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Governo da Nova Zelândia revoga proibição ao cigarro

Primeiro-ministro Christopher Luxon alega que manter a medida do governo anterior poderia incentivar a formação de um mercado ilegal

[caption id="attachment_37552" align="aligncenter" width="1024"] Indígena maori da Nova Zelândia: 20% da população é de fumantes[/caption] Texto Estação do Autor com DW Edição Scriptum Em meio a críticas, principalmente na área da saúde, o recém-empossado primeiro-ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon, decidiu derrubar leis que restringem drasticamente o tabagismo no país. Especialistas alertam que a revogação atinge principalmente os Maori, povo nativo do país. O primeiro-ministro neozelandês alega que manter a medida do governo anterior poderia incentivar a formação de um mercado ilegal. Porém, o próprio Luxon admite que a arrecadação de impostos proveniente da venda de cigarros é bem-vinda. Reportagem de Stephanie Höppner para o site DW revela os motivos que fazem do veto às leis anteriores uma questão crítica e polêmica. Na gestão da primeira-ministra Jacinda Ardern, a Nova Zelândia aprovou uma lei histórica antifumo no Parlamento, proibindo a venda de tabaco para qualquer pessoa nascida a partir de 1º de janeiro de 2009. A proibição tinha como objetivo impedir que as gerações futuras adotassem o hábito de fumar e fazia parte de um esforço mais amplo para tornar o país “livre do fumo” até 2025. Entretanto, com a posse de Christopher Luxon, o plano foi descartado. Especialmente para os Maori, a população indígena da Nova Zelândia, isso poderá ter efeitos amplos. Em comparação com outros grupos populacionais, a proporção de fumantes é elevada entre eles. Segundo levantamentos, em média, 8% da população adulta da Nova Zelândia fuma diariamente. Entre os Maori, porém, essa parcela é de cerca de 20%. Mesmo que Luxon garanta que o seu governo continuará tentando reduzir as taxas de tabagismo por meio da educação e de outras medidas, especialistas em saúde se mostram decepcionados. "Esta é uma grande derrota para a saúde pública e uma grande vitória para a indústria do tabaco, cujos lucros aumentam à custa das vidas dos neozelandeses”, declarou a ONG Health Coalition Aotearoa. A principal organização de saúde maori, Hapai te Hauora, chamou a medida de "golpe injusto para a saúde e o bem-estar de todos os neozelandeses”, e apelou nas mídias sociais por um abaixo-assinado. Mesmo com o retrocesso na Nova Zelândia, há esforços em outros países para restringir o tabagismo. O Reino Unido anunciou recentemente uma série de medidas, incluindo a proibição da compra de cigarros para pessoas nascidas a partir de 2009.

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Partícula rara e com alta concentração de energia é detectada caindo na Terra

De origem desconhecida, tem energia milhões de vezes maior que as partículas colocadas no Grande Colisor de Hádrons, o acelerador mais poderoso já construído

[caption id="attachment_37534" align="aligncenter" width="560"] Cientistas acreditam que a Amaterasu tenha surgido a partir de eventos celestes “poderosos”, justificando assim o acúmulo de energia tão rara.[/caption]       Texto: Estação do Autor com o Estadão Edição: Scriptum     Uma partícula de energia rara e extremamente alta vem caindo do espaço para a Terra. De origem desconhecida, a misteriosa partícula foi batizada de Amaterasu, em homenagem à deusa do sol na mitologia japonesa. Em artigo publicado na revista Science, astrônomos registram que se trata de um dos raios cósmicos de maior energia já detectados pelo ser humano. A reportagem de Giovanna Castro para o Estadão (assinantes) revela detalhes do estudo desenvolvido pelas Universidade de Utah (EUA), e Universidade de Tóquio, no Japão. Os cientistas acreditam que a Amaterasu tenha surgido a partir de eventos celestes “poderosos”, justificando assim o acúmulo de energia tão rara. Um raio cósmico é uma partícula subatômica de alta energia, geralmente um próton, que atravessa o espaço próximo à velocidade da luz. O nome, raio, vem do efeito causado por esse movimento. A Amaterasu tem energia superior a 240 exa-elétron-volts (EeV), valor milhões de vezes maior do que o das partículas colocadas no Grande Colisor de Hádrons, o acelerador mais poderoso já construído. A descoberta aconteceu quase que por acaso. Toshihiro Fujii, astrônomo da Universidade Metropolitana de Osaka, fazia uma verificação rotineira de dados no Telescope Array, em Utah, quando os sinais sugeriam que os detectores das instalações haviam sido destruídos por algo superenergético. “Achei que havia algum tipo de erro ou bug no software”, disse Fujii à revista Nature, que repercutiu o achado. Para sua surpresa, as medições foram consistentes como as produzidas pelos raios cósmicos de energia bastante alta, que geralmente viajam pelo espaço de forma suave. Fujii e sua equipe chegaram a calcular a origem do raio numa região onde há poucas galáxias. Tentaram também combinar o raio cósmico com possíveis galáxias de origem e objetos localizados fora da sua direção de chegada, mas nenhum deles parecia se encaixar. “Não havia nada”, disse.

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China quer demolir bairros antigos para reaquecer a economia

País vive crise imobiliária sem precedentes; Guangzhou, 3ª maior cidade chinesa, tem 127 renovações de vilas em andamento

  [caption id="attachment_37524" align="aligncenter" width="560"] A vila de Paibang foi a eleita para passar por uma "renovação urbana".[/caption]   Texto: Estação do Autor com The New York Times / Folha de S.Paulo Edição Scriptum A China vive hoje uma crise imobiliária sem precedentes. Diante dela, o poder público chinês busca alternativas. Mesmo tendo consciência de que não será uma solução imediata, políticas públicas foram estabelecidas para a revitalização de bairros urbanos envelhecidos. O objetivo é impulsionar o setor da construção e estimular as economias locais. Veja na reportagem de Daisuke Wakabayashi, Claire Fu e Keith Bradsher para o The New York Times, publicada na Folha de S.Paulo (assinantes) os desafios que o país asiático enfrenta a partir do surgimento das “vilas urbanas”. Bairros populares nasceram como consequência da prosperidade econômica das cidades. Com o tempo, as vilas se transformaram em labirintos de prédios de apartamentos baixos e lojas familiares, costurados por um emaranhado de becos e ruas estreitas. Localizada na metrópole de Shenzhen, com uma população de 18 milhões de pessoas, a vila de Paibang foi a eleita para passar por uma "renovação urbana". Em 2019, a Evergrande, na época a segunda maior empresa imobiliária do país, assumiu o controle do projeto. Pagou aos proprietários dos prédios para demolir os apartamentos e limpar o terreno para construir arranha-céus modernos. Antes que o trabalho pudesse começar, a Evergrande faliu. Com a falência de outras empresas, o mercado imobiliário sentiu o golpe. Apesar de reduzir as taxas de juros e flexibilizar os requisitos para a compra de imóveis, o governo não conseguiu reverter a situação. Na última grande crise, por volta de 2015, mesmo o estado sendo proprietário das terras urbanas, Pequim gastou centenas de bilhões de dólares pagando aos moradores em dinheiro para que negociassem barracos em ruínas em cidades e vilas menores. Em um relatório de outubro, a seguradora Nomura afirmou que o processo de reurbanização era "desafiador e caro" e que o ritmo seria lento. Autoridades em Guangzhou, a terceira maior cidade da China, com 127 renovações de vilas urbanas em andamento neste ano, disseram que o tempo médio de conclusão de um projeto aumentou de cinco anos e meio para mais de sete anos. Quanto mais tempo uma reabilitação leva, mais custa.

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Anarcocapitalismo: o que é a ideologia que o novo presidente argentino diz seguir

Economista libertário belga Gustave de Molinari (1819-1912) é considerado precursor do movimento que defende a total abolição do Estado dentro de um sistema capitalista

[caption id="attachment_37517" align="aligncenter" width="560"] Alguns analistas veem o anarcocapitalismo como uma versão extrema do neoliberalismo praticado nos anos 1980 e 1990 em países latino-americanos[/caption]     Texto: Estação do Autor com BBC News Brasil Edição: Scriptum   Apesar de ter ganho projeção em escala global durante sua campanha, o anarcocapitalismo não surgiu com o novo presidente argentino Javier Milei. Antes dele, o economista libertário belga Gustave de Molinari (1819-1912), considerado o precursor do movimento, defendia a filosofia político-econômica que prega a total abolição do Estado dentro de um sistema capitalista. Reportagem de Edison Veiga para a BBC News ouviu especialistas que se dividem entre aqueles que acreditam ser essa ideologia uma contradição em termos e os que veem o anarcocapitalismo como uma versão extrema do neoliberalismo praticado principalmente nos anos 1980 e 1990 em países latino-americanos. Na Argentina, Milei pretende privatizar completamente saúde, educação e até extinguir o Banco Central, dolarizar a economia e instituir um sistema de vouchers para que cada cidadão escolha o prestador de serviço essencial que preferir. Os pesquisadores dizem que mesmo que o recém-eleito presidente argentino se autoproclame um anarcocapitalista, ele não conseguiria implantar um sistema de governo assim justamente porque uma pessoa eleita para ser chefe do Executivo do país não pode abrir mão da prerrogativa de ser a autoridade máxima da nação constituída sob esses moldes. David Friedman, economista americano declaradamente anarcocapitalista, afirma que o modo de organização da Islândia entre 930 e 1264 seria um exemplo prático do sistema. Registros históricos indicam que havia ali um governo sem os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, onde nem burocracia nem leis criminais eram necessárias. A chefia era completamente baseada na lei do mercado. Os chefes tinham sua autoridade baseada na propriedade privada. Mesmo sendo entusiasta do anarcocapitalismo, Friedman identificou um grave problema inerente à essa organização: os mais ricos estavam automaticamente impunes. O economista escreveu que “onde o poder está suficientemente concentrado isto pode ser verdade” e admitiu que “este foi um dos problemas” que acabaria resultando no colapso desse sistema islandês.

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