostrou que a escrita cursiva, os materiais impressos e a digitação usam funções cerebrais relacionadas, porém diferentes. Além disso, no caso da digitação em teclado, os movimentos do dedo são os mesmos para qualquer tecla. Como consequência, ao aprenderem apenas a digitar, as crianças perderão a chance de desenvolver habilidades obtidas ao compreenderem e dominarem a capacidade de escrever. No Brasil, a Base Nacional Comum Curricular prevê o ensino de se escrever em letra cursiva nos primeiros anos do ensino fundamental. Em alguns países da Europa Ocidental a técnica é amplamente ensinada. Já a Finlândia pôs fim à exigência dessa escrita nas suas escolas em 2016. O Canadá tentou descartar o método, mas retomou a prática em 2023. Em meio a tantas diferenças globais, as pesquisas ressaltam que não há lado negativo em aprender letra cursiva. E embora a ligação entre escrever à mão e melhorar a leitura não seja necessariamente de causa e efeito, alguns educadores temem que o abandono da letra cursiva possa piorar o desempenho de alunos em sua capacidade de ler textos. Além disso, o mero ato de escrever ajuda a memória e o aprendizado de palavras.

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Kush, a droga africana que supostamente tem ossos humanos

Em Serra Leoa, o consumo leva à morte cerca de uma dúzia de pessoas por semana e hospitaliza milhares

[caption id="attachment_37786" align="aligncenter" width="560"] Kush, que mistura de maconha, fentanil, tramadol e formaldeído, leva à morte cerca de uma dúzia de pessoas por semana e hospitaliza milhares. [/caption]

 

Texto: Estação do Autor com Revista Galileu/The Conversation

Edição: Scriptum

 

Uma nova e potente droga invadiu o Oeste da África. Chamada de kush, apesar de ter o mesmo nome, ela é diferente da substância encontrada nos EUA. Em Serra Leoa, o alto consumo de kush, mistura de maconha, fentanil, tramadol, formaldeído e, segundo alguns, ossos humanos moídos, leva à morte cerca de uma dúzia de pessoas por semana e hospitaliza milhares.

Artigo de Michael Cole para o site The Conversation, republicado pela revista Galileu, analisa a droga consumida principalmente por homens de 18 a 25 anos. Sob seu efeito, as pessoas dormem enquanto caminham, caem e se ferem. Além, de causarem transtorno andando entre os carros no trânsito.

Cole, que é professor de Ciência Forense na Anglia Ruskin University, no Reino Unido, revela em seu artigo que a drogaé misturada por gangues criminosas locais, mas as substâncias que a compõem vêm de fontes internacionais, facilitadas, sem dúvida, pela internet e pelas comunicações digitais. Embora a cannabis seja amplamente cultivada em Serra Leoa, acredita-se que o fentanil tenha origem em laboratórios clandestinos na China, onde a droga é fabricada ilegalmente e enviada para a África Ocidental. O tramadol tem origem semelhante, ou seja, laboratórios ilegais na Ásia. O formaldeído, que pode causar alucinações, também é relatado nessa mistura que se caracteriza como uma polidroga.

Essas drogas são baratas e proporcionam uma fuga do desemprego, do trabalho pesado, da pobreza, do abuso sexual e físico e do efeito, em alguns casos, especialmente na África Ocidental, de ter sido uma criança-soldado. Então, o que pode ser feito com relação a essas drogas? A eficácia da legislação, por si só, é questionável, e muitos dos que frequentam os limitados centros de reabilitação voltam a usar drogas. Talvez seja necessário um sistema de saúde forense integrado, em que o controle legislativo seja apoiado por centros de reabilitação com recursos adequados, juntamente com um programa de saúde pública e emprego. Resta saber quais mudanças serão feitas em resposta a essa epidemia, conclui Michael Cole.

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