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Economia + Criatividade = Economia Criativa   

O economista Luiz Alberto Machado escreve sobre a segunda edição revista, atualizada e ampliada do livro Economia + Criatividade = Economia Criativa

  Luiz Alberto Machado, economista e colaborador do Espaço Democrático   Já se encontra à disposição no Espaço Democrático, a segunda edição revista, atualizada e ampliada do livro Economia + Criatividade = Economia Criativa, do qual sou um dos autores, juntamente com o professor Mauricio Andrade de Paula e as professoras Anapaula Iacovino Davila e Sonia Helena Santos. Lançada no início de 2022, a primeira edição foi muito bem recebida, tendo se esgotado completamente em meados de 2023. Como afirmou o presidente do PSD, Gilberto Kassab, por ocasião do seu lançamento, “além de se constituir num setor fundamental de geração de emprego e renda, a economia criativa combina fatores de importância inquestionável no Brasil contemporâneo, como diversidade cultural, inovação, sustentabilidade e inclusão social". Diante do êxito alcançado, o Espaço Democrático propôs aos autores a publicação de uma segunda edição que poderia conter algumas atualizações em relação à edição anterior. A segunda edição do livro, que tem como proposta básica oferecer uma visão integrada da economia, da criatividade e da economia criativa, é prefaciada por Rafael Greca, prefeito de Curitiba, cidade que além de fazer parte da Rede de Cidades Criativas da UNESCO no segmento design, foi eleita em Barcelona, na Espanha, no mês de novembro de 2023, a Cidade Mais Inteligente do Mundo – principal prêmio do World Smart City Awards – por suas políticas públicas, ações e programas de planejamento urbano voltados ao crescimento socioeconômico e à sustentabilidade ambiental. Enfatizando sempre que a combinação entre economia e criatividade pode resultar em economia criativa, os autores corroboram a posição de John Howkins, um dos mais respeitados especialistas em economia criativa, que em seu livro Economia Criativa: como ganhar dinheiro com ideias criativas, afirma (São Paulo: Makron Books, 2013, p. 12): “A criatividade não é algo novo, tampouco a economia, mas a novidade está na natureza e na extensão da relação entre elas e como elas se combinam para criar valor e riqueza extraordinários”. O conteúdo do livro Economia + Criatividade = Economia Criativa está dividido em três partes. A primeira versa sobre economia, dando ênfase aos aspectos da teoria econômica que se relacionam com a criatividade e a inovação como fatores fundamentais para a obtenção do desenvolvimento. Esse aspecto foi identificado pioneiramente por Celso Furtado, que no livro Criatividade e dependência na civilização industrial, escrito em 1978, afirmou (São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 11): “Quaisquer que sejam as antinomias que se apresentem entre as visões da história que emergem em uma sociedade, o processo de mudança social que chamamos desenvolvimento adquire certa nitidez quando o relacionamos com a ideia de criatividade”. A segunda parte aborda a criatividade, alertando para o fato de que a mesma, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma característica inata nas pessoas, mas sim uma área do conhecimento cujas pesquisas têm se intensificado desde a segunda metade do século XX, sendo possível identificar pelo menos cinco gerações, como se vê na tabela 1.   A terceira parte, por sua vez, focaliza a economia criativa, apresentando suas principais definições, sua abrangência e seu caráter estratégico. Encerrando a terceira parte, os autores convidam os leitores a uma viagem a dezenove cidades criativas brasileiras, incluindo as quatorze que fazem parte da Rede de Cidades Criativas da UNESCO1 . Os autores esperam que tais exemplos possam inspirar gestores públicos, em especial os ocupantes de cargos executivos nas esferas municipal e estadual, no sentido de explorarem os diversos segmentos da economia criativa em suas respectivas localidades,     1  As quatorze cidades brasileiras integrantes da Rede são: Campina Grande (PB), no segmento artes midiáticas; João Pessoa (PB), em artesanato e artes populares; Santos (SP) e Penedo (AL), em cinema; Brasília (DF), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE), em design; Belém (PA), Florianópolis (SC), Paraty (RJ) e Belo Horizonte (MG), em gastronomia; Rio de Janeiro (RJ), em literatura; e Salvador (BA) e Recife (PE), em música.

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Hipóteses para a diminuição de jovens envolvidos em crimes

O sociólogo Tulio Kahn propõe atenção maior dos especialistas a fenômeno que vem se consolidando há alguns anos no País

Tulio Kahn, sociólogo e colaborador do Espaço Democrático

Edição: Scriptum

Existem já inúmeras evidências nacionais e locais sobre o processo de queda do envolvimento de crianças e adolescentes com a criminalidade nos últimos anos – pelo menos no que diz respeito aos crimes de contato mais graves, como roubos, homicídios e tráfico, que implicam em condenação em meio fechado.

O Brasil chegou a ter em 2015, em seu auge, 26.868 adolescentes cumprindo medida sócio educativa em meio fechado. O número de internos crescia anualmente até chegar a este pico e a partir daquele ano começou a declinar rapidamente, caindo para 12.154 em 2022. O último relatório parcial do SINASE para 2023 registra 11.556, sugerindo a continuidade desta queda.

Trata-se de um fenômeno nacional, o que já nos dá algumas pistas a respeito das causas e não causas do fenômeno. Tomando apenas o período 2018 a 2022, para o qual os dados por Estado estão disponíveis, o número de internos caiu em média pela metade no país, reduzindo-se em 25 dos 27 Estados, com exceção do Mato Grosso e do Rio Grande do Norte. Em São Paulo, que concentra a maior população de adolescentes internados, a queda foi de 44% e no Rio de Janeiro chegou a 65,5%. (Anuário FBSP 2023).

Poder-se-ia imaginar que a mudança se deva talvez ao processamento de casos no interior do sistema de justiça criminal juvenil – como mudanças de leis, jurisprudência, orientações do CNJ, etc. – mas dados provenientes das polícias estaduais mostram que a queda ocorre também na etapa anterior, de apreensão dos jovens infratores pelas polícias. No Rio de Janeiro o número de autos de apreensão começa a diminuir por volta de 2013, caindo de 11.300 para cerca de 4.200 casos. Em São Paulo o ponto de inflexão é 2016, passando de 16.700 para aproximadamente 7 mil casos em 2023.

Existem evidências adicionais deste menor envolvimento dos jovens com a criminalidade grave de rua: analisando as mortes em confronto com a polícia paulista, observamos que os jovens de 10 a 17 anos de idade representavam 17% das vítimas em 2013, passando a representar apenas 7,5% em 2023. Em queda, portanto, as mortes de jovens em confronto, apreensões e internações em meio fechado.

Vemos assim alguns elementos da “morfologia” do fenômeno: queda nacional, com início por volta de 2015 (pouco antes ou depois, dependendo do Estado), intensa (-55%) e que não se deve exclusivamente a mudanças no sistema de justiça criminal. Antes que alguém argumente que o fenômeno se deve a algum “salve” do PCC, é conveniente listar alguns fatores explicativos tentativos e que se adequem a estas características morfológicas.

Estas características, como sempre, nos ajudam a descartar alguns candidatos a explicação: políticas estaduais ou municipais de segurança não se encaixam bem, a não ser que por alguma coincidência todas as polícias estaduais e guardas tenham optado por flexibilizar, simultaneamente, a repressão às crianças e adolescentes. Mudanças demográficas são sempre relevantes, mas em geral são lentas e graduais e estamos falando aqui de uma queda pela metade, em apenas oito anos. Além disso, as mudanças demográficas seguem dinâmicas diferentes nas diferentes regiões do país e a queda aqui se deu com intensidade mesmo nas regiões Norte e Nordeste, onde a presença relativa de jovens na população é elevada.

Restam assim os fatores nacionais, que mudaram com alguma intensidade, por volta destes anos. É possível pensar em vários, se a intenção for apenas especular em candidatos para futuros trabalhos empíricos. Grande proporção de jovens está envolvida e condenada por atuarem no tráfico de drogas, terceiro maior motivo de internação (SINASE, 2023). Registros de tráfico e de apreensões de droga estão em queda em vários Estados há alguns anos. Então a queda no envolvimento dos jovens pode se dever em parte à diminuição do tráfico ou do combate ao tráfico pelas polícias?

Existem as mudanças societárias, como o crescente uso de internet, celulares, redes sociais, etc. que tiraram o interesse dos jovens por qualquer outra coisa, inclusive eventualmente o crime. Adicionalmente, o mesmo fator poderia explicar a explosão dos crimes digitais e a migração dos jovens para estas modalidades mais lucrativas e menos arriscadas de crimes. No caso da hipótese de migração de modalidade, os jovens estariam apenas deixando de ser culpabilizados – em contraste com as gerações anteriores, envolvidas com roubo ou tráfico. Ainda no âmbito dos fatores societários lembramo-nos das melhorias de renda dos mais pobres e diminuição das desigualdades nas últimas décadas, advindas de melhorias no mercado de trabalho e com os programas sociais, como o bolsa família e o auxílio emergencial, entre outras, melhorias que desestimulariam o ingresso dos jovens no mundo da contravenção. A taxa de pobreza no Brasil caiu de 14,7% em 2001 para 5,5% em 2020, não obstante a piora durante a crise econômica de 2014-16. (Nota de Política Social 2 A Evolução da Pobreza Monetária no Brasil  no Século XXI1,2 Pedro H. G. Ferreira de Souza, IPEA, 2022)

Uma conjectura bastante plausível é que o menor envolvimento dos jovens com a criminalidade se deve às melhorias no sistema educacional. Além de nacionais, muitas destas melhorias foram bastante intensas. Alguns dos indicadores educacionais do Censo Escolar realizado pelo INEP e a variação entre 2013 e 2021 / 22, conforme o ano mais recente disponível, mostram isso. Selecionei aqui propositadamente apenas as variações mais intensas, para ilustrar a magnitude de algumas transformações.

Os dados mostram que o Brasil teve quedas intensas no período 2013-2022 das taxas de reprovação, distorção idade-série e taxas de abandono, esta última já identificada na literatura como fator de risco criminal. Por outro lado, vemos um aumento em taxas de aprovação, adequação da formação docente, percentual de docentes com curso superior e regularidade do corpo docente, para o grupo de alta regularidade. Distorção idade-série mensura a porcentagem de alunos atrasados em relação à idade, adequação da formação docente mede a porcentagem de professores que dão aulas em cursos nos quais tem formação, regularidade

do corpo docente mede o grau de permanência do professor na mesma escola. Para os interessados, o site do INEP traz os conceitos e metodologia de cálculo para cada indicador. Os dados estão filtrados para rede pública estadual, mas as melhorias podem ser observadas também para outros setores e subgrupos.

Note-se que segundo o SINASE 2023, 89% dos adolescentes internados em meio fechado estão estudando o que significa que eles também têm se beneficiado destas melhorias educacionais, uma vez que é o sistema educacional estadual que atende tanto aos internos quanto aos infratores que cumprem medida em meio aberto. É importante ter isso em mente porque os infratores representam apenas 0,04% da população juvenil (SINASE 2023), mas, do ponto de vista do impacto na criminalidade, pode ser mais interessante observar o que acontece com esta pequena parcela de jovens envolvida com o sistema de justiça criminal do que observar mudanças em toda a coorte etária.

As melhorias educacionais foram nacionais e em alguns indicadores vimos transformações intensas no período. Uma questão pendente é explicar por que a queda no envolvimento dos jovens com o crime começa por volta de 2015? Pois, se analisarmos séries históricas mais longas, veremos que boa parte dos indicadores educacionais está melhorando linearmente já há muitos anos. O mesmo pode-se dizer de variáveis como renda ou bolsa família ou acesso à internet e as redes sociais.

Então por que o ponto de inflexão se dá por volta destes anos, justamente quando a crise econômica está em seu apogeu? Uma saída lógica é argumentar que, a partir de certo patamar, temos uma “mudança de quantidade em qualidade”, como filosofava Marx: seria necessário atingir algum nível crítico de “aprovação” ou “média de horas-aula diária” para que os efeitos da educação sobre a criminalidade possam ser percebidos...mas é difícil comprovar este tipo de argumento, ainda que plausível.

Como sempre nestes artigos, o objetivo é mais especular com bom senso do que provar qualquer coisa. O ideal seria montar uma boa base de dados em painel por Estados e Anos, contendo variáveis como ocorrências de tráfico, renda média, % de famílias recebendo bolsa família, acesso à internet e uso de celulares, indicadores educacionais e outros sugeridos e esquecidos aqui. Um bom modelo econométrico pode jogar alguma luz na questão.

O ponto é que, sendo correta a interpretação, ela prediz uma queda na criminalidade em geral, na medida em que a população vá envelhecendo e a educação melhorando, uma vez que o número de entrantes é menor. Talvez a queda nacional de diversos crimes desde 2017 esteja relacionada a este fenômeno, razão pela qual sugiro o aprofundamento para algum pesquisador interessado. Acho que é uma daquelas tendências mais notáveis e pouco estudadas, entre as mudanças sociais em curso! E pode indicar uma política pública preventiva promissora, que vá além da contratação de mais policiais ou mudanças no Código Penal.

Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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Custo de dívidas sobre a renda é maior para as mulheres

O economista Roberto Macedo escreve sobre um outro tipo de desigualdade entre homens e mulheres. E tenta entender suas causas

Roberto Macedo, economista e consultor da Fundação Espaço Democrático Edição: Scriptum   As desigualdades de gênero apresentam vários aspectos que desfavorecem as mulheres. Entre as mais conhecidas estão as dos salários menores das mulheres e sua menor participação em posições de chefia nas empresas e outras organizações. As mulheres têm mais anos de educação que os homens, mas usualmente frequentam cursos que levam a menor remuneração do mercado de trabalho, como os de magistério. A participação das mulheres no magistério do ensino básico é maior, e aí a remuneração é mais baixa. Em cursos como engenharia, que levam a remunerações maiores, a presença das mulheres é menor. Nunca havia visto a desigualdade exposta pelo título acima, mas ela veio num estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que tem CNC como sigla. Esse estudo foi objeto de reportagem da Folha de S. Paulo no dia 25 de março último. A análise, realizada pela Pesquisa de Inadimplência e Endividamento da mesma entidade, mostrou que em janeiro de 2024, 30,5% da renda mensal das mulheres era destinada a pagar dívidas, o maior valor desde maio de 2021 quando a série foi iniciada. No caso dos homens, essa parcela foi de 30,3%. A diferença é bem pequena, mas os homens ganham mais do que as mulheres. Segundo a mesma reportagem, dados do ano passado, levantados pelo IBGE, revelam que os homens, em média, ganham 22% a mais que as mulheres. Ou seja, estão em melhores condições de suportar o ônus das dívidas. A natureza delas é diferente entre homens e mulheres. Estas têm mais dívidas de cartões de crédito e carnês de lojas, enquanto os homens são mais propensos a dívidas de financiamento de carros, de casa e crédito pessoal. Um palpite meu é que por essa razão as dívidas das mulheres seriam mais caras do que as dos homens, mas isso merece pesquisa específica. Entre as razões do endividamento, as mulheres têm questões bem típicas de seu gênero. A reportagem aponta que o cuidado consigo mesma pressiona o orçamento e as dívidas. Uma entrevistada disse: “... a gente tem sempre que estar com unha feita, com cabelo em dia, com uma roupa legal.” O divórcio é outro aspecto que pode prejudicar as mulheres, pois as questões financeiras envolvidas costumam deixar a mulher em pior situação. E o divórcio vem aumentando. Segundo outro estudo mencionado na mesma reportagem, “... é a área financeira ... que mais gera impacto na saúde mental das brasileiras ... são as negras as mais afetadas. ... O aumento de mulheres chefiando lares também é uma das causas desse endividamento.” Ou seja, são muitos fatores atuantes na desigualdade financeira. Vou concluir com uma notícia boa sobre as mulheres, que veio no Estadão do dia 8 deste mês: “Mulheres são quase 50% dos médicos no Brasil e devem se tornar maioria”. Em janeiro de 2024 a proporção já estava em 49,92%. E sabe-se que desde 2009 já lideram entre egressos dos cursos de medicina.   Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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Menos casamentos, mais divórcios

O cientista político Rubens Figueiredo comenta as novas tendências da sociedade e a importância do casamento para a saúde

Rubens Figueiredo, cientista político e colaborador do Espaço Democrático
Edição Scriptum
Definições bem humoradas não faltam. “Casamento é quando você descobre que tem a incrível habilidade de irritar alguém para o resto da vida”. Dizem também que “é uma relação na qual uma pessoa está sempre certa e a outra é o marido”.  E tem o segredo do casamento feliz: aceitar que você vai adorar muitas coisas na outra pessoa, mas o controle remoto não será uma delas.
Brincadeiras à parte, pesquisas revelam que as pessoas casadas vivem mais e são mais felizes. O Centro Médico da Universidade de Duke, nos EUA, fez um estudo com 4.802 indivíduos na faixa dos 70 anos com o objetivo de verificar a relação entre a taxa de mortalidade e o estado civil dos participantes. Os adultos solteiros tinham risco 2,3 vezes maior de morrer precocemente.
Há 85 anos a Universidade de Harvard faz um estudo sobre felicidade. Um dos fatores mais importantes para ter uma vida feliz e mais saudável é o casamento, que tem a ver com a diminuição do stress. Robert Waldinger, psiquiatra do grupo que coordena o trabalho, diz que “relacionamentos são como analgésicos”.
Recentemente, o IBGE divulgou o resultado de um levantamento mostrando que caiu o número de casamentos e aumentou a quantidade de divórcios no Brasil em 2022. Desde 2015, os registros de casamentos estão em queda: foram cerca de 167 mil casamentos a menos em sete anos. Outro achado é que, na união de pessoas de sexos distintos,  os cônjuges estão com idade mais elevada. Em 2022, 24,1% das mulheres que se casaram tinham mais de 40 anos. Entre os homens, o número bate 30,4%.
Já o número de divórcios tem aumentado, exatamente 8,1% em 2022 ante 2021. O tempo médio da duração do casamento também vem caindo. Em 2010, era de cerca de 16 anos. Agora, são 13,8 anos. Outros dados do levantamento é que o número de filhos por mulher caiu 13%, por um lado, e a maternidade tem aumentado mais na faixa etária acima dos 40 anos.
O quadro, então, é de casamentos em queda e durando menos, aumento do número de uniões de pessoas do mesmo sexo (11.022 registros em 2022, quase 20% a mais do que no ano anterior), maior número de divórcios e mulheres tendo filhos mais velhas. E mais casais se unindo depois dos 40 anos. São as novas tendências da sociedade moderna. Que a vida não fique mais curta e menos feliz por conta disso.
Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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