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Taxonomy - Manchete secundária
Secretário de Fazenda de Maceió visita o Espaço Democrático
João Felipe Borges falou sobre os avanços de sua gestão na capital de Alagoas ao diretor superintendente da fundação, João Francisco Aprá
[caption id="attachment_39544" align="aligncenter" width="560"] O secretário de Fazenda de Maceió, João Felipe Alves Borges, foi recebido pelo diretor superintendente da fundação, João Francisco Aprá.[/caption]
Redação Scriptum
O secretário de Fazenda de Maceió, capital de Alagoas, João Felipe Alves Borges, visitou na sexta-feira (21) a sede do Espaço Democrático, fundação do PSD para estudos e formação política, em São Paulo. Ele foi recebido pelo diretor superintendente da fundação, João Francisco Aprá, e falou sobre os avanços que conquistou durante sua gestão à frente da pasta, iniciada há cerca de quatro anos. O secretário destacou entre as conquistas da cidade o aumento do montante de investimentos públicos desde 2021.
O bom desempenho de Maceió pode ser conferido na CAPAG (Capacidade de Pagamento), classificação feita pelo Tesouro Nacional a partir da análise de indicadores econômico-financeiros. A avaliação reflete o grau de solvência e a saúde fiscal dos entes subnacionais, Estados e municípios, que querem contratar empréstimos com garantia da União. “A cidade fazia pouquíssimos investimentos. O rating (avaliação) da CAPAG vai do A até o D. O nosso era C. A qualidade da informação contábil vai do A até o D. A nossa era D. Hoje temos duas notas A, na CAPAG e na qualidade da informação. Ou seja, nos tornamos A+ na CAPG. Temos maturidade fiscal e transparência na informação contábil. Em quatro anos, tivemos R$ 2 bilhões de investimentos. Isso representa o que foi feito de investimentos nos últimos vinte anos, corrigidos pela inflação.”
Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), na cidade de Campos, no Rio de Janeiro, João Felipe tem pós-graduações em Gestão Pública (UniRio) e em Controladoria e Auditoria (na Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro). Atualmente, é mestrando do curso de Gestão e Políticas Públicas da FGV-SP.
Brasil tem 119 povos em isolamento, diz novo livro do Cimi
Desse total, 37 estão em áreas sem qualquer tipo de proteção, o que os deixa vulneráveis a invasões, exploração ilegal de recursos naturais e conflitos territoriais
[caption id="attachment_39523" align="aligncenter" width="560"] Do total de povos livres, 37 estão em áreas sem qualquer tipo de proteção, o que os deixa vulneráveis a invasões, exploração ilegal de recursos naturais e conflitos territoriais.[/caption]
Texto Estação do Autor com Agência Brasil
Edição Scriptum
No Brasil, há registros de que 119 povos indígenas – também chamados de povos livres – vivem em isolamento voluntário. Destes, 37 estão em áreas sem qualquer tipo de proteção, o que os deixa vulneráveis a invasões, exploração ilegal de recursos naturais e conflitos territoriais. Essa exposição representa uma ameaça não apenas à sua segurança, mas também à preservação de suas culturas, modos de vida e existência.
Diferentemente dos dados que entidades indigenistas produzem regularmente e com mais facilidade, as informações sobre os povos livres exigem um tratamento especial, já que os grupos assim classificados levam esse nome por evitar a convivência com outras pessoas, sejam não indígenas, sejam de outros agrupamentos originários, geralmente devido a atos de violência que eles sofreram. Os dados constam do livro Povos Indígenas Livres/Isolados na Amazônia e Grande Chaco, organizado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e lançado recentemente na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Brasília, conforme mostra a reportagem de Letycia Bond para a Agência Brasil.
Para um dos organizadores do livro, o antropólogo e docente da área na Universidade Federal do Amazonas Lino João de Oliveira Neves, ao não identificar os povos isolados as autoridades expõem sua negligência em relação a eles. O antropólogo ressalta que essa omissão não é exclusividade do Brasil e deixa subentendido que, sem o reconhecimento formal, os governantes evitam responsabilidades, inclusive as constitucionais.
Assim como Neves, que entende o livro lançado como "um chamado para a consciência coletiva", o missionário do Cimi e historiador Guenter Francisco Loebens acredita no potencial de mobilização da publicação. Ele destaca que grande parte desses povos está localizada em regiões de fronteira. Fato que remete a uma discussão sobre sua proteção, levando em conta a necessidade de cooperação entre os países, para formular políticas mais adequadas, explica.
Em debate durante o evento, Daniel Aristizabal, secretário do Grupo de Trabalho Internacional para a Proteção dos Povos Indígenas Isolados e Contato Inicial (GTI-PIACI), evocou o princípio da autodeterminação que, quando respeitado, permite que cada povo mantenha intacto o modo de viver que deseja seguir. "É nosso sonho que possam permanecer nessa condição", disse. "Devemos lembrar que esses são os últimos povos que ainda são resistência à colonização."
Alerta: os riscos que os ‘alimentos fakes’ escondem
Pó à base de café e composto lácteo são alguns dos produtos que imitam os originais e feitos com alto teor de aditivos
[caption id="attachment_39513" align="aligncenter" width="560"] Produtos são feitos com ingredientes mais baratos e com alto teor de aditivos.[/caption]
Texto Estação do Autor com DW
Edição Scriptum
Com preços mais acessíveis, “alimentos fakes” vem ganhando espaço nas prateleiras dos supermercados. Impulsionadas pela alta dos preços devido à crise econômica, mudanças climáticas e especulação, as indústrias reduzem custos para manter a margem de lucro. O problema é que muitas vezes essas mudanças passam despercebidas, podendo afetar a saúde dos consumidores. Pó à base de café e composto lácteo são alguns dos produtos que imitam os originais. No entanto, são feitos com ingredientes mais baratos e com alto teor de aditivos.
Reportagem de Priscila Carvalho para o site DW dá dicas de como identificar alimentos que apesar de ter embalagens semelhantes aos tradicionais são misturas ou apresentam composições diferentes.
Recentemente, o "pó para preparo de bebida à base de café" ganhou destaque nas redes sociais, sendo apelidado de "café fake" ou "cafake". Em reação, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) alertou os supermercados e demais varejistas sobre a irregularidade do comércio de misturas ilegais e recomendou o não consumo de tais produtos pela população. O presidente da associação, Pavel Cardoso, reforça a importância de conferir a certificação ao comprar café e alerta para preços muito baixos, que podem indicar fraude, especialmente quando estão muito abaixo do valor de mercado. Ele também recomenda atenção à marca, questionando se é conhecida ou se imita alguma renomada. Já o leite é um produto puro, enquanto a bebida láctea combina leite com soro, açúcares e espessantes, que altera a composição e reduz seu teor de cálcio e proteínas. Embora mais barata, possui menos nutrientes do que o leite puro.
O consumo frequente de alimentos ultraprocessados e tidos como fakes podem trazer impactos significativos à saúde, especialmente para grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. Esses produtos, frequentemente ricos em açúcares, gorduras, sódio e aditivos, podem comprometer a absorção de nutrientes essenciais e favorecer o desenvolvimento de doenças crônicas.
Amanda da Silva Franco, professora adjunta do Departamento de Nutrição Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), alerta que diante desses produtos falsos existem alternativas naturais e seguras que podem oferecer melhor custo-benefício. "Café, leite em pó e queijos podem ser mais baratos quando comprados em maior quantidade, a granel. Preferir marcas regionais e produtos locais também podem ter menor custo e maior qualidade. Evite pagar por embalagem e marketing", aconselha a professora da UERJ.
O último navio brasileiro afundado pelos nazistas
Oito décadas depois do naufrágio, destroços da embarcação foram localizados no fundo do oceano, a 55 metros de profundidade
[caption id="attachment_39460" align="aligncenter" width="560"] Destroços da embarcação foram localizados no fundo do oceano, a 55 metros de profundidade.[/caption]
Texto Estação do Autor com DW
Edição Scriptum
Em julho de 1944, na costa do Rio de Janeiro, foi a pique o navio brasileiro Vital de Oliveira, após ser torpedeado por um submarino alemão. Agora, oito décadas depois, os destroços da embarcação foram localizados no fundo do oceano, a 55 metros de profundidade.
A explosão causada pelos torpedos rachou a popa do navio, colapsando a estrutura da embarcação em menos de três minutos. Mais de 270 tripulantes foram jogados ao mar. Desses, 99 não conseguiram se salvar. Entenda na reportagem de Lucas Janone, para o site DW, quais estratégias justificaram os ataques nazistas a essa e outras embarcações durante a Segunda Guerra.
O naufrágio do Vital de Oliveira foi o último ataque alemão no litoral brasileiro durante a guerra. A primeira investida nazista contra o País aconteceu na costa do Nordeste, em 1942, quando apenas um submarino alemão, o U-507, afundou seis navios brasileiros, matando mais de 600 pessoas. Especialistas afirmam que esse ataque levou o Brasil para o centro do confronto. Dias depois, Getúlio Vargas anunciou um "estado de beligerância", praticamente declarando guerra contra o Eixo.
Documentos oficiais revelam que dezenas de submarinos alemães operaram na costa do Brasil. Entre eles, o U-861 responsável pelo naufrágio do Vital de Oliveira. De acordo com Fernando Loureiro, especialista em história militar, o objetivo dos alemães era cortar as linhas de suprimento entre o Brasil e os aliados. Com a melhor tecnologia e quase imperceptíveis aos radares da época, os submarinos tiveram sucesso inicialmente, mas a extensão do litoral brasileiro dificultou a operação.
O historiador Francisco Carlos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica que enquanto na Primeira Guerra a Alemanha utilizou submarinos apenas na Europa e no Norte da África, na Segunda Guerra foram essenciais no continente americano, cobrindo grande parte da costa brasileira. O livro Operação Brasil, de Durval Lourenço Pereira, menciona que os alemães planejavam torpedear portos brasileiros em resposta à aproximação do País com os EUA, em 1942. Ele afirma também que uma ofensiva mais incisiva foi abortada por Hitler, já que um ataque poderia afetar a relação da Alemanha com os outros países da América Latina.