Pesquisar

Taxonomy - Geral

Educação deficiente prejudica competitividade do País

Em reunião de consultores do Espaço Democrático, o tema foi a baixa competitividade do Brasil

    [caption id="attachment_38404" align="aligncenter" width="560"] Luiz Alberto Machado fez palestra sobre o tema na reunião semanal dos consultores, na sede da fundação em São Paulo.[/caption]   Redação Scriptum   O Brasil continua muito mal posicionado nos rankings internacionais de competitividade, apresentando grandes deficiências em áreas como a educação. A constatação é do economista Luiz Alberto Machado, colaborador do Espaço Democrático, a fundação do PSD para estudos e formação política. Ele fez palestra sobre o tema na reunião semanal dos consultores, realizada na terça-feira (25), na sede da fundação em São Paulo. Ele destacou algumas conclusões do IMD 2024 (World Competitiveness Ranking), onde o Brasil saiu da 60ª posição na lista em 2023, quando 63 países foram analisados, para a 62ª em 2024, em um universo de 67 países. No levantamento, o País ficou abaixo da Mongólia em competitividade, e à frente de Peru, Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela, os dois últimos colocados. Machado, contudo, ressalvou que é preciso olhar com cuidado rankings desse tipo, pois há grandes diferenças de metodologias e universos pesquisados entre eles, o que leva a distorções entre os resultados. Assim, lembrou, “em rankings dessa natureza – competitividade, percepção da corrupção, liberdade econômica – o que vale a pena é fazer um acompanhamento sistemático dos resultados e não tirar conclusões com base num único resultado”. Para ele, fazendo esse tipo de acompanhamento é possível, entre outras coisas, utilizá-los como base para a formulação de políticas públicas. No caso do IMD 2024, o mapeamento foi elaborado pelo International Institute for Management Development, tendo como parceiro no Brasil a Fundação Dom Cabral. O estudo fez a avaliação da competitividade dos 67 países escolhidos tendo como base quatro fatores: performance econômica, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura, considerando um total de 336 indicadores coletados em fontes nacionais e internacionais. Foi feita também pesquisa de opinião com executivos e especialistas. Entre os pontos positivos apontados no caso brasileiro estão os subsídios governamentais (4º melhor colocado na categoria), crescimento de longo prazo de emprego (5º melhor), crescimento do PIB real per capita (5º), fluxo de investimento direto estrangeiro (5º) e energias renováveis (5º). Como pontos negativos, o estudo destaca educação em gestão (67º lugar), habilidades linguísticas (67º), dívida corporativa (67º), habilidades financeiras (66º) e educação básica, secundária e universitária (66º). Com esses resultados, o Brasil vem consolidando sua posição entre os últimos colocados do ranking. Nos últimos nove anos, passou do 56º lugar entre 61 países em 2015 para a atual colocação de 62º entre 67 países. Participaram da reunião semanal dos consultores do Espaço Democrático, além de Luiz Alberto Machado, o economista Roberto Macedo; o sociólogo Tulio Kahn; os cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt; o gestor de saúde Januário Montone; a secretária nacional do PSD Mulher Ivani Boscolo e os jornalistas Marcos Garcia de Oliveira e Sérgio Rondino.

Card link Another link
Perse pode ser exemplo de negociação entre Executivo e Congresso

Cientista político Rogério Schmitt fez apresentação sobre o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos em reunião semanal da fundação

[caption id="attachment_38331" align="aligncenter" width="560"] O cientista político Rogério Schmitt: programa concedeu a negociação de dívidas com redução de até 100% do valor dos juros, multas e encargos legais[/caption]   Redação Scriptum   O processo de aperfeiçoamento na legislação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado ainda durante o governo de Jair Bolsonaro para aliviar uma das atividades econômicas que mais sofreram durante a pandemia de Covid-19, pode ser considerado um episódio bem-sucedido de negociação entre o governo e o Congresso, no qual as duas partes cederam para chegar a um acordo satisfatório. A avaliação foi feita pelo cientista político Rogério Schmitt nesta terça-feira (19) em apresentação na reunião semanal do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD. Schmitt apontou que para encontrar equilíbrio fiscal, em vez de adotar medidas para reduzir as despesas públicas, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva vem atuando na ponta contrária, de aumento de receitas, em especial pelo que o Ministério da Fazenda chama de gastos tributários – isenções, subvenções e desonerações dadas a setores da economia. “Em 2023, segundo levantamento do Tribunal de Contas da União, o total desses gastos tributários foi de R$ 519 bilhões, nos quais se inseriu o Perse”, apontou ele. O cientista político fez o histórico do Perse desde a sua criação, em maio de 2021, por iniciativa do Congresso Nacional. Destinado a empresas dos setores de eventos – espetáculos, casas de shows e buffets, hotelaria, salas de cinema e prestação de serviços turísticos – concedeu a negociação de dívidas tributárias e não tributárias com redução de até 100% do valor dos juros, multas e encargos legais, com parcelamento em até 145 meses, além de parcelamento em até 60 meses para débitos previdenciários. Em dezembro de 2022, no final do seu governo, Bolsonaro baixou medida provisória que zerou pelo prazo de cinco anos as alíquotas de PIS, Cofins, IRPJ e CSLL e redefiniu as atividades econômicas beneficiadas. Com modificações, a MP foi aprovada pelo Congresso, já durante o governo Lula, aumentando de 38 para 44 as atividades econômicas. Até que no final do ano passado Lula baixou a MP 1.202, que entre outras medidas revogou todos os benefícios fiscais do Perse (o IRPJ a partir de 1/1/2025 e a CSLL, o PIS e a Cofins a partir de 1/4/2024). “A revogação unilateral do Perse foi muito mal recebida no Congresso”, disse Schmitt. “E a liderança do governo na Câmara apresentou no final de março um projeto de lei alternativo, que passou a ser negociado”. O cientista político lembrou que o impacto fiscal do Perse provocou grande controvérsia: nas contas do Ministério da Fazenda, a renúncia fiscal teria ficado em R$ 4,4 bi em 2021, mas subido para R$ 10 bi em 2022 e para R$ 13 bi em 2023; nas contas de uma das associações do setor de eventos, a renúncia fiscal em 2023 teria sido de R$ 6,5 bi. “O fato é que após intensa negociação entre Executivo e Congresso a reformulação do Perse foi rapidamente aprovada na Câmara e no Senado e a lei 14.859 foi sancionada sem vetos pelo presidente Lula”, apontou Schmitt. A nova lei limitou o programa. Os benefícios fiscais (alíquotas zero de IRPJ, CSLL, PIS e Cofins) terão um teto de R$ 15 bilhões até dezembro de 2026 (o que vier primeiro) e as atividades econômicas beneficiadas foram reduzidas de 44 para 30. O modelo de negociação, segundo o cientista político, pode ser um caminho para o que considera desafios políticos que precisarão ser resolvidos nos próximos meses, o principal deles a compensação pelas desonerações das folhas salariais dos municípios e também de 17 setores da economia. Participaram da palestra de Rogério Schmitt o cientista político Rubens Figueiredo, o sociólogo Tulio Kahn, os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado, o gestor público Januario Montone e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, coordenador de comunicação do Espaço Democrático.

Card link Another link
Inteligência Artificial vai eliminar empregos, mas criar outros que não existem ainda

Programa da fundação de estudos e formação política do PSD entrevistou Humberto Massareto, especialista no tema

   

    Redação Scriptum   Como toda tecnologia inovadora, as ferramentas de Inteligência Artificial (IA) vão promover grandes transformações no mercado de trabalho: muitas ocupações desaparecerão, mas outras tantas serão criadas à medida em que o conhecimento for avançando. “Toda vez que ocorre algo de impacto profundo processos são acelerados”, lembra o professor Humberto Massareto em entrevista ao programa Diálogos no Espaço Democrático, produzido pela fundação de estudos e pesquisas do PSD e disponível em seu canal de Youtube. Massareto estuda a IA a partir de um ponto de vista que define como humanístico, “em que a tecnologia é usada como facilitador” do cotidiano das pessoas. Ele tem mestrado em Gestão da Educação Profissional Tecnológica, mestrado internacional em Criatividade & Inovação, MBA em Gestão da Tecnologia Educacional e especialização em Criatividade & Inovação. Na entrevista concedida ao jornalista Sérgio Rondino, ao sociólogo Tulio Kahn, ao gestor público Januario Montone e aos economistas Luiz Alberto Machado e Roberto Macedo, ele destacou que na mesma medida em que empregos desaparecerão, outros já vem sendo criados. Um deles é o de engenheiro de prompt. “É o profissional que escreve a requisição, a pergunta que será feita para a IA responder”. E revela um fenômeno interessante: “As pessoas de 40 anos ou mais têm sido requisitadas para escrever prompts por causa da maior facilidade de conceber ideias estruturadas”. A resposta da IA, aponta Massareto, é proporcional à qualidade da requisição. “Profissionais mais experientes têm sido mais procurados porque tem texto mais elaborado, que proporciona respostas mais precisas”. Massareto lembrou o movimento ousado feito recentemente pelo conglomerado chinês NetDragon, proprietário da plataforma educacional Edmodo e de jogos como o Disney Fantasy Online: nomeou a ferramenta de Inteligência Artificial batizada de Tang Yu, um nome feminino, para ocupar o cargo de presidente executiva. “A IA não vai tomar as decisões de maneira direta, mas fará a análise fria delas, sem as emoções humanas, e indicará”. O impacto da IA nas mais variadas áreas do conhecimento será enorme nos próximos anos. O especialista destacou as fortes mudanças que poderão ser implementadas na saúde. “A medicina já vinha sendo impactada; a China, vai inaugurar um hospital que atenderá por IA até 3 mil pacientes por dia”, disse, referindo-se a um centro médico da Universidade Tsinghua. “A fila que temos só na cidade de São Paulo seria colocada em dia em poucos meses”, disse. A medicina vai ganhar rapidez nos diagnósticos, acredita ele. “A IA poderá analisar o histórico de abreugrafias para identificar a probabilidade de câncer de pulmão, por exemplo”.

Card link Another link
Setor de saúde suplementar vai passar por mudanças importantes

Gestor público Januario Montone falou sobre os problemas no setor de saúde suplementar

 

    Redação Scriptum   A recente crise no setor de saúde suplementar, deflagrada pela decisão das operadoras de planos de saúde de romper contratos de forma unilateral e deixar sem cobertura pessoas idosas, em tratamento e com necessidades especiais, é o sinal de que o modelo de estruturação da saúde no Brasil está às vésperas de mudanças importantes. O alerta foi feito nesta terça-feira (11) durante reunião semanal do Espaço Democrático pelo consultor e gestor público Januario Montone, fundador e primeiro presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e ex-secretário municipal de Saúde de São Paulo na gestão de Gilberto Kassab. Montone, que recentemente publicou artigo sobre o tema no site da fundação para estudos e formação política do PSD, mostrou um detalhado histórico de como os problemas vem se acumulando no setor de saúde suplementar desde a aprovação da Lei dos Planos de Saúde, em 1998 – então, as operadoras ofereciam planos com cobertura reduzida, excluindo dos contratos procedimentos em áreas como oncologia. Segundo ele, o Projeto de Lei 7419, que é relatado pelo deputado federal Duarte Jr. (PSB), entrará em discussão agora no Congresso, a partir do episódio dos cancelamentos unilaterais, e pode mudar muitas regras. Montone apontou que o nó no sistema se originou em várias frentes diferentes. A primeiras delas, no mercado. “As operadoras nunca aceitaram a regulamentação do setor, reduziram as vendas de planos individuais e buscaram alternativas para fugir da regulação”, disse. Por outro lado, não menos importante, segundo ele a sociedade nunca aceitou o conceito de mutualismo e sempre exerceu forte pressão para que a cobertura dos planos de saúde seja feita sem regras e sem limites. “Não é possível o sistema se sustentar desta maneira, não é assim em nenhum lugar do mundo”, enfatizou. Do lado do governo, segundo ele a Agência Nacional de Saúde (ANS) não atuou para o desenvolvimento do setor, falhou na regulação e facilitou as distorções do mercado, como a introdução dos falsos planos empresariais para três vidas, que na verdade são planos familiares. “Além disto, o Ministério da Saúde oscilou entre ignorar o setor ou desfigurar a regulação”, disse. Por fim, não menos importante, está a ação do Judiciário, que adotou a visão de que tudo tem que ser atendido, tanto pelo sistema público quanto pelo privado. Montone acredita que a solução para o imbróglio dos planos de saúde passa necessariamente pelo surgimento de uma liderança política forte que possa levar à convergência de interesses entre as operadoras e os consumidores. “O primeiro passo seria as operadoras se reconstruírem como empresas de saúde, cuidando da manutenção da saúde das pessoas e não dos eventos”, defende. Ele acredita que com a saúde digital isso seria possível, já que ela permite acompanhar o dia a dia de uma pessoa e tratar a saúde, evitar a doença ou o agravamento dela. A mudança do modelo de remuneração do mercado é outro ponto que precisa ser discutido. “Não dá para o hospital ganhar por atendimento feito porque isso valoriza a doença, não a saúde, e é aí que está o descontrole financeiro”, destacou. Ele elogiou o modelo das Organizações Sociais: “Um grande avanço no SUS porque oferecem um pacote de atendimento a um conjunto de indicadores, de metas, e não por serviço individual prestado”. O aumento do poder regulatório da ANS sobre os hospitais e outros prestadores é outro ponto levantado por ele, que também atribui ao Ministério da Saúde a liderança estratégica da reformulação do setor e da integração público privado. “É absurdo que não seja o ministério que lidere os debates do Projeto de Lei 7419”, disse. “A regulação do setor privado só saiu, em 1998, quando o governo assumiu a frente nas negociações”. Por fim, Montone defende que o governo, Congresso e Judiciário construam uma consciência social de que é impossível entregar tudo para todos na área da saúde. “Esta ideia está nos impedindo de entregar o mínimo para todos ao não equalizar um atendimento de qualidade para todo mundo”, disse. “Gastamos orçamentos incríveis para fazer atendimentos muito localizados, dispersos e impossíveis de serem planejados, ao sabor das circunstâncias”. Participaram da reunião semanal do Espaço Democrático o superintendente da fundação, João Francisco Aprá, os cientistas políticos Rubens Figueiredo e Rogério Schmitt, o sociólogo Tulio Kahn, os economistas Roberto Macedo e Luiz Alberto Machado e os jornalistas Eduardo Mattos e Sérgio Rondino, coordenador de comunicação do Espaço Democrático.

Card link Another link

ˇ

Atenção!

Esta versão de navegador foi descontinuada e por isso não oferece suporte a todas as funcionalidades deste site.

Nós recomendamos a utilização dos navegadores Google Chrome, Mozilla Firefox ou Microsoft Edge.

Agradecemos a sua compreensão!