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China envia água para Maldivas, que sofrem com mudança climática
Para conquistar ponto estratégico no Oceano Índico, China usa água das geleiras do Himalaia, que estão derretendo, e atende necessidade das Ilhas Maldivas, atingidas pelas mudanças climáticas
[caption id="attachment_38055" align="aligncenter" width="560"] Mar invade território das Maldivas e afeta as fontes de água potável.[/caption]
Texto: Estação do Autor com AFP/ECOA UOL
Edição: Scriptum
As Maldivas, um arquipélago do oceano Índico, sofre com as mudanças climáticas. Com o aumento do nível, o mar invade seu território e afeta as fontes de água potável. Recentemente, a China enviou mais de 1 milhão de garrafas de água de geleiras tibetanas para o país insular. O governo local teve que desmentir boatos de que a água seria para o consumo do presidente Mohamed Muizzu, que chegou ao poder no ano passado com uma plataforma pró-China e anti-Índia.
Ao mesmo tempo que o arquipélago é cada vez mais dependente das usinas de dessalinização, no Himalaia as geleiras estão derretendo de maneira mais rápida produzindo água potável. Reportagem da AFP publicada no ECOA/UOL mostra os efeitos da crise que podem tornar as Maldivas inabitáveis, segundo informações do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU, em 2017.
O Ministério das Relações Exteriores das Maldivas informou que a água foi um presente de Yan Jinhai, presidente da Região Autônoma de Xizang, ou Tibete. A água mineral, transportada em 90 contêineres, foi descarregada na capital, Malé, segundo a autoridade portuária.
Além de suas praias de areia branca e do turismo de luxo, as Maldivas também ocupam uma posição estratégica nas rotas comerciais Leste-Oeste. A Índia considera que o arquipélago está dentro de sua esfera de influência, entretanto o país deu uma guinada recentemente na direção da China, seu principal credor externo e rival regional de Nova Déli. O presidente Muizzu visitou Pequim em janeiro, quando assinou uma série de acordos sobre infraestrutura, energia e agricultura. Em resposta, a Índia iniciou a retirada dos militares das ilhas que operavam uma base de vigilância aérea.
Gmail completa 20 anos e prova que não era ‘pegadinha’
Lançado em 1º de abril de 2004, o correio eletrônico do Google tem 1,8 bilhão de contas ativas ao redor do mundo
[caption id="attachment_38043" align="aligncenter" width="561"] Hoje, o Gmail tem 1,8 bilhão de contas ativas ao redor do mundo.[/caption]
Texto: Estação do Autor com O Globo
Edição: Scriptum
Um dos serviços de correio eletrônico mais populares do mundo, o Gmail completou 20 anos na segunda-feira, 1º de abril. Quando lançado, muitos internautas pensaram se tratar de mais uma brincadeira do Google, que costumava fazer falsos lançamentos na data. No entanto, o que parecia ser uma “pegadinha”, dessa vez era verdade. Hoje, o Gmail tem 1,8 bilhão de contas ativas ao redor do mundo.
Lançado em 2004, o Gmail se diferenciava dos outros na época pela robustez, agilidade, capacidade de processamento e de armazenamento superior aos serviços disponíveis na época. Na reportagem de Paulo Renato Nepomuceno para O Globo (assinantes) acompanhamos a evolução do serviço de e-mail que, quando lançado disponibilizou apenas mil contas distribuídas para pessoas relevantes do mundo da tecnologia, incluindo a imprensa.
Ao contrário de hoje, que oferece 15 gigabytes de armazenamento gratuito, o serviço estreou no “Dia da Mentira” oferecendo apenas 1Gb de memória. Entretanto, a marca já era suficiente para ameaçar seus concorrentes. Os populares Yahoo! e Hotmail, naquele tempo, armazenavam de 30 a 60 e-mails em sua caixa de entrada. O então novo serviço do Google disponibilizava espaço para armazenar cerca de 13.500 mensagens, algo extremamente volumoso para a época. A marca era quase 300 vezes maior que a capacidade dos outros serviços. Tanto que o design da página diminuiu o ícone de excluir e-mail, já que, com o maior espaço, essa seria uma tarefa quase nunca necessária.
Segundo a plataforma de análises econômicas Statista, em 2019, 26% de todos os e-mails enviados e recebidos por dia no mundo eram realizados na plataforma, representando cerca de 76 bilhões dos 293 bilhões de mensagens enviadas diariamente naquele ano. A previsão é que, em 2024, sejam trocados 361 bilhões de e-mails por dia nos mais diversos serviços de correio eletrônico. Em 2007, o Google passou a permitir que qualquer internauta criasse uma conta no Gmail. O serviço também abriu portas para outros produtos do Google. O Docs, o Drive e a extinta rede social Google+ nasceram como parte integrante do correio eletrônico.
Desigualdade no acesso a água e esgoto é desafio para universalização
Marco do saneamento é virada de chave ao estabelecer ações e investimentos necessários para universalizar o serviço, para especialistas
[caption id="attachment_38034" align="aligncenter" width="560"] Ainda há 1,2 milhão de brasileiros que vivem em 367 mil lares sem banheiro[/caption]
Texto: Estação do Autor com O Globo
Edição: Scriptum
A imensa desigualdade no acesso a serviços básicos de saneamento escancara a disparidade em diferentes regiões do Brasil. A estrutura é melhor nas cidades do Sul e do Sudeste. Por outro lado, a cor da pele também evidencia o contraste. Pretos e pardos, mesmo representando 55% da população, são os 69% dos que vivem sem esgoto adequado, segundo o Censo 2022. Algumas das soluções passam pelo investimento privado e políticas integradas.
Reportagem de Carolina Nalin para o jornal O Globo (assinantes) mostra que, em pleno século 21 ainda há 1,2 milhão de brasileiros que vivem em 367 mil lares sem banheiro. Essa parcela da população sequer tem vaso, fossa sanitária no quintal ou acesso a outra forma, mesmo que precária, de coleta de esgoto. Na outra ponta, 5,4 milhões vivem em casas com quatro banheiros ou mais, segundo o Censo 2022.
Para Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, a falta tanto do banheiro quanto da coleta e do tratamento de esgoto traz doenças de veiculação hídrica. O acesso a banheiro reduz em 63% a incidência de doenças ginecológicas, por exemplo.
Especialistas concordam que o marco do saneamento representa uma virada de chave ao estabelecer ações e investimentos necessários para universalizar o serviço. Porém, defendem que os aportes devem vir acompanhados de soluções integradas. “As soluções de saneamento têm que andar junto com uma política habitacional adequada” afirma Luiz Firmino, pesquisador do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da FGV.
O que as pesquisas apontam para a sucessão em São Paulo
Cientista político Rogério Schmitt falou na reunião semanal da fundação de estudos e formação política do PSD
[caption id="attachment_38030" align="aligncenter" width="560"] Para Rogério Schmitt, o prefeito Ricardo Nunes já se credencia como um player competitivo para enfrentar Guilherme Boulos[/caption]
Redação Scriptum
O cientista político Rogério Schmitt, colaborador do Espaço Democrático, fez uma análise das pesquisas eleitorais para a sucessão no município de São Paulo na reunião desta terça-feira (26) da fundação para estudos e formação política do PSD. Uma das conclusões que ele apresentou é que o prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição, conseguiu superar a principal barreira que enfrentava – a do pouco conhecimento público – e já se credencia como um player competitivo para enfrentar Guilherme Boulos, pré-candidato do PSOL à prefeitura da maior cidade do País.
Schmitt apontou também que a aprovação do atual prefeito, com dois anos e dez meses de governo – ele assumiu o lugar de Bruno Covas (PSDB), que morreu em 16 de maio de 2021, vítima de câncer no aparelho digestivo – vem crescendo de maneira consistente nos últimos meses. Ele mostrou duas pesquisas recentes. A primeira delas do DataFolha, dos dias 7 e 8 deste mês, que detecta a evolução consistente da aprovação do governo do prefeito. De abril de 2022 a março de 2024, a avaliação de ótimo e bom da administração de Nunes subiu de 12% para 29%. No mesmo período, a avaliação regular manteve-se praticamente estável (46% a 43%) e a de ruim e péssimo caiu de 30% para 24%.
A outra sondagem mostrada pelo cientista político, que segundo ele confirma o cenário de evolução de sua pré-candidatura à reeleição, foi feita pela Paraná Pesquisas entre 13 e 18 também deste mês de março. Nela, o eleitor é perguntado se aprova ou desaprova a gestão de Nunes. A aprovação, que em dezembro do ano passado era de 55,3%, passou para 59,4% apenas três meses depois. A desaprovação, que era de 41,1%, agora caiu para 36,4%.
Schmitt destacou que a forma de avaliação da sondagem da Paraná Pesquisas é um preditor mais robusto das chances de reeleição de um governante. Ele citou um trabalho feito pela Ipsos Public Affairs, importante empresa de pesquisa de mercado, que estudou mais de 400 eleições nos últimos 30 anos. Concluiu que governantes cuja aprovação esteja acima de 40% seis meses antes da eleição saem vitoriosos em 58% das vezes. Se a aprovação é de 45%, a chance vai para 78%, e se está em 50%, sobe para 90%. “Há uma correlação forte entre a taxa de aprovação e as chances de reeleição”, disse.
Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático e assistiram à exposição de Rogério Schmitt os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, o sociólogo Tulio Kahn, o cientista político Rubens Figueiredo e os jornalistas Sérgio Rondino e Eduardo Mattos.