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Quanto café por dia é muito café? Especialistas apontam o limite

A maioria dos adultos pode consumir com segurança 400mg de cafeína –até 4 xícaras de café coado, ou seis doses de café expresso por dia

[caption id="attachment_37286" align="aligncenter" width="531"] Alguns estudos sugerem que os consumidores de café vivem mais e têm menores riscos de diabetes tipo 2, doença de Parkinson, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer[/caption]

 

Texto: Estação do Autor com The New York Times/O Globo Edição: Scriptum Seja após o almoço ou mesmo para nos manter acordados, o café faz parte do cotidiano da maioria das pessoas. Saber quanto tomar, seus benefícios e possíveis malefícios são perguntas frequentes dos “cafeinados”. Especialistas indicam a média diária do cafezinho, porém ela depende da tolerância do organismo de cada um. Reportagem de Alice Callahan para o The New York Times, publicada em O Globo, ouviu especialistas que avaliam os prós e contras do famoso cafezinho. Alguns estudos sugerem que os consumidores de café vivem mais e têm menores riscos de diabetes tipo 2, doença de Parkinson, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. Na opinião de Rob van Dam, professor da Escola de Saúde Pública do Instituto Milken da Universidade George Washington, o café faz mais bem do que mal. Por outro lado, Marilyn Cornelis, da Faculdade de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern, pondera que a bebida contém milhares de compostos químicos, sendo que muitos deles podem influenciar a saúde. A cafeína pode causar dores de cabeça, refluxo ácido e, em doses suficientemente altas, até tremores ou vômitos, complementa a toxicologista Adrienne Hughes, da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon. A agência reguladora americana Food and Drug Administration (FDA), indica que a maioria dos adultos pode consumir com segurança 400mg de cafeína, ou até quatro xícaras de café coado, ou seis doses de café expresso por dia. Duas a quatro xícaras por dia é “uma espécie de lugar ideal”, afirma Rob van Dam. O especialista explica que a cafeína é decomposta em taxas diferentes conforme o organismo de quem consome. Já Marilyn Cornelis afirma que é necessário “ouvir nosso corpo”. Ou seja, ao sentir náuseas, nervosismo ou ansiedade, além de interferência no sono, o melhor é reduzir a dose do tradicional cafezinho.

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Conselho de Direitos Humanos alerta para risco do bullying virtual em crianças

Levantamento do Unicef mostra que 130 milhões de estudantes em todo o mundo sofrem bullying digital

[caption id="attachment_37232" align="aligncenter" width="1170"] Bullying virtual: plataformas digitais devem assumir sua responsabilidade, promovendo moderação de conteúdo[/caption] Texto: Estação do Autor com ONU News Edição: Scriptum O dado é preocupante. Uma em cada três crianças no mundo é afetada por bullying virtual. A prática viola diversos direitos das crianças, como o direito à saúde mental, à educação, ao lazer e à privacidade. E o mais grave: causa ansiedade, sofrimento emocional e até suicídio infantil, segundo alerta Philip Jaffé, membro do Comitê de Direitos da Criança, em sessão especial no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. Reportagem publicada no site ONU News mostra os riscos do cyberbullying em crianças, tema tratado na última reunião do Conselho da entidade. A vice-chefe de direitos humanos da ONU, Nada Al-Nashif, observou que, de acordo com o Comitê para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, Cedaw, o bullying virtual afeta meninas quase duas vezes mais do que meninos. Destacou também que crianças sujeitas a bullying são mais propensas a faltar à escola, ter um desempenho pior nos testes, e podem sofrer insônia e dor psicossomática. Para combater o problema, Al-Nashif apela para que plataformas digitais assumam sua responsabilidade, promovendo moderação de conteúdo, além de fornecer ferramentas de privacidade adaptadas e respeitar padrões internacionais de direitos humanos. Presente à reunião, a diretora de políticas de segurança da empresa Meta, Deepali Liberhan, relatou que somente no terceiro trimestre de 2023 cerca de 15 milhões de conteúdos foram detectados nas plataformas Facebook e Instagram que constituíam bullying e assédio. A maioria foi removida proativamente pela Meta antes mesmo de ser denunciada, disse ela. De acordo com levantamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, 130 milhões de estudantes em todo o mundo sofrem bullying, uma situação que foi exacerbada pela disseminação das tecnologias digitais.

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Ilhas de excelência

As deficiências do sistema brasileiro de educação são muitas, mas Luiz Alberto Machado aponta que ainda há algumas razões para sentir orgulho de experiências bem-sucedidas

Luiz Alberto Machado, economista e colaborador do Espaço Democrático Edição Scriptum As deficiências da educação brasileira são notórias e amplamente divulgadas não apenas por especialistas, mas pela mídia em geral. Eu mesmo já me referi a este assunto em diversos artigos, palestras, entrevistas ou comentários em diferentes canais em que tenho a oportunidade de me pronunciar. Felizmente, porém, existem ilhas de excelência, com bons exemplos em escolas, faculdades, instituições e projetos isolados espalhados pelo País, até mesmo em Estados que não se encontram entre os mais ricos, como é o caso do Ceará. Por razões distintas, participei nos últimos dias de dois eventos em verdadeiras ilhas de excelência do nosso universo educacional. Na sexta-feira, dia 22, estive na Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP), participando da abertura da exposição Uma viagem pela história do pensamento econômico: a Biblioteca Delfim Netto, em comemoração aos dez anos da inauguração da referida biblioteca, cujo acervo de aproximadamente 200.000 volumes foi doada à instituição pelo professor Antonio Delfim Netto, que lá se formou e onde iniciou a carreira docente. Havia alguns anos que não ia à USP e, nesse sentido, foi muito bom ser recepcionado pelas professoras Maria Dolores Montoya Dias e Maria Sylvia Macchione Saes, respectivamente diretora e vice-diretora da FEA, e por Fabiana Delfim, filha do eminente professor, e rever entre os presentes verdadeiras referências da economia brasileira, entre as quais Carlos Antonio Roca, Eduardo Carvalho, Felipe Salto e Eduardo Giannetti da Fonseca, a quem coube fazer importante depoimento sobre o legado de Delfim Netto e a relevância de sua biblioteca. Embora tenha estado na USP por pouco tempo, não foi difícil entender a razão pela qual a universidade é considerada a melhor da América Latina, de acordo com a 13ª edição do QS World University Ranking, divulgado em meados de setembro. No relatório da QS Quacquarelli Symonds, especialista global em educação superior, as 10 melhores universidades latino-americanas brasileiras são:

  1. Universidade de São Paulo (USP) - Brasil
  2. Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC) - Chile
  3. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - Brasil
  4. Tecnológico de Monterrey - México
  5. Universidade do Chile - Chile
  6. Universidade de Los Andes - Colômbia
  7. Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) - México
  8. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Brasil
  9. Universidade de Buenos Aires (UBA) - Argentina
  10. Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) - Brasil
O relatório destacou como pontos fortes das universidades brasileiras os seguintes:
  • "Nível excepcional de treinamento de corpo docente", por causa do número de professores com doutorado;
  • Volume significativo de pesquisas de "alta qualidade", com "intensa colaboração internacional" (como o artigo da USP sobre o uso da "terra preta" da Amazônia para combater o desmatamento);
  • Reputação "excelente" da USP entre empregadores;
  • Bom tamanho de turmas, como no caso da Universidade de Pernambuco (UFPE).
Ben Sowter, vice-presidente sênior da QS, declarou que "o sucesso do Brasil é um testemunho bem-vindo da resiliência de seu sistema de ensino superior, que tem enfrentado desafios de financiamento nos últimos anos. No sábado, dia 23, participei do almoço comemorativo aos 50 anos de formatura dos alunos que concluíram o colegial (atual ensino médio) em 1973, oferecido pelo Colégio Dante Alighieri. Tratou-se de um evento marcado pela emoção de reencontrar colegas das diversas turmas dos cursos científico (exatas e biológicas), clássico e normal. De cerca de 400 alunos que se formaram naquele ano, foi possível identificar aproximadamente 250, na esmagadora maioria presentes ao evento. Foram identificados também 36 colegas falecidos, cujos nomes foram mencionados num momento de respeitosa homenagem. Começamos fazendo um tour pelas dependências do colégio, que ocupa espaço privilegiado nas imediações da avenia Paulista, em frente ao Parque Trianon. Nesse tour, pudemos posar para fotos no famoso "sino", símbolo do colégio, e testemunhar não apenas a ótima qualidade das salas de aula, dos laboratórios e das quadras esportivas, mas também algumas novidades incorporadas nesse meio século, com destaque para o Museu de Arte Natural, que conta com mais de mil peças em exposição, oferecendo acesso a diversas vertentes do conhecimento, como exemplares completos e partes de diversos mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes ósseos, dioramas da Mata Atlântica e Cerrado brasileiros; fósseis; painéis de explosão da vida na Terra; processo de fossilização; mantenedouro com animais terrestres, dulcícolas e marinhos, entre outros. Assim, contando com a criatividade dos professores, aulas comuns acabam se transformando em grandes aventuras, atraindo o interesse e a atenção dos estudantes, aspecto essencial de qualquer projeto educacional contemporâneo bem-sucedido. Como bem observou Andrea Guasti em inspirado texto postado num dos grupos de WhatsApp criados para a ocasião: "Dante Alighieri 50 anos. Nos preparamos por meses... O dia chegou e como adolescentes indo para a primeira festa fomos entrando no que foi nosso segundo lar por alguns anos. Recebemos crachás de lindas moças e rapazes cabeludos, que não entendiam porque estavam sendo pendurados nos pescoços destes avôs. Mais alguns passos e a ampulheta virou e retornamos no tempo, as paredes, o sino, o pátio são os mesmos, de volta ao passado somos nós nos crachás. As memórias regressam: do recreio; das brincadeiras; dos pássaros empalhados pelos corredores; do suplício da chamada à lousa fazer um exercício; dos suspiros das moças nas janelas e dos rapazes enquanto elas sobem as escadarias; dos primeiros amores; do convívio diário das amizades de irmãos. O tempo não passou, as conversas brotam entre lembranças e a curiosidade do que se fez neste último meio século. Agora mais relaxados, desarmados, o que se conseguiu está feito. Vale curtir daqui para frente sem cobranças e festejar a sorte de estar aqui. Nossa janela da festa, acima de qualquer expectativa, está terminando, temos de reverter a ampulheta e voltar ao futuro... Os crachás são guardados com carinho, na dúvida se éramos mesmo assim. Tudo de bom!" Além da lembrança eterna dos agradáveis momentos vividos no último sábado, resta a alegria de constatar que o Dante Alighieri permanece como uma ilha de excelência no conturbado universo da educação brasileira.   Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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Com vocação para turismo de aventura, Brasil subaproveita potencial

Investir e ampliar a divulgação dos atrativos naturais é um dos principais pontos defendidos para dar visibilidade e incluir o País na rota dos turistas de aventura

[caption id="attachment_37222" align="aligncenter" width="1200"] Esportes de aventura são um dos filões que o Brasil pode explorar para vender o turismo no exterior[/caption]   Texto: Estação do Autor com Agência Brasil Edição: Scriptum Potencial para o Brasil virar referência internacional em turismo de aventura não falta. São 8,5 mil quilômetros de faixa litorânea, clima tropical e condições favoráveis à prática de atividades ao ar livre o ano todo. No Dia Mundial do Turismo, celebrado nesta quarta (27), especialistas cobram a necessidade de infraestrutura receptiva e a garantia de segurança e bem-estar aos visitantes. Investir e ampliar a divulgação dos atrativos naturais é um dos principais pontos defendidos para dar visibilidade e incluir o País na rota dos turistas de aventura. Segundo dados do Ministério do Turismo, de todos os estrangeiros que desembarcaram em território brasileiro ao longo de 2019, 18,6% afirmaram ter viajado com o propósito de ter contato com a natureza e praticar atividades ligadas ao turismo de aventura e ao ecoturismo. Outros 2,4% vieram fazer turismo esportivo.Na reportagem de Alex Rodrigues para a Agência Brasil, gestores e especialistas da área indicam ações e providências para que esse lucrativo setor cresça e ofereça estrutura satisfatória aos turistas. Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta), Vinicius Viegas observa o crescente interesse do público em geral pelo turismo de natureza. Mesmo assim, a exemplo de outros entrevistados, ele considera que o Brasil não aproveita todas as possibilidades que o segmento oferece. “O Brasil é um país sensacional em termos de possibilidades para as atividades ligadas ao turismo de aventura e esportivo. Infelizmente, este potencial ainda não é bem aproveitado e o tema é pouco explorado pelo Poder Público, pelo mercado e no âmbito acadêmico”, acrescenta o diretor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Ricci Uvinha, especialista em lazer e turismo. Responsável por divulgar os atrativos turísticos brasileiros no exterior, o coordenador de Natureza e Segmentos Especiais da Embratur, Leonardo Persi, diz que algumas ações já estão em curso. Entre elas, a participação da agência em eventos nacionais e internacionais divulgando a marca Brasil entre esportistas e público estrangeiro. Persi destaca o Sertões Kitesurf, maior corrida de longa duração do esporte, que reuniu recentemente, no Ceará, competidores do Reino Unido, França, Turquia, Portugal, Suíça, República Dominicana e Argentina, além de brasileiros de vários estados. Para Marcelo Freixo, presidente da Embratur, o evento “está conectado com o Brasil que a Embratur promove para o mundo. O Brasil das belezas naturais, do turismo de aventura que é sustentável e gera emprego e renda nas nossas cidades e vilarejos litorâneos”.

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