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Taxonomy - Manchete secundária
Beija-flores inspiram drones e avanços tecnológicos
O voo dessas aves tem características extraordinárias que vêm sendo estudadas por projetistas dos laboratórios da área de defesa
[caption id="attachment_39077" align="aligncenter" width="560"] Um robô criado a partir dos beija-flores poderia ser usado na patrulha de territórios, espionagem de tropas ou enviado para procurar soldados feridos[/caption]
Texto: Estação do Autor com Um só Planeta
Edição: Scriptum
Não é de hoje que o homem busca na natureza ideias para criar e aperfeiçoar seus projetos. A delicadeza e a perfeição do voo dos beija-flores, por exemplo. Belos, ágeis e cheios de energia, os beija-flores servem de inspiração para projetistas de robôs, especialmente aqueles envolvidos no desenvolvimento de drones.
Reportagem de Ma Leri para Um Só Planeta traz mais detalhes dessas pequenas aves que exibem uma notável habilidade de voo, além de um impressionante metabolismo. Elas conseguem pairar, voar para frente, para trás e até de cabeça para baixo, graças à estrutura singular das asas e à força dos músculos peitorais. Essas características levaram empresas a desenvolver robôs beija-flores, como o NanoHummingbird, criado pela AeroVironment, com apoio financeiro da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos EUA (DARPA).
Diferente das demais aves, que movem suas asas para cima e para baixo, os beija-flores desenham um padrão em forma de "oito" enquanto batem as asas. Isso proporciona maior sustentação em ambas as direções, permitindo um voo estacionário, o que facilita a absorção do néctar das flores com precisão. Suas asas batem entre 50 e 80 vezes por segundo, dependendo da espécie, tornando-os verdadeiros mestres da aerodinâmica.
Há algum tempo, design de aeronaves são influenciados pelo voo desses pássaros. Os laboratórios de voo estudam também outros tipos de criaturas, como mariposas-falcão, libélulas e morcegos, pesquisando suas habilidades para construir máquinas mais eficientes. A maior parte desse trabalho é patrocinado por agências de defesa como o Laboratório de Voo de Montana, financiado pelo Escritório de Pesquisa Naval e pelo Departamento de Defesa norte-americano.
Um robô criado a partir dos beija-flores não carregaria armas, mas poderia ser usado na patrulha de territórios, espionagem de tropas ou enviado para procurar soldados feridos onde humanos não podem ir, como desabamentos ou túneis.
Entretanto, um dos obstáculos em replicar o voo de um beija-flor está na forma como o pássaro se adapta ao vento e outros eventos como rajadas e chuvas. O representante da Texas A&M University, Moble Benedict ressalta que, diferente das aves, os drones precisam de um certo cuidado e manuseio em situações adversas.
Plano de Trump coloca alunos estrangeiros em alerta nos EUA
Universidades norte-americanas avisam estudantes sobre riscos de deportação no governo Trump
[caption id="attachment_39034" align="aligncenter" width="560"] Mais de 400 mil imigrantes em situação irregular estão matriculados no ensino superior do país[/caption]
Texto: Estação do Autor com O Globo e agências internacionais
Edição: Scriptum
O plano de deportação em massa prometido pelo presidente eleito Donald Trump colocou de sobreaviso estrangeiros que estudam em universidades americanas. A Universidade de Yale e o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) estão entre as instituições que orientam alunos a tomarem precauções como retornar das férias de inverno antes de o republicano tomar posse, em 20 de janeiro. Mais de 400 mil imigrantes em situação irregular estão matriculados no ensino superior do país, segundo o portal Higher Ed Immigration.
De acordo com o "czar da fronteira" linha-dura indicado pelo republicano, Tom Homan, a operação para realizar a maior deportação da História vai priorizar, em um primeiro momento, imigrantes que tenham cometido crimes violentos ou ameaçado a segurança nacional.
Reportagem do jornal O Globo com agências internacionais mostra que a informação, no entanto, não tem servido de consolo para os estudantes. Autoridades do novo governo sugeriram usar as Forças Armadas para ajudar na expulsão e na construção de instalações para mantê-los enquanto aguardam a deportação.
Estima-se que mais de 11 milhões de imigrantes estejam em situação irregular nos EUA. A maioria, oito em cada 10, está no país há mais de uma década.
Quando assumiu a Casa Branca, em 2017, Trump assinou um decreto proibindo cidadãos de diversos países predominantemente muçulmanos, além da Coreia do Norte e da Venezuela, de entrarem nos EUA. Ao longo do mandato, também impôs limitações aos vistos de estudantes.
As orientações das universidades se estendem aos estudantes estrangeiros protegidos pela política de Ação Diferida para Chegadas na Infância (Daca), os chamados "dreamers" (sonhadores), pessoas que entraram sem documentação no país quando eram crianças.
A medida, estabelecida durante o governo de Barack Obama, livrou mais de meio milhão de imigrantes irregulares da deportação. Quando Trump assumiu a Casa Branca na primeira vez, ele tentou acabar com o programa.
Crianças são quase metade dos membros de gangues no Haiti
No país assolado pela miséria e violência, número de crianças recrutadas pelo crime aumentou 70%, diz Unicef
[caption id="attachment_39023" align="aligncenter" width="560"] Aumento do recrutamento de crianças por grupos armados foi alimentado pela violência crescente, pobreza generalizada e falta de educação[/caption]
Texto: Estação do Autor com AFP / Estadão
Edição Scriptum
As crianças são quase metade dos membros das gangues que dominam o Haiti, um país assolado pela violência e pobreza generalizada. De acordo com as últimas estimativas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o número de menores recrutados por grupos armados no país apresentou aumento inédito de 70% no último ano.
Reportagem da AFP/Estadão contextualiza, a partir do alerta da agência da ONU, a realidade que leva crianças e jovens a serem cooptados por grupos criminosos da ilha caribenha. O aumento foi registrado entre os segundos trimestres de 2023 e 2024.
Em alerta publicado pelo Unicef no último domingo (24), a organização afirma que o “aumento do recrutamento de crianças por grupos armados foi alimentado pela violência crescente, pobreza generalizada, falta de educação e quase colapso da infraestrutura crítica e dos serviços sociais no Haiti.”
Segundo a diretora-geral do Unicef, Catherine Russell, os menores são vítimas de um círculo vicioso, sendo recrutados pelos mesmos grupos armados que se aproveitam de sua vulnerabilidade fazendo com que o número não pare de crescer.
Desde o final de fevereiro, o Haiti, mergulhado em anos de crise, tem enfrentado um aumento de ataques de gangues acusadas de homicídios, sequestros e violência sexual em grande escala. Esses grupos armados já controlam aproximadamente 80% da capital, Porto Príncipe. E apesar do envio, em fevereiro deste ano, de uma força de apoio à segurança liderada pelo Quênia e apoiada pela ONU, os grupos continuam realizando regularmente ataques contra civis.
Jimmy Chérisier, um ex-policial que se tornou membro de uma gangue apelidada de “Barbecue”, formou este ano uma coalizão desses grupos armados para forçar a aposentadoria do impopular primeiro-ministro Ariel Henry, que renunciou em abril. Depois de semanas de luta pelo controle do governo, o seu sucessor Garry Conille acabou destituído pelo conselho presidencial de transição, que nomeou Alix Didier Fils-Aimé para o seu lugar.
A instabilidade política mostra que a tragédia do povo haitiano está longe de acabar.
Sons de plástico confundem baleias e dificultam alimentação
Animais confundem som com o de lulas e outras presas e acabam ingerindo grandes quantidades de lixo flutuante
[caption id="attachment_39013" align="aligncenter" width="560"] Semelhança sonora engana os animais, que acabam consumindo o lixo achando que é comida.[/caption]
Texto: Estação do Autor com Um Só Planeta/globo
Edição: Scriptum
Baleias que caçam a milhares de metros abaixo da superfície do mar, onde a luz não chega, dependem de um sofisticado sistema de ecolocalização para encontrar suas presas. No entanto, estudo recente publicado no Marine Pollution Bulletin revelou que esse sistema também pode levá-las a ingerir grandes quantidades de plástico flutuante, colocando suas vidas em risco e reforçando a urgência de combater a poluição nos oceanos
Reportagem de Renata Turbiani para o site Um Só Planeta mostra como os ecos de sacolas e outros detritos plásticos encontrados nos oceanos produzem ecos muito parecidos com os de lulas, a principal presa de muitas espécies de baleias. Essa semelhança sonora engana os animais, que acabam consumindo o lixo achando que é comida.
Baleias dentadas de mergulho profundo, como cachalotes e baleias-bico-de-ganso, vibram lábios fônicos abaixo de seus respiradouros para gerar som, que então é projetado através de um órgão gorduroso em suas testas, segundo informa reportagem da National Geographic.
Conforme o som ricocheteia em objetos no escuro, gorduras nas mandíbulas inferiores das baleias o direcionam para seus ouvidos internos, permitindo que elas localizem presas a várias centenas de metros de distância.
Para o estudo, pesquisadores da Duke University, dos Estados Unidos, coletaram nove itens plásticos encontrados em entranhas de baleias nas praias da Carolina do Norte. No oceano, amarraram esse material a um equipamento embaixo de um barco e os atingiram com ondas sonoras em frequências que as baleias dentadas usam para caçar. Eles repetiram o processo em cinco corpos de lulas mortas e em cinco bicos de lula retirados do estômago de uma baleia encalhada. Os resultados mostraram que todos os itens de plástico retornaram ecos tão ou mais fortes do que os das lulas.
Por causa disso, especialistas têm enfatizado que reduzir a produção e o descarte de plásticos deve ser uma prioridade global. A solução mais indicada seria trocar os plásticos existentes por materiais biodegradáveis que se decompõem rapidamente no oceano ou nos estômagos das baleias.