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Taxonomy - Manchete secundária

Entenda como a solidão crônica pode provocar demências

A solidão crônica está associada a mudanças em áreas importantes para a cognição social, autoconsciência e processamento de emoções

[caption id="attachment_38212" align="aligncenter" width="560"] No cérebro, a solidão crônica está associada a mudanças em áreas importantes para a cognição social, autoconsciência e processamento de emoções.[/caption]       Texto: Estação do Autor com The News York Times/Folha de S.Paulo Edição: Scriptum   Sentir-se desconectado dos outros, o tempo todo, é prejudicial à saúde. Pessoas que experimentam solidão não apenas de forma transitória, mas cronicamente, podem ter afetada a estrutura do cérebro, aumentando o risco de desenvolver doenças neurodegenerativas. Reportagem de Dana G. Smith para The New York Times, publicada na Folha de S.Paulo, destaca a opinião de especialistas sobre a solidão crônica e como ela afeta o cérebro. Mostra também algumas estratégias para lidar com essa condição. Pessoas solitárias são hipersensíveis a palavras sociais negativas, como "desprezado" ou "rejeitado", e a rostos expressando emoções negativas. No cérebro, a solidão crônica está associada a mudanças em áreas importantes para a cognição social, autoconsciência e processamento de emoções. Alguns especialistas consideram que quando a solidão desencadeia a resposta ao estresse, ela também ativa o sistema imunológico, aumentando os níveis de algumas substâncias inflamatórias. Há anos cientistas têm conhecimento da conexão entre solidão e a doença de Alzheimer, além de outros tipos de demência. Um estudo publicado no final do ano passado sugeriu que a solidão está associada à doença de Parkinson também. Para Nancy Donovan, diretora da divisão de psiquiatria geriátrica do Brigham and Women's Hospital, “até mesmo baixos níveis de solidão aumentam o risco, e níveis mais altos estão associados a um risco maior de demência”. É cogitado ainda que o estresse e a inflamação causados pela solidão contribuem para o início ou aceleração de doenças neurodegenerativas em adultos mais velhos. O ônus que a solidão impõe ao sistema cardiovascular, aumentando a pressão sanguínea e a frequência cardíaca, também pode ter um efeito prejudicial no cérebro, diz Donovan. A professora de psiquiatria e farmacologia experimental e terapêutica na Escola de Medicina da Universidade de Boston, Wendy Qiu, descobriu que se as pessoas de meia-idade se sentirem solitárias apenas de forma transitória, não há aumento do risco de demência. Com solidão temporária, o cérebro tem a "capacidade de se recuperar", diz Qiu. Mas se as pessoas "não têm ajuda para tirá-las da solidão, e por muito tempo se sentem sozinhas, isso será tóxico para o cérebro".

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Pesquisadores brasileiros investigam o crescimento de plantas fora da Terra

Cerca de 40 especialistas brasileiros de 13 instituições avançam em uma área ainda pouco explorada no País, a agricultura espacial

[caption id="attachment_38205" align="aligncenter" width="560"] Estão sendo desenvolvidos projetos e protótipos de possíveis estufas lunares e marcianas.[/caption]    

Texto Estação do Autor com FAPESP / CNN Brasil

Edição Scriptum

 

Cerca de 40 pesquisadores brasileiros de 13 instituições formaram uma rede, por enquanto informal, para avançar em uma área ainda pouco explorada no País: a agricultura espacial. O projeto ganhou impulso após a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a AEB (Agência Espacial Brasileira) assinarem, em setembro de 2023 um protocolo de intenções para o Brasil contribuir no programa Artemis, da Nasa. Este programa prevê, entre outros pontos, a construção de uma base na Lua para uma futura missão tripulada a Marte.

Em 2020, os Estados Unidos lançaram os Acordos Artemis, que estabelecem diretrizes para a cooperação entre países na exploração pacífica do espaço. O Brasil aderiu ao acordo, que conta hoje com a participação de 36 países.

Publicada na CNN Brasil, reportagem de Frances Jones, da Revista Pesquisa FAPESP, trata do desafio de se produzir alimentos frescos em longas missões espaciais e espaçonaves ou mesmo na Lua e em Marte. Estão sendo desenvolvidos projetos e protótipos de possíveis estufas lunares e marcianas. Pesquisas realizadas pela Nasa contribuíram para aprimorar o uso de luzes LED na agricultura em ambientes controlados e na estrutura de fazendas verticais, hoje montadas nas cidades.

Na Estação Espacial Internacional (ISS), em projeto conjunto das agências espaciais norte-americana, europeia, canadense, japonesa e russa, astronautas já consomem alface, couve-chinesa, rabanete, tomate e acelga, entre outros vegetais, cultivados em câmaras de duas plataformas desenvolvidas pela Nasa, o Sistema de Produção Vegetal (Veggie) e o Hábitat Avançado de Plantas (APH).

Alessandra Fávero, pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste e líder da iniciativa, observa que a participação do Brasil se justifica por ser reconhecido internacionalmente pela pesquisa agrícola. Fávero esclarece que as plantas e sistemas desenvolvidos poderão ser utilizados eventualmente na Terra. Não apenas em fazendas verticais urbanas como também em outro contexto associado às mudanças climáticas onde seja menor a disponibilidade de água ou luz.

Por enquanto, não há nenhum recurso específico da AEB destinado ao projeto. Segundo o matemático Rodrigo Leonardi, diretor de Gestão de Portfólio da agência, após o estabelecimento do protocolo de intenções, há tratativas avançadas com a Embrapa para celebrar um acordo de cooperação técnica de modo que se faça um desembolso para apoiar o início dos trabalhos.

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Paris 2024: o lado sustentável dos Jogos Olímpicos

A abordagem sustentável atravessa todas as áreas, desde a a utilização de arenas já existentes até a reciclagem e reutilização de elementos como pódios e mobiliário

[caption id="attachment_38197" align="aligncenter" width="560"] Expectativa é que as iniciativas contribuam para que esses sejam os primeiros Jogos Olímpicos da era ecológica[/caption]     Texto: Estação do Autor com Casa Vogue/Um só Planeta Edição: Scriptum   A Olimpíada Paris 2024 entra na batalha contra o aquecimento global. A missão foi assumida por um evento que, durante muitos anos, pareceu ser um concurso para a construção de estádios e complexos esportivos monumentais. Iniciativas como a reutilização de edifícios e de instalações temporárias prometem fazer dos Jogos Olímpicos o “mais verde” da história. Reportagem publicada na Casa Vogue/Um só Planeta revela ações implementadas para que a tendência verde prevaleça e faça valer o compromisso da comissão organizadora de produzir uma Olímpiada predominantemente sustentável. Utilizando materiais reciclados como madeira certificada e evitando quase totalmente a construção de novos edifícios ou estádios, as Olimpíadas produzirão metade das emissões dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Londres 2012 ou Rio 2016. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, a média de emissões nessas edições foi de 3,4 milhões de toneladas. Na contramão da construção de grandes estádios e arenas, pelo menos 95% das competições serão realizadas em locais já existentes. Outros espaços deverão ser temporariamente adaptados para evitar despesas desnecessárias e reduzir o impacto ambiental. A abordagem sustentável atravessa todas as áreas, incluindo reciclagem e reutilização de elementos como pódios e mobiliário. Este princípio também se aplica a outros objetos que muitas vezes são deixados de lado, como sinalização e estruturas removíveis. No caso de equipamentos esportivos, os desenvolvedores consideram vendê-los a baixo custo para dar continuidade ao conceito de uma segunda vida. As camas dos atletas têm uma base de papel reutilizado reforçado. Os colchões são feitos de um polímero produzido com redes de pesca recuperadas e recicladas. O combate aos plásticos descartáveis envolve a utilização de menos embalagens para alimentos e bebidas. A expectativa é que as iniciativas contribuam para que esses sejam os primeiros Jogos Olímpicos da era ecológica, deixando um legado de consciência e sustentabilidade.

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Invasão holandesa, há 400 anos, teve guerrilha na BA, resistência de bispo e impacto global

Esquadra com 26 navios, 500 canhões e 3.400 homens ocupou a Baia de Todos os Santos e em menos de um dia Salvador capitulou

[caption id="attachment_38195" align="aligncenter" width="584"] Reprodução de pintura de Hassel Gerritsz sobre a invasão[/caption] Texto Estação do Autor com Folha de S.Paulo Edição Scriptum Em maio de 1624, uma esquadra com 26 navios, 500 canhões e 3.400 holandeses ocuparam a Baía de Todos os Santos em Salvador, na Bahia. Apesar da resistência inicial, em menos de um dia, a capital da América portuguesa capitulou e foi tomada pelos invasores. Casas foram saqueadas, o governador Diogo de Mendonça Furtado foi preso e as tropas percorreram a cidade em busca de uma carga valiosa: o açúcar. A invasão holandesa, que completou 400 anos, acirrou a disputa entre potências da Europa em torno de interesses comerciais. Se tornou uma espécie de guerra santa e o primeiro evento histórico de escala global em solo brasileiro. Além de ser um polo produtor de açúcar, com engenhos na região do Recôncavo, Salvador era um importante centro político da colônia. A cidade tinha entre 10 mil e 12 mil habitantes, com reduzido poder militar. No dia da invasão, contava com pouco mais de 450 homens preparados para proteger a cidade. Reportagem de João Pedro Pitombo para a Folha de S.Paulo (assinantes) registra a tomada da Capitania da Bahia, em mais um capítulo da disputa entre a Espanha e os Países Baixos, que travaram a Guerra dos 80 anos. A Espanha retaliou impondo embargos aos holandeses, que tinham uma das mais sólidas frotas comerciais do mundo. Foi suspenso o comércio entre os Países Baixos e Portugal, que desde 1580 fazia parte da União Ibérica. Os holandeses foram então apartados do comércio do açúcar, um dos mais cobiçados e rentáveis na época. A solução encontrada foi eliminar intermediários e buscar o produto na fonte, daí a invasão e ocupação militar na América. Estrategicamente, a Holanda criou em 1621 a empresa Companhia das Índias Ocidentais e decidiu tomar Salvador, principal porto do Atlântico Sul. Para custear a operação, houve uma espécie de parceria público-privada, parte bancada pela empresa, parte pelas Províncias Unidas dos Países Baixos. A ocupação prosseguiu até 1º de maio de 1625, quando os invasores se renderam com a chegada de 52 navios e 12.563 homens espanhóis. Os holandeses voltariam ao Brasil em 1630, invadindo Pernambuco e mantendo uma ocupação que durou 24 anos, com marcas mais profundas na história política, social e cultural do Nordeste brasileiro.

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