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Taxonomy - Destaquinho

Reformas econômicas já aprovadas em 2024 vão na direção certa

Cientista político Rogério Schmitt acredita que medidas vão favorecer a atração de investimentos e o crescimento

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O Brasil no Relatório da Felicidade Mundial

Roberto Macedo escreve que o País está ficando para trás em relação a outros de nível econômico similar

  Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático Edição Scriptum   O Global Wellness Institute (Instituto Global do Bem Estar), entidade internacional que tem participação da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Instituto Gallup, entre outras entidades, produziu um levantamento sobre a felicidade nos países. Entre outros aspectos, apresenta um ranking de 141 países, cobertos no período de 2021 e 2023. Os 10 primeiros colocados, dos melhores para os piores, são Finlândia, Dinamarca, Islândia, Suécia, Israel, Holanda, Noruega, Luxemburgo, Suíça e Austrália. A maioria desses países é da Europa Ocidental e note-se que são países pequenos. Os maiores tendem a mostrar maiores desigualdades na avaliação – os Estados Unidos ficaram no 23º lugar, a China em 59º e a Rússia em 72º. Os dez últimos colocados foram Uganda, Camarões, Essuatíni, Zimbábue, Lesoto, Congo, Botsuana, Líbano, Zâmbia e Azerbaijão. São países que frequentemente aparecem no noticiário internacional com más notícias. O Brasil se sai razoavelmente bem na longa lista, ficando em 37º lugar. Na América Latina, é suplantado apenas por El Salvador (33º), Chile (30º), Uruguai (26º), México (25º) e Costa Rica (12º). Com exceção do México, são países pequenos. Chile e Uruguai usualmente ultrapassam o Brasil em vários rankings. A Argentina ficou em 48º lugar e em face das dificuldades que vem passando há muito tempo, sua posição nem foi tão ruim. A autoestima de sua população com relação ao país é grande, particularmente no caso do futebol, onde tem obtido vários sucessos. Um índice de avaliação da vida tem forte caráter subjetivo. No caso do Brasil, a posição no ranking poderia indicar que as pessoas têm uma avaliação melhor de si mesmas do que muitos imaginam em face das condições do País. Melhor assim, pois o sofrimento espiritual não é tanto. Mas o País está ficando para trás em relação a outros de nível econômico similar no que tange ao crescimento econômico, que é muito fraco. As distribuições de renda e riqueza são muito desiguais. É preciso que a preocupação com esses problemas se difunda no âmbito da sociedade e dos políticos para que medidas corretivas sejam efetivamente tomadas para solucioná-los.   Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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Falta aos brasileiros a sede de verdade

Os maus governantes já destruíram nosso passado, fingem ignorar o presente e podem comprometer o futuro e as novas gerações, escreve Samuel Hanan

Samuel Hanan, ex-vice-governador do Amazonas, engenheiro especializado em economia e colaborador do Espaço Democrático Edição Scriptum   Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”. Pois os governantes brasileiros parecem ter adotado esse pensamento como linha de conduta porque abusam da negação da verdade e da venda de ilusões. No mundo real, mais de 60% da população brasileira ganha até 1 salário mínimo (R$ 1.412,00/mês brutos). Em 2023, a renda média per capita nacional, sem descontos da Previdência e tributos, foi de apenas R$ 1.848,00/mês, o correspondente a 1,42 salário mínimo. Além disso, o governo reduz o poder de compra do cidadão aplicando a carga tributária de 33% a 35% do Produto Interno Bruto (PIB) ao não fazer a correção anual da tabela do Imposto de Renda. A contrapartida, no entanto, é pífia porque o governo federal não oferece à população serviços universais de qualidade em segurança pública, educação, saúde, saneamento e habitação. Vale recordar o pensamento do escritor e político norte-americano Harry Browne (1933-2006): “O Governo é bom em uma coisa. Ele sabe como quebrar as suas pernas apenas para depois lhe dar uma muleta e dizer: ‘veja, se não fosse pelo governo, você não seria capaz de andar!’". Se fosse vivo, Browne assistiria um festival de ‘muletas’ no Brasil, como bolsa-família, vale-gás e tantos outros. Como se não bastasse, agora está em gestação um novo benefício com o pomposo nome de “cashback”. Mais lógico e eficaz seria atacar as causas, mas nada se fala, por exemplo, sobre a redução de impostos da cesta básica, esta sim uma medida capaz de aliviar o bolso do brasileiro de baixa renda. Este é mais um dos muitos desacertos do setor público brasileiro, problema antigo que se acentuou sobretudo a partir de 2002, com registro de déficit público nominal crônico e crescente porque não foi combatido pelos governos. O ápice se deu em 2023, quando superou R$ 967 bilhões, o equivalente a 8,8% do PIB. Foi praticamente o dobro do registrado no ano anterior, quando ficou em R$ 480 bilhões. Em 2024, tudo caminha para a mesma direção, prevendo-se a repetição do déficit gigantesco e semelhante ao de 2023, o que implica em inevitável aumento de endividamento público para financiar a cobertura desses déficits. A dívida pública brasileira já é superior a R$ 8,1 trilhões, devendo ao final desse ano superar R$ 9 trilhões. Não há possibilidade de crescimento saudável com tamanho rombo. Espanta também a generosidade dos governos brasileiros na concessão de empréstimos expressivos para países que não têm o hábito de cumprir compromissos, sempre flertando com a inadimplência. São empréstimos expressivos, normalmente concedidos sem o mesmo rigor da aferição da capacidade de pagamento utilizada, por exemplo, em relação a um industrial brasileiro em busca de crédito para produzir e gerar empregos. O Brasil precisa fazer uma correção de rumo com urgência, sob pena de perdurar o sofrimento de seu povo, já farto de discursos fáceis e de medidas meramente paliativas para problemas graves. A polarização política – tão em moda – não ajuda em nada. Como já disse Dalai Lama, o mundo precisa desesperadamente de mais pacificadores, restauradores da ordem e da harmonia, e até mesmo de contadores de histórias e pessoas amorosas. Essa é também uma necessidade nacional. Os maus governantes já destruíram nosso passado, fingem ignorar o presente e podem comprometer o futuro e as novas gerações. É preciso dar um basta e construir uma nova nação. O Brasil dos sonhos dos mais de 200 milhões de brasileiros seguramente não é o país de hoje, repleto de privilégios e contaminado pela impunidade.     Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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Brasil precisa aperfeiçoar mecanismos de defesa civil

Coronel Henguel Ricardo Pereira, coordenador da Defesa Civil de São Paulo, falou no Espaço Democrático

[caption id="attachment_38502" align="aligncenter" width="560"] O coronel Henguel Ricardo Pereira: "O planeta está aquecido e as tragédias estão acontecendo com maior frequência"[/caption]   Redação Scriptum   Com maior ou menor impacto, 90% dos 497 municípios do Rio Grande do Sul sofreram grandes perdas humanas e materiais com as inundações de maio e junho. As consequências foram assustadoras: cerca de 2,3 milhões de pessoas diretamente afetadas, com quase 400 mil desabrigados e 200 mortos. O fenômeno que os especialistas chamam de evento climático extremo mostrou como o Brasil ainda precisa aperfeiçoar seus mecanismos de defesa civil. “O planeta está aquecido e as tragédias estão acontecendo com maior frequência”, diz o coronel Henguel Ricardo Pereira, secretário-chefe da Casa Militar do Governo de São Paulo e coordenador da Defesa Civil paulista em palestra no Espaço Democrático – a fundação de estudos e formação política do PSD. Formado em Direito e pós-graduado em Engenharia Civil, Henguel, que tem mais de 35 anos de experiência na área, acompanhou de perto a tragédia gaúcha, para onde se deslocou para atuar em maio. Ele acaba de voltar do Japão, onde conheceu os sistemas de prevenção de um país que convive de maneira frequente com enchentes, deslizamentos de terra e até terremotos. Ali, constatou como a prevenção de desastres naturais está entranhada na cultura local. “Nós não temos o grau de conscientização dos japoneses”, contou. “Eles participam das ações de treinamento e obedecem as regras definidas pelas autoridades públicas, o que minimiza muito os efeitos das catástrofes”. Para fazer contraponto ao exemplo japonês, Henguel citou um episódio que ocorreu com ele há poucos anos. “Nós estávamos atendendo a um deslizamento e uma garota me procurou para contar que o pai não queria deixar a sua casa, que já estava metade destruída”, lembrou. “Metade da casa já havia sido arrastada morro abaixo, havia o risco de desabar o resto e ele queria continuar ali”. O coronel aponta, porém, que a conscientização da população – especialmente a que ocupa áreas de risco – é apenas uma face do sistema de prevenção. Outra é a tecnologia, que pode ser a principal aliada da prevenção. Hoje, os radares meteorológicos usados no Brasil são antigos, com quase 30 anos de operação. “Em São Paulo temos dois deles, em Presidente Prudente e Bauru; recentemente instalamos um moderno em Ilhabela e em outubro instalaremos mais um na região de Campinas”, disse. “Percebemos que além dos dois que tínhamos no planalto, precisávamos de radares na costa porque as nossas frentes frias ou vem do Sul do País ou do mar”. Henguel defende que este trabalho de conscientização chegue inclusive ao sistema de ensino. “Crianças de quinta e sexta séries precisam entender o risco e podem ser instruídas na escola”.   [caption id="attachment_38503" align="aligncenter" width="560"] Reunião semanal de colaboradores do ED[/caption]   Por fim, o coordenador da Defesa Civil do Estado de São Paulo aposta no treinamento das pessoas e na criação dos sistemas de alerta de massa para reduzir o risco de grandes tragédias humanas. O Brasil já tem em muitas cidades os sistemas de sirenes de alerta, mas vai ganhar nos próximos meses o sistema conhecido como Cell Broadcasting, por meio do qual alertas são enviados por meio do celular com base em um sistema de georreferenciamento. As companhias de telecomunicações passarão a transmitir mensagens para aparelhos que estão nas áreas afetadas por emergências naquele momento, independentemente do DDD da linha. “É um sistema usado no Primeiro Mundo, mas que no Brasil ainda não operava por razões legais que agora foram resolvidas graças à iniciativa do governo de São Paulo, que encontrou as soluções necessárias com as operadoras e as levou para o governo federal”. Participaram da palestra do coronel Henguel Ricardo Pereira os economistas Luiz Alberto Machado e Roberto Macedo, os cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt, o sociólogo Tulio Kahn, o gestor público Januario Montone, a secretária do PSD Mulher nacional Ivani Bôscolo, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, coordenador de comunicação do Espaço Democrático.

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