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Taxonomy - Manchete secundária

Na China, etarismo profissional em tecnologia começa aos 35

Pesquisa mostra que 87% dos programadores chineses estão “gravemente preocupados” com seus empregos após completarem 35 anos

[caption id="attachment_38147" align="aligncenter" width="564"] As empresas de tecnologia não escondem sua preferência por funcionários mais jovens e solteiros.[/caption]   Texto: Estação do Autor com Financial Times/Folha de S.Paulo Edição: Scriptum Na China, profissionais de tecnologia são vítimas da chamada 'maldição dos 35 anos'. Atualmente, ganha força no mercado de trabalho a tendência de demissão de trabalhadores nessa faixa etária. Essa situação de etarismo precoce assombra funcionários mais velhos. Empregadores entendem que eles são mais vulneráveis, com disposição reduzida para suportar longas horas de trabalho por conta das responsabilidades cotidianas. Reportagem de Kai Waluszewski e Eleanor Olcott para o Financial Times publicada na Folha de S.Paulo analisa a condição de trabalhadores do setor de tecnologia chinês que sofrem com a repressão de Pequim e a desaceleração econômica. Dezenas de milhares de empregos foram cortados nos últimos meses. Além disso, as empresas de tecnologia não escondem sua preferência por funcionários mais jovens e solteiros. Embora a lei trabalhista da China proíba os empregadores de discriminar com base em atributos como etnia, gênero e religião, ela não se refere explicitamente à idade. Na opinião do advogado trabalhista Yang Baoquan, alguns interpretaram a lei de forma mais ampla, proibindo a discriminação contra pessoas mais velhas, o que significa que os empregadores não citariam a idade como motivo de demissão. Muitos departamentos do serviço civil da China restringem os exames de entrada para aqueles com menos de 35 anos. Anúncios de emprego para funcionários do setor de serviços, incluindo restaurantes e hotéis, também querem candidatos mais jovens. Isso deixou poucas opções para os funcionários de tecnologia na casa dos 30 anos que desejam mudar de carreira ou encontrar empregos temporários entre as colocações. Uma pesquisa da plataforma de recrutamento Lagou Zhaopin, realizada em 2023, descobriu que 87% dos programadores estavam "gravemente preocupados" em serem demitidos ou não conseguirem encontrar um novo emprego após completarem 35 anos. Ou seja, a maldição dos 35 é uma fonte de grande ansiedade para os trabalhadores de tecnologia do país asiático.

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Como a guerra afeta o desenvolvimento das crianças

Existem ao menos 110 conflitos armados acontecendo no mundo e as maiores vítimas são crianças, alerta a ONU

[caption id="attachment_38140" align="aligncenter" width="560"] Existem ao menos outros 110 conflitos armados acontecendo na África, Ásia, América Latina e Europa.[/caption]   Texto: Estação do Autor com DW Edição: Scriptum   Os horrores da guerra causam traumas na primeira infância e podem reconfigurar o cérebro em caráter permanente. Autoridades alertam que hoje, mais do que nunca, as maiores vítimas dessas disputas geopolíticas são crianças. Muitas das batalhas acontecem em cidades e áreas densamente habitadas. Para o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, as crianças estão carregando o peso dos conflitos modernos de forma "desproporcional". Há 30 anos não se via tamanha violência ao redor do mundo. Além das guerras na Ucrânia e entre Israel e o Hamas, no Oriente Médio, existem ao menos outros 110 conflitos armados acontecendo na África, Ásia, América Latina e Europa. Reportagem de Fred Schwaller para o site DW apresenta um cenário no qual crianças que vivem em zonas de conflito são recrutadas para o combate. Outras são abusadas sexualmente por agressores armados. Independente de terem ou não sua integridade física violada, passam por um sofrimento psicológico profundo. Segundo especialistas, o resultado desses traumas é que futuramente milhões de pessoas devem sofrer com altos níveis de problemas de saúde mental e psiquiátrica. Na Ucrânia, assistentes psicossociais temem que a longa duração da guerra provoque atrasos severos no desenvolvimento das crianças. Christoph Anacker, neurocientista da Universidade de Columbia nos Estados Unidos, explica que o trauma nessa fase inicial da vida altera as respostas ao estresse e ao medo no cérebro, "ensinando-o" a ser mais suscetível ao estresse na vida adulta. Durante a infância, o cérebro passa pelo que especialistas chamam de "períodos sensíveis" do desenvolvimento. Se uma criança é hiperestimulada por causa de um luto ou da ansiedade de estar sob um bombardeio, ou se é privada de estímulos sociais e emocionais durante esses períodos, como acontece quando são separadas da família, por exemplo, Anacker diz que isso pode levar a uma reconfiguração do cérebro. O dano que isso causa é irreparável, afirma. "Não há maneiras eficazes de reverter os efeitos do trauma infantil em adultos."

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Confiança na democracia está em baixa no mundo

Ouvidos em pesquisa internacional, cidadãos de 19 países, incluindo o Brasil, se mostraram céticos em relação ao fato de as eleições serem livres e justas

[caption id="attachment_38130" align="aligncenter" width="560"] De forma geral, diz a pesquisa, eleitores se mostraram céticos em relação ao fato de as eleições serem livres e justas.[/caption]   Texto: Estação do Autor com Folha de S.Paulo Edição: Scriptum Levantamento que ouviu cidadãos de 19 países, incluindo o Brasil, indica que a democracia está perdendo a confiança da população. A pesquisa “Perceptions of Democracy” foi realizada pela organização intergovernamental International Idea (Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral). Reportagem de Daniel Buarque para a Folha de S.Paulo (assinantes) detalha o estudo global sobre as percepções a respeito da democracia no mundo. O resultado apresenta um quadro de alta desconfiança com os processos eleitorais, além da preferência por líderes antidemocráticos. De forma geral, eleitores se mostraram céticos em relação ao fato de as eleições serem livres e justas. Para desenvolver o entendimento sobre a imagem da democracia no mundo, os pesquisadores selecionaram os países considerando a diversidade geográfica, econômica e política. E incluídas as três das maiores democracias do mundo (Brasil, Índia e Estados Unidos). Em 17 dos países analisados, menos da metade da população está satisfeita com os seus governos. Essa postura leva a um risco para o sistema democrático, segundo o estudo, o que é reforçado pelos dados a respeito da percepção sobre lideranças autoritárias. Com sede em Estocolmo, na Suécia, a International Idea foi fundada em 1995 com o objetivo de identificar diferenças importantes, mas muitas vezes negligenciadas, entre as avaliações e atitudes de vários grupos em relação à democracia. O relatório ressalta que "a saúde de uma democracia depende em grande parte das percepções das pessoas", e por isso é importante entender essas visões de mundo para buscar formas de aprimorar o funcionamento da democracia e a maneira como ela é vista.

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Como Madri virou a ‘Miami da Europa’

Após a pandemia, capital da Espanha atrai cada vez mais latino-americanos de alta renda, valorizando imóveis e aumentando o custo de vida dos espanhóis

[caption id="attachment_38122" align="aligncenter" width="560"] Alta dos aluguéis impulsionada pelos novos moradores está expulsando os espanhóis que vivem no centro da cidade e em bairros tradicionais.[/caption]   Texto: Estação do Autor com BBC News Edição: Scriptum Latino-americanos ricos e amantes do luxo estão trocando Miami por Madrid. Desde o fim da pandemia, a capital espanhola atrai como um "imã" migrantes abastados. O reflexo desse fenômeno já é sentido pelos madrilenos que enfrentam cada vez mais dificuldade para, por exemplo, encontrar mesas em restaurantes. Por outro lado, a alta dos aluguéis impulsionada pelos novos moradores está expulsando os espanhóis que vivem no centro da cidade e em bairros tradicionais. Reportagem de Guillermo D. Olmo para a BBC News revela que não é só o turismo que alavanca a recente migração. A empresa Barnes Global Property entrevistou pessoas com patrimônio de mais de 30 milhões de dólares (cerca de R$ 150 milhões) e constatou que Madri era a quarta cidade mais valorizada por eles. Por causa do idioma comum, a capital da Espanha é um dos destinos preferidos dos latino-americanos que buscam trabalho. Há tempos, a cidade recebe trabalhadores peruanos, equatorianos, colombianos e de outras nacionalidades. Eles trabalham como cuidadores de idosos e doentes, na construção civil e em outros setores que costumam ter dificuldades para encontrar mão-de-obra local. Embora, continuem a chegar pessoas em busca de emprego e novas oportunidades, nos últimos anos houve uma mudança de perfil. Alexandre Rangel, diretor-geral da Siespaña, empresa especializada em aconselhar estrangeiros interessados em se estabelecer na Espanha, diz atender clientes que não têm necessidade de gerar rendimentos no país. Entre os atrativos da cidade espanhola está a possibilidade de proteger ativos ameaçados pela instabilidade política e turbulência monetária habituais na América Latina em uma moeda sólida como o euro. O porta-voz do Sindicato dos Inquilinos de Madri, Andrés Pradillo, ressalta que mais da metade das casas vendidas na Espanha no ano passado foram pagas à vista. "São casas não para moradia, mas para especular e obter grandes rendimentos em zonas com rendas muito elevadas", esclarece Pradillo. Para o prefeito da cidade, José Luis Martínez-Almeida Almeida, a chegada de estrangeiros com capacidade de investir é uma boa oportunidade, desde que sejam administrados os riscos, como o possível aumento da desigualdade social.

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