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‘Cidade futurista’ da Toyota no Japão vai receber seus primeiros habitantes

Wonem City, cidade erguida pela montadora japonesa e que pretende ser totalmente conectada, terá 360 habitantes ainda este ano

[caption id="attachment_39194" align="aligncenter" width="560"] Até o fim deste ano, aproximadamente 100 funcionários da Toyota e da unidade de negócios Woven Planet começarão a se mudar com suas famílias.[/caption]   Texto Estação do Autor com O Globo /AFP (Tóquio) Edição Scriptum   Em 2021, a montadora japonesa Toyota lançou o ambicioso projeto de uma “cidade futurista”, aos pés do Monte Fuji, no Japão. Desenvolvida para ser uma cidade totalmente conectada, a Woven City teve sua primeira fase concluída em outubro de 2024 e anunciada nesta semana. Funcionará como laboratório para tecnologias do futuro, como a direção automatizada, a robótica e a inteligência artificial. Reportagem publicada em O Globo (assinantes), com informações da AFP, dá detalhes de como vai funcionar a cidade experimental e sobre seus moradores, que devem começar a chegar ainda em 2025. Até o fim deste ano, aproximadamente 100 funcionários da Toyota e da unidade de negócios Woven Planet, conhecida agora como Woven By Toyota (WbyT), começarão a se mudar com suas famílias. Cinco empresas parceiras se instalarão inicialmente. Em 2021, os pesquisadores anunciaram o planejamento do espaço como um teste de seus produtos, primeiro com 360 habitantes e depois com dois mil moradores, quando o projeto for ampliado. O nascimento da cidade inteligente, no terreno de 175 hectares onde ficava uma fábrica da Toyota fechada em 2020, é parte da estratégia da montadora japonesa para desenvolver novas tecnologias à medida que as mudanças nas regulamentações e nos gostos dos consumidores continuam empurrando a indústria automotiva mundial em direção ao maior respeito pelo meio ambiente, eficiência e automação. Segundo a Forbes, o conceito de "woven" (tecido, na tradução para o português) está ligado à ideia de entrelaçar novas tecnologias em um ecossistema funcional e sustentável. Além disso, reforça a conexão histórica da Toyota com os teares automáticos, que marcaram seu início antes de se tornar fabricante de automóveis. Os projetos de cidades conectadas se multiplicam em todo o mundo, sobretudo na América do Norte e China, com o grupo conhecido como GAFA (Google, Apple, Facebook, Amazon) de um lado e o governo chinês do outro, ao lado de gigantes locais como Huawei, Tencent e Alibaba.

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BRICS: da informalidade a importante ator das relações internacionais

Para Luiz Alberto Machado, com novos integrantes a organização aumenta sua influência na economia e nas relações geopolíticas

Luiz Alberto Machado, economista e colaborador do Espaço Democrático Edição Scriptum   Em 2001, Jim O'Neill, economista-chefe do Goldman Sachs, utilizou o acrônimo BRIC num estudo intitulado Building Better Global Economic BRICs para se referir ao grupo de quatro países em desenvolvimento cujo crescimento chamava a atenção dos analistas internacionais. Eram eles Brasil, Rússia, Índia e China. Nascia, assim, informalmente, um mecanismo de cooperação internacional com o objetivo de fomentar o desenvolvimento socioeconômico dos países-membros. Não havia, então, um estatuto formal nem um fundo próprio. A ideia ganhou consistência em 2006, quando os quatro países incorporaram o conceito à sua política externa. A grave crise financeira iniciada em 2007/08 no setor hipotecário norte-americano, conhecida como subprime, favoreceu o fortalecimento do grupo, uma vez que seus países-membros não foram tão severamente afetados pela crise que se espalhou pelo mundo inteiro, atingindo mais severamente a economia dos principais países desenvolvidos, como Estados Unidos, Japão e os da da zona do Euro. Em 2009, os ministros das Relações Exteriores dos quatro países se reuniram para a primeira cúpula oficial, que aconteceu na Rússia, tendo, como foco central, a discussão sobre os impactos da crise financeira global nos países emergentes. Em 2011, na III Cúpula, a África do Sul foi incorporada ao grupo, que passou a ser chamado de BRICS. Formado na época por países de diferentes continentes com características sociais e econômicas relativamente comuns − amplo território e produto interno bruto considerável com acentuada desigualdade de renda − o BRICS começou a apresentar uma atuação cada vez mais forte na área econômico-financeira, passando a focalizar também temas como segurança alimentar, energia e agricultura. Em 2014, por ocasião da sexta reunião de cúpula, realizada nos dias 15 e 16 de julho, em Fortaleza, no Ceará, o BRICS criou seu próprio banco. Chamado de Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), com sede em Xangai, o banco tem por objetivo dar apoio financeiro a projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável, públicos ou privados, em países-membros, economias emergentes e nações em desenvolvimento. Com essa formação, o BRICS representava, em 2023, segundo dados do instituto de pesquisas do Reino Unido Acron Macro Consulting, 31,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, contra 30,7% do G7, grupo que une os sete países mais desenvolvidos do planeta (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá). Além disso, graças principalmente às enormes populações da China e da Índia, o BRICS possuía 41% da população mundial. Na XV Cúpula, ocorrida em agosto de 2023, em Joanesburgo, na África do Sul, foram admitidos como membros plenos Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. A partir de 1° de janeiro de 2025, quando o Brasil assume pela quarta vez a presidência rotativa do BRICS, mais nove países passam a fazer parte do grupo: Indonésia, Malásia, Tailândia, Cazaquistão, Uzbequistão, Bielorússia, Bolívia, Cuba e Uganda, cuja inclusão foi definida em outubro de 2024, na XVI Cúpula em Kazan, na Rússia, quando foi criada a nova categoria de parceiros do bloco. Com o lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável", o governo brasileiro assume a presidência do BRICS tendo, entre seus desafios, o de articular a participação dos novos membros e dar continuidade à construção do sistema de pagamento com moedas locais no comércio entre os países, substituindo o dólar. Independentemente da categoria dos novos membros, aumenta ainda mais a participação relativa do BRICS no Produto Interno Bruto mundial e, pelo menos em tese, cresce também sua influência na economia e nas relações geopolíticas internacionais.     Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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Qual é a descoberta do ano, segundo a revista ‘Science’

Lenacapavir, droga injetável capaz de prevenir em praticamente 100% dos casos a infecção pelo HIV, é apontado como o maior avanço científico de 2024

    [caption id="attachment_39151" align="aligncenter" width="560"] Droga funciona como um imunizante ao deter a replicação do HIV.[/caption]     Texto Estação do Autor com Estadão Edição Scriptum   Mesmo com os avanços na prevenção e no tratamento, o vírus da Aids continua infectando mais de um milhão de pessoas por ano em todo o mundo. Por isso, uma das mais importantes revistas científicas do mundo, a americana Science, elegeu o desenvolvimento do lenacapavir, droga injetável capaz de prevenir em praticamente 100% dos casos a infecção pelo HIV, como o maior avanço científico de 2024. Artigo de Roberta Jansen publicado no Estadão (assinantes) informa que não se trata de uma vacina, porque a nova droga não ‘ensina’ o sistema imunológico a impedir a entrada do vírus no organismo, mas funciona como um imunizante ao deter a replicação do HIV. A medicação ainda precisa ser aprovada pelas agências sanitárias (Anvisa, no Brasil, e FDA, nos EUA) e deve estar disponível a partir de 2026. Cada dose oferece proteção por seis meses. Testes clínicos realizados em mulheres e adolescentes na África revelaram proteção de 100%, enquanto testes com pessoas de diferentes gêneros em vários continentes apresentaram proteção de 99,9%. “No último congresso internacional de HIV e Aids ficou explícito para todos os gestores do mundo que o lenacapavir é a resposta mais próxima à vacina contra o HIV e à eliminação da transmissão do vírus e da síndrome no mundo”, disse Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde na 45ª reunião do conselho executivo do Unitaid em Joanesburgo, África do Sul. A Unitaid é uma organização internacional criada para promover projetos que objetivam ampliar o acesso a medicamentos a preços reduzidos. A farmacêutica Gilead, responsável pela inovação, fez acordo de licenciamento com seis laboratórios para garantir a produção de uma versão genérica de baixo custo do lenacapavir, que será distribuída para os 120 países mais pobres do globo. As nações consideradas de renda média, como o Brasil e boa parcela da América Latina ficaram de fora dessa lista. Contudo, há um temor de que os programas de saúde pública desses países não terão condições financeiras de custear o tratamento. Pesquisadores estimam que duas doses anuais do medicamento (que ofereceriam proteção por um ano) custem algo entre US$ 25.395 e US$ 44.918, por paciente.

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Regiões brasileiras têm diferentes desafios na acolhida a imigrantes

Relatório traz uma análise detalhada das dinâmicas migratórias nas cinco regiões brasileiras

[caption id="attachment_39137" align="aligncenter" width="560"] Região Norte, apesar de ser o caminho de ingresso para imigrantes, apresenta mais vulnerabilidades de acesso a benefícios e políticas públicas[/caption]       Texto: Estação do Autor com Agência Brasil Edição Scriptum   O Brasil é conhecido por receber bem os imigrantes que aqui chegam. Segundo o último relatório do Observatório das Migrações Internacionais (Obmigra), “As Dinâmicas Migratórias nas Macrorregiões do Brasil”, as cinco regiões brasileiras enfrentam diferentes desafios na acolhida a pessoas estrangeiras que escolhem o País para viver. O lançamento de um resumo dos dados pelo Ministério da Justiça, nesta quarta-feira (18), marcou o Dia Internacional dos Migrantes. É o que conta reportagem de Luiz Claudio Ferreira para a Agência Brasil. Para o professor Leonardo Cavalcanti, da Universidade de Brasília (UNB), uma política pública para imigrantes no Nordeste tem que ser diferente para o Norte, o Sul e o Sudeste. A formulação dessas políticas deve ser a partir de evidências, afirma. O levantamento abrange o período de 2022 ao primeiro semestre de 2024. O documento apresenta análise detalhada das dinâmicas migratórias nas cinco regiões brasileiras. A pesquisa contou com informações e participação dos ministérios da Justiça, do Trabalho e Emprego e das Relações Exteriores, além de dados da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Informações do Cadastro Único (CadÚnico) foram utilizadas como fonte primária para analisar o acesso de imigrantes a benefícios sociais. “A forma como os imigrantes se inserem no mercado de trabalho ou na escola e como solicitam acesso a benefícios sociais por meio do CadÚnico, além da composição das nacionalidades, é completamente diferente entre uma região e outra”, afirma o pesquisador da UnB. Ele explica que os dados baseados em evidências fazem com que os gestores e os formuladores de políticas públicas possam orientar essas políticas de forma mais racional e efetiva. Cavalcanti observa ainda que a Região Norte, apesar de ser o caminho de ingresso para imigrantes, apresenta mais vulnerabilidades de acesso a benefícios e políticas públicas. Por isso, eles ficam menos tempo naqueles Estados. Jonatas Pabis, coordenador de imigração laboral do Ministério da Justiça, avalia que a maior parte dos imigrantes entra no Brasil, de fato, pela Região Norte, mas se fixa no Sul, incluindo áreas como o Oeste de Santa Catarina, o Oeste do Paraná e Mato Grosso do Sul, trabalhando no final da cadeia agroindustrial. Pabis entende que o Brasil é um país acolhedor, tanto por sua identidade cultural quanto pela legislação robusta, em sintonia com os mecanismos internacionais de proteção de direitos humanos.

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