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Oppenheimer codificou o medo na diplomacia e viu a bomba nuclear proliferar

Revista americana Foreign Affairs republicou artigo escrito pelo físico em 1948, no qual ele defende o uso pacifista da energia atômica

[caption id="attachment_36912" align="aligncenter" width="618"] Robert Oppenheimer[/caption]   Texto: Estação do Autor com Folha de S.Paulo Edição: Scriptum Apontado como o “pai da bomba atômica”, o físico americano Robert Oppenheimer, lutou em outras frentes. Ele defendia negociações internacionais que limitassem a produção da bomba, direcionando a energia atômica para fins pacíficos, como a medicina e a produção de eletricidade. Oppenheimer foi chefe do laboratório de Los Alamos (Novo México), que produziu em 1945 as bombas de Hiroshima e Nagasaki. Mesmo parecendo incoerente, em 1948 o cientista escreveu um longo texto para a publicação Foreign Affairs, na qual explicava suas posições pacifistas. Artigo de João Batista Natali para a Folha de S.Paulo trata sobre os conflitos e tentativas do físico, formado em Harvard, de fazer valer suas convicções. Hoje, em destaque como personagem central do filme homônimo dirigido por Christopher Nolan, o icônico artigo de Oppenheimer foi republicado recentemente pela revista diplomática americana. Nele, o físico se opunha, por exemplo, à bomba de hidrogênio, que os Estados Unidos construíram para se contrapor à bomba nuclear que a União Soviética havia detonado em 1949. O desejo do físico era que a ONU se tornasse um centro de compartilhamento de informações sobre a energia atômica. Para ele, essa seria uma forma de impedir que existissem segredos, possibilitando que todos se beneficiassem, para fins pacifistas, da pesquisa realizada na área. Mesmo não se arrependendo de ter criado as duas bombas que mataram 110 mil japoneses imediatamente, ele tampouco se orgulhava de seu papel fundamental no Projeto Manhattan, programa que transformou o átomo em arma de destruição em massa. Com o fim da Segunda Guerra, nasceu a Guerra Fria, responsável por codificar diplomaticamente o medo. Até o início dos anos 1990, nenhuma das potências nucleares explodiu uma só bomba e as guerras foram todas circunscritas geograficamente e disputadas com armas convencionais. Contando sempre com o respeito internacional e sem perder sua reputação acadêmica, Oppenheimer terminou seus dias como professor da Universidade de Princeton. Autoria J. Robert Oppenheimer Editora Foreign Affairs (publicado originalmente em 1.jan.1948) Link: https://www.foreignaffairs.com/united-states/robert-oppenheimer-international-control-atomic-energy-nuclear-bom  

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Pesquisas de popularidade do governo seguem sem muitas surpresas  

Rogério Schmitt escreve que os sucessivos retratos do eleitorado brasileiro têm mostrado que de cada dez eleitores, quatro avaliam bem o governo Lula, três avaliam mal e outros três estão em cima do muro

Rogério Schmitt, cientista político e colaborador do Espaço Democrático

O mês de agosto marcará a volta às aulas nas escolas de todo o País. Na política, marcará também a retomada da rotina normal de trabalho dos poderes legislativo e judiciário, que estiveram em recesso (formal ou informal) ao longo da maior parte do mês de julho. Somente o poder executivo se manteve em plena atividade no período. Uma boa ocasião, portanto, para atualizar o desempenho do governo Lula nas pesquisas nacionais de opinião pública.

Como tenho feito regularmente, neste artigo analisarei os números referentes a junho e julho. Ao longo do mês de junho, estiveram em campo quatro pesquisas sobre a popularidade do governo, todas feitas por institutos já bastante conhecidos (Ipec, Datafolha, Genial Quaest e Poder Data). Já em julho, talvez por causa das férias, dispomos apenas de duas pesquisas, ambas feitas por institutos de menor porte (Atlas Intel e Futura Inteligência).

O gráfico abaixo mostra as médias mensais das taxas de avaliação positiva, regular e negativa do governo Lula nos sete primeiros meses de 2023. Como se pode notar, não houve grandes mudanças em junho ou em julho. Quase toda a variação dos números está dentro das margens de erro habituais das pesquisas por amostragem.

O governo Lula terminou o mês de maio com uma avaliação positiva média de 41,4%. Houve uma pequena queda para 38% em junho, mas uma recuperação para 43,5% em julho. Na prática, desde janeiro, a popularidade (soma de “ótimo” e “bom”) do governo tem oscilado ao redor dos 40% do eleitorado.

Por seu turno, a avaliação regular tem oscilado próxima da casa dos 30% do eleitorado na maior parte do tempo. Entre maio e junho, ela aumentou de 26,6% para 30,5%. Mas teve uma boa queda em julho, para 25,0%.

Finalmente, a avaliação negativa (soma de “ruim” e “péssimo”) também tem variado em torno da casa dos 30%. Ela quase não variou entre maio (28,7%) e junho (28,5%), mas em julho já teve um pequeno incremento (para 30,8%).

Portanto, os sucessivos retratos do eleitorado brasileiro têm mostrado, neste ano, que, de cada dez eleitores, 4 avaliam bem o governo Lula, 3 avaliam mal e outros 3 estão em cima do muro.

Vale ressaltar, por fim, que estes números são distintos dos que se referem à aprovação pessoal do presidente Lula, que analisarei em artigo futuro.

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Criatividade, psicologia e economia comportamental são temas de publicação

Caderno de autoria do economista Luiz Alberto Machado já está disponível para leitura ou download no site do Espaço Democrático

Redação Scriptum Neurociência, criatividadepsicologia e economia comportamental: conexões, a mais recente publicação do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD – já está disponível para download ou leitura on-line. O ensaio é de autoria do economista Luiz Alberto Machado, mestre em Criatividade e Inovação, consultor do Espaço Democrático e conselheiro da Fundação Educacional Inaciana. Machado que se tornou um dos grandes especialistas no campo da economia criativa trata, nesta publicação, de neurociência e criatividade, da evolução dos estudos e pesquisas sobre a criatividade, sobre a psicologia econômica e a economia comportamental. Ele conta como foi arrebatado pelo tema a partir da participação do maior evento anual para a solução criativa de problemas, em Buffalo, no estado de Nova York, há exatos 30 anos. “Aquele evento me abriu os olhos para uma realidade que eu desconhecia e que me permitiu uma evolução pessoal e profissional jamais imaginada”, conta. “A partir dali tive a oportunidade de me enveredar por um novo campo de conhecimento, a criatividade, que se mostrou um excelente complemento à minha formação original de economista”.

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Reformas colocaram o Brasil no caminho certo

Economista Igor Barenboim fez palestra no Espaço Democrático e traçou cenário otimista para o País

[caption id="attachment_36873" align="aligncenter" width="300"] Igor Barenboim[/caption] Redação: Scriptum Os desafios são enormes, mas o Brasil fez grandes avanços nos últimos anos e está no caminho certo. A avaliação não é de quem está propondo uma política econômica para o País, e sim de um operador do mercado financeiro, o economista Igor Barenboim, Ph.D pela Universidade de Harvard, que fez uma análise da macroeconomia brasileira na reunião semanal do Espaço Democrático, a fundação para estudos e formação política do PSD. Barenboim, que entre outros cargos exercidos foi secretário-adjunto de Política Econômica no Ministério da Fazenda, superintendente da Tesouraria do Itaú-Unibanco e subsecretário de administração do município do Rio de Janeiro, apontou que uma série de iniciativas e eventos que ocorreram nos últimos anos permitiu a melhora do cenário macroeconômico e que agora o governo Lula poderá se beneficiar disso sem que tenha sido o vetor destas condições. “São reformas que entre 2016 e 2022 transformaram o Brasil”, disse. O economista, que é sócio da gestora de recursos Reach Capital, citou como exemplos dessas iniciativas que mudaram a conjuntura a Lei das Estatais, o fim da obrigatoriedade de participação da Petrobras no pré-sal, as reformas trabalhista e da previdência, a nova lei das falências, a independência do Banco Central do Brasil, as privatizações – como da Eletrobrás, a digitalização de serviços públicos e os marcos regulatórios do saneamento, das ferrovias, do gás e dos portos. Tão importante quanto as reformas são segundo ele, os sinais de estabilidade que o Congresso vem dando. “Lula já disse que quer reverter a privatização da Eletrobrás e o Marco Regulatório do Saneamento, mas o Congresso já sinalizou que não vai mexer nisso”, lembrou. “Para o investidor externo, isso é um excelente sinal”. Para Barenboim, o desafio ainda é grande, principalmente o fiscal, mas o cenário de crise foi afastado e as perspectivas de alguns setores são excelentes. “A vulnerabilidade externa do Brasil é coisa do passado e a guerra da Rússia na Ucrânia provou isso: o petróleo subiu e Brasil ficou mais rico com este movimento pela primeira vez na história”, disse. Ele fez algumas comparações para justificar o seu otimismo. No ano 2000 o Brasil produzia 1 milhão de barris de petróleo, hoje produz 3 milhões; a nossa produção de minério de ferro, no mesmo período, saltou de 150 milhões de toneladas para 350 milhões; e o agronegócio cresce a cada ano. Segundo ele, a mudança que o Conselho Monetário Nacional (CMN) poderá fazer na meta de inflação, trocando o modelo de ano-calendário pelo contínuo, em um prazo de 18 ou 24 meses, poderá ajudar no processo de redução mais rápida dos juros, hoje tema de embate entre o Governo Federal e o Banco Central. “E com o juro em queda a perspectiva fica muito melhor”, lembrou. Após a palestra Barenboim respondeu questões formuladas pelos consultores que participaram do encontro: os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, os cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo, o advogado e empresário Helio Michelini, o sociólogo Tulio Kahn, o consultor na área de saúde Januario Montone, o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, o advogado e empresário Helio Michelini, e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, coordenador de comunicação da Fundação Espaço Democrático.

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