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Taxonomy - Manchete secundária
Idosos ao volante: quais sinais indicam perigo ao dirigir?
Estudo mostra que em condições reais de trânsito, os erros mais cometidos por idosos ao volante ocorrem principalmente em cruzamentos, mudanças de faixa e invasões de vias
[caption id="attachment_39676" align="aligncenter" width="560"] Erros mais cometidos por idosos ao volante ocorrem principalmente em cruzamentos, mudanças de faixa e invasões de vias.[/caption]
Texto Estação do Autor com Estadão
Edição Scriptum
Caminhar mais lentamente e apresentar dificuldades cognitivas no dia a dia acendem um alerta sobre a segurança de idosos na direção. Estudo publicado em março por pesquisadores do Centro Multidisciplinar do Idoso do Hospital Universitário de Brasília em conjunto com o Instituto Universitário de Geriatria de Montreal, no Canadá, mostrou que em condições reais de trânsito, os erros mais cometidos por idosos ao volante ocorrem principalmente em cruzamentos, mudanças de faixa e invasões de vias.
No entanto, ao fazerem associação com aspectos físicos e cognitivos, os pesquisadores perceberam que os velhos que caminham mais devagar no dia a dia, ou seja, que andavam pela rua a passos curtos, foram os que mais se equivocaram em cruzamentos e conversões ao volante. Já as dificuldades com a gestão de tempo em tarefas do cotidiano e declínio na organização visual-espacial foram associados a um pior desempenho no teste de condução.
Reportagem de Mônica Manir para o Estadão (assinantes) traz mais detalhes do artigo publicado na revista científica Transportation Research Part F: Traffic Psychology and Behaviour e orienta como familiares devem lidar com o problema. Trata-se do primeiro estudo com uma amostra brasileira de motoristas idosos sem demência residentes no Distrito Federal, cuja avaliação física e cognitiva foi associada a um sistema de direção padronizado.
Coautora do artigo, a fisioterapeuta Isabela Oliveira Azevedo Trindade, mestre em gerontologia e diretora executiva do Departamento de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, acompanhou 138 voluntários nos seus próprios carros como passageira e pesquisadora. A faixa etária média dos participantes foi de 70,7 anos. Os critérios de inclusão implicavam dirigir com regularidade, ter visão e audição satisfatórias, escolaridade igual ou superior a quatro anos de estudo e não apresentar doença neurológica diagnosticada. A especialista afirma que idosos que levam mais tempo em testes de caminhada tendem a demonstrar direção insegura.
Segundo o geriatra Leonardo Pitta, professor de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde e supervisor do Programa de Residência Médica em Geriatria do Hospital de Base-DF, o risco de acidente para motoristas mais velhos, considerando a distância dirigida e o avanço da idade, aumenta de três a 20 vezes quando comparado ao risco de acidente para adultos.
“Não é porque a pessoa envelheceu que ela vai necessariamente ter perda de autonomia, inclusive para decidir sobre a própria mobilidade”, afirma Juliana Lima Quintas, especialista em neuropsicologia e avaliação psicológica e em gerontologia, que também assina o estudo. Porém, fechar os olhos para o outro lado também consiste em infração grave. “Se estiver comprovado um prejuízo importante no processo cognitivo, temos de intervir pela pessoa, pois não é ela quem vai intervir por si”, completa.
Um em cada 3 municípios não têm sistema de drenagem urbana de água da chuva
Estudo analisou 89% das cidades brasileiras, que concentram mais de 195 milhões de pessoas
[caption id="attachment_39660" align="aligncenter" width="560"] Desastres como o ocorrido no Rio Grande do Sul, em 2024, evidenciam a importância de políticas de prevenção e de investimento em drenagem e manejo de águas pluviais [/caption]
Texto Estação do Autor com site g1
Edição Scriptum
Entre 1991 e 2023, 3.464 pessoas morreram no Brasil em deslizamentos, enchentes e outros eventos, muitos deles relacionados a chuvas intensas. Apesar dos bilhões em investimento para prevenção de catástrofes como essas e outros bilhões em prejuízos, pelo menos 32,49% dos municípios brasileiros não possuem qualquer tipo de sistema de drenagem de água da chuva.
Reportagem publicada no g1 traz detalhes do “Estudo sobre o setor de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas no Brasil”, que avalia os impactos da falta de prevenção a desastres, como enchentes e deslizamentos. Os dados são de um levantamento inédito do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta quarta-feira (23).
O diagnóstico contou com a participação de 4.958 cidades, representando 89% do total de 5.570 municípios brasileiros. Nestes, vivem 95,1% da população do País, 195,1 milhões de pessoas. O estudo revelou que 32,49% dos locais analisados relataram não possuir qualquer tipo de sistema de drenagem. Apenas 3,2% dos municípios (157 ao todo) informaram contar com sistemas de tratamento das águas pluviais, prática fundamental para mitigar os impactos ambientais.
Quanto à infraestrutura, 78,2% das vias públicas urbanas no Brasil possuem pavimentação e meio-fio, mas apenas 33,5% contam com redes ou canais pluviais subterrâneos.
Apenas 263 municípios (5,3% do total) possuem Planos Diretores de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais (PDD), ferramenta essencial para o planejamento estratégico e a redução de riscos associados a eventos hidrológicos extremos.
Desastres como o ocorrido no Rio Grande do Sul, em 2024, evidenciam a importância de políticas de prevenção e de investimento em drenagem e manejo de águas pluviais no Brasil.
Entre 2021 e 2023 foram investidos R$ 26,7 bilhões em Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas (DMAPU), média de R$ 8,9 bilhões por ano. O valor gasto fica muito abaixo dos R$ 22,3 bilhões indicados pelo Ministério das Cidades como necessários para universalizar os serviços até 2033.
O levantamento destaca ainda que cerca de 50% dos municípios brasileiros apresentam riscos em relação a eventos hidrológicos extremos até 2030.
Plataformas devem promover ambiente seguro para jovens, diz instituto
Especialista defende que a responsabilidade por ambientes digitais seguros deve ser compartilhada pelas grandes empresas de tecnologia
[caption id="attachment_39646" align="aligncenter" width="560"] Conferência da idade do internauta é importante barreira da entrada de crianças e adolescentes nas redes sociais[/caption]
Texto Estação do Autor com Agência Brasil
Edição Scriptum
Jovens e crianças são as mais recentes vítimas da ação criminosa propagada nas redes sociais hoje. Cada vez mais frequentes, casos de violência e ódio envolvendo jovens usuários da internet deixam pais e responsáveis assombrados. O assunto está na reportagem de Daniella Almeida para a Agência Brasil, que traz a avaliação de um especialista em educação digital sobre o tema.
A responsabilidade por ambientes digitais seguros para crianças e adolescentes é compartilhada entre as famílias e as escolas e não deve estar dissociada da regulação das grandes empresas de tecnologia pelo Poder Público, defende o coordenador de educação digital do Instituto Alana, Rodrigo Nejm.
O especialista é a favor da responsabilização das plataformas virtuais que não protegem os adolescentes dentro de seus espaços. Nejm considera que é obrigação das chamadas big techs a adoção de procedimentos de segurança. Por outro lado, ressalta que a conferência da idade do internauta é importante barreira da entrada de crianças e adolescentes nas redes sociais, para não permitir que indivíduos muito jovens acessem serviços e conteúdos impróprios.
São muitas as formas de violência a que crianças e adolescentes estão sujeitos no mundo virtual. Entre elas está o cyberbullying, a prática de bullying por meio de tecnologias digitais, principalmente nas redes sociais.
A psicóloga e neuropsicóloga pelo Instituto de Psicologia Aplicada e Formação de Portugal, Juliana Gebrin, afirma que a melhor forma de tratar a questão é a prevenção, e que é preciso que os responsáveis e as escolas identifiquem sinais de que o problema está ocorrendo. A neuropsicóloga explica que o bullying interfere no desempenho escolar que começa a decair de forma abrupta assim como as relações sociais. Gebrin alerta para a tendência ao isolamento e a tentativa das vítimas de se protegerem do mundo em que vivem.
Seis em cada dez paulistas andam de bike semanalmente, mostra pesquisa
Mas especialistas acreditam que é necessário criar mais ciclovias, ciclofaixas e bicicletários para consolidar a bike como alternativa
[caption id="attachment_39632" align="aligncenter" width="560"]
Texto Estação do Autor com Um Só Planeta/Globo
Edição Scriptum
Com o trânsito cada vez mais congestionado e difícil nas cidades, as pessoas procuram meios de locomoção que aliem sustentabilidade, economia e até benefícios sociais. A bike, nesse contexto, deixa de ser apenas uma opção de lazer e assume um papel central na mobilidade urbana. De acordo com um estudo recente da consultoria Descarbonize Soluções, seis em cada dez paulistas andam de bicicleta pelo menos uma vez por semana. Destes, quase metade (46%) considera trocar os seus veículos a combustão por bicicletas elétricas.
Reportagem no site Um só Planeta (assinantes) mostra que embora as bicicletas tradicionais continuem a ser populares, as elétricas têm ganhado terreno rapidamente. De acordo com a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), o mercado de bicicletas elétricas cresceu 12% em 2023, com uma previsão de expansão de 34% até 2025, o que representa cerca de 300 mil unidades vendidas até o final deste ano.
Hoje, apesar do crescente número de ciclistas, ainda é necessário um maior investimento em infraestrutura. O estudo mostra que 60% dos paulistas acreditam que o estado tem uma estrutura razoável para ciclistas, embora muitos ainda sintam a necessidade de melhorias.
Entre 2023 e 2024 foram implantados mais de 4 mil quilômetros de ciclovias em capitais brasileiras. Para os especialistas, no entanto, criar mais ciclovias, ciclofaixas e bicicletários é essencial para consolidar a bicicleta como uma alternativa viável ao transporte motorizado.
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