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Taxonomy - Manchete secundária
Perda de memória não é o único sinal de demência
Dificuldade para gerir finanças, perda de olfato e distúrbios do sono podem ser sintomas precoces, segundo estudo recente
[caption id="attachment_38843" align="aligncenter" width="560"] Pessoas com demência experimentaram leves quedas na extroversão, amabilidade e autoconsciência antes de mostrarem quaisquer sinais de comprometimento cognitivo.[/caption]
Texto Estação do Autor com The New York Time/Folha de S.Paulo
Edição Scriptum
Ter lapsos de memória nos leva automaticamente a pensar nos sintomas da demência e, particularmente, na doença de Alzheimer. Entretanto, reportagem de Dana G. Smith para The New York Times, publicada na Folha de S.Paulo (assinantes), traz a opinião de especialistas que apontam outros sinais que podem indicar mudanças cerebrais precoces. Alguns especialmente importantes para tipos de demência em que o esquecimento não é o sintoma primário.
Antes mesmo que a perda de memória ou outros sintomas cognitivos surjam, pessoas com demência podem ter problemas financeiros. A tomada de decisões financeiras equivocadas é especialmente uma preocupação para aqueles que sofrem de demência frontotemporal, forma relativamente rara da doença em que o julgamento é afetado muito cedo.
Junto com lidar com finanças, dirigir é um dos comportamentos cognitivos mais complexos que as pessoas realizam todos os dias. Ganesh Babulal, professor associado de neurologia na Universidade de Washington University, demonstrou em sua pesquisa que problemas ao volante podem se manifestar anos antes de se manifestarem em outros lugares.
Distúrbios do sono podem se tornar mais comuns conforme as pessoas envelhecem, e adultos mais velhos tendem a dormir mais levemente e ir para a cama e acordar um pouco mais cedo do que costumavam, o que é considerado normal. Mas mudanças drásticas nos hábitos de sono podem ser um sinal de demência.
Em estudo publicado ano passado, pesquisadores descobriram que pessoas com demência experimentaram leves quedas na extroversão, amabilidade e autoconsciência antes de mostrarem quaisquer sinais de comprometimento cognitivo. Essas mudanças de personalidade aceleram conforme mais sintomas de demência surgem, explica Angelina Sutin, professora de ciências comportamentais e medicina social na Universidade do Estado da Flórida.
Partes do cérebro que controlam o olfato estão entre as primeiras áreas danificadas nas doenças de Alzheimer e Parkinson e na demência com corpos de Lewy, outro tipo de distúrbio cerebral progressivo. A perda do olfato surge anos, ou mesmo décadas, antes que outros sintomas apareçam. Ao contrário da perda de audição e visão, que podem ser fatores de risco para demência, mas não são causadas pela doença em si, a perda do olfato pode ser uma das primeiras manifestações da neurodegeneração.
Destroços do “Navio Fantasma do Pacífico” são encontrados na costa dos EUA
Durante a Segunda Guerra, contratorpedeiro da Marinha americana foi danificado e capturado pelas forças japonesas
[caption id="attachment_38833" align="aligncenter" width="560"] Navio foi danificado em combate contra as forças japonesas, em 1942, e capturado pelo inimigo,[/caption]
Texto Estação do Autor com CNN Brasil
Edição Scriptum
O USS Stewart, um contratorpedeiro da Marinha dos Estados Unidos, foi afundado deliberadamente durante um exercício da Marinha americana, em maio de 1946. O navio foi danificado em combate contra as forças japonesas, em 1942, e capturado pelo inimigo, tornando-se o Barco Patrulha nº 102 da Marinha Imperial Japonesa. Recentemente, seus destroços foram encontrados e seu estado de conservação chamou a atenção dos especialistas.
Reportagem de Jack Guy, para a CNN Brasil, conta como foi a localização dos destroços do “Navio Fantasma do Pacífico”, como ficou conhecida a embarcação. De acordo com declaração da Air Sea Heritage Foundation e da Search Inc, organizações responsáveis pela investigação, os restos do navio foram encontrados na costa da Califórnia, por investigadores submarinos.
Três veículos submarinos autônomos (AUVs) implantados pela empresa de pesquisa marinha robótica Ocean Infinity escanearam o fundo do oceano no Santuário Marinho Nacional de Cordell Bank, no Norte da Califórnia, ao longo de 24 horas, a partir de 1º de agosto. Dados de sonar e ecobatímetro multifeixe revelaram que o Stewart estava a 1.036 metros abaixo da superfície.
Comissionado em 1920, o USS Stewart teve uma vida tumultuada. Quando foi incorporado à frota japonesa despertou curiosidade. “Logo, pilotos aliados de longo alcance começaram a relatar a estranha visão de um velho contratorpedeiro americano operando bem atrás das linhas inimigas”, diz o comunicado. Somente quando Stewart foi encontrado flutuando em Kure, no Japão, no final da guerra, é que o mistério do navio fantasma foi desvendado.
Em seguida, foi rebocado de volta para São Francisco, antes de ser usado como navio-alvo durante um exercício, afundando após pegar fogo por mais de duas horas.
Depois disso, a história do USS Stewart atraiu o interesse de pesquisadores, arqueólogos e entusiastas navais. A redescoberta de seus destroços se tornou uma das principais prioridades nacionais para exploração.
Card link Another linkPesquisa mostra capitais na contramão de meta para redução de emissões
Entre as dez cidades mais populosas, Manaus lidera o ranking de maiores emissões, com 3,06 toneladas por habitante; o melhor desempenho é o de Salvador
[caption id="attachment_38825" align="aligncenter" width="560"] Segundo especialistas, a área de transportes pode trazer resultados importantes para a redução da emissão de poluentes[/caption]
Texto Estação do Autor com Agência Brasil
Edição Scriptum
A falta de propostas dos candidatos às prefeituras para enfrentar a crise climática e reduzir a emissão de gases de efeito estufa tem incomodado pesquisadores e ativistas ambientais no atual processo eleitoral. A cobrança por medidas que enfrentem a questão ganha ainda mais peso em meio às intensas queimadas que vêm atingindo diferentes localidades do país.
Reportagem de Léo Rodrigues para a Agência Brasil ouviu especialistas como o biólogo Conrado Galdino, professor e pesquisador da PUC (MG), que destaca que o enfrentamento a esses incêndios é atribuição principalmente de órgãos ligados aos governos estaduais e ao governo federal. Ainda assim, afirma que os municípios podem adotar algumas iniciativas e que a simples piora da qualidade do ar deveria motivar os candidatos a prefeito a discutir medidas pertinentes.
Considerando a meta fixada pela Agenda 2030, levantamento realizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) indica que seria preciso cortar mais da metade do volume de emissões líquidas em cinco das dez capitais mais populosas do País. Nas demais, a redução seria de pelo menos 30%. Entre as dez cidades mais populosas, Manaus lidera o ranking com 3,06 toneladas por habitante, seguida do Rio de Janeiro (2,03) e de Belo Horizonte (1,82). O melhor desempenho é o de Salvador (1,19).
Para Galdino, apesar de o controle das emissões de gases depender em grande parte do Legislativo e do Executivo federal, a prefeitura tem como dar contribuições importantes, e seu papel não deve ser menosprezado. "O município pode fazer muita coisa", afirma.
Já para o professor de arquitetura e urbanismo do Ibmec Marco Antonio Milazzo existem três frentes em que a atuação das prefeituras pode trazer resultados importantes: transporte, consumo de energia e gestão do lixo. Milazzo cita experiências que já estão sendo adotadas em algumas cidades, como a eletrificação do transporte público e a implantação da tarifa zero. O transporte gratuito é um incentivo para que as pessoas usem o ônibus em vez de usar seu automóvel, declara. O professor destaca ainda a necessidade de controlar o crescimento urbano. A expansão desregulada, segundo ele, agrava os problemas ligados ao transporte e ao lixo.
Os avanços em questão ambiental dependem do comportamento da população, acredita Galdino. Ele diz que as medidas mais importantes que os municípios podem promover são voltadas para o processo educativo. Segundo o biólogo, o tema das emissões de gases de efeito estufa geralmente só é abordado por candidatos a prefeito relacionado à infraestrutura verde da cidade. Fala-se em ações de arborização e de requalificação das praças. Embora sejam medidas que gerem conforto local por criar áreas de sombra e dar aos moradores uma melhor sensação climática, elas proporcionam apenas uma ínfima captura de carbono.
História da primeira Constituição brasileira é tema de publicação
Fascículo disponível para leitura on-line ou download traz a íntegra da entrevista do cientista político Christian Lynch ao programa Diálogos no Espaço Democrático
Redação Scriptum
A mais longeva das sete Constituições brasileiras, exatamente a primeira delas, completou dois séculos neste ano. Outorgada por D. Pedro I em 25 de março de 1824, pouco mais de 18 meses após a proclamação da Independência, teve uma história tumultuada. Ao constatar que teria seus poderes limitados pelos deputados que começaram a trabalhar em maio do ano anterior, o imperador mandou seus soldados fecharem a Assembleia Constituinte em novembro, apenas seis meses depois de sua instalação. Em seguida, convocou um Conselho de Estado para terminar a Constituição de forma que garantisse plenos poderes a si mesmo, entre os quais o de personificar o Poder Moderador, que se sobrepunha ao Executivo, Legislativo e Judiciário.
A primeira Constituição brasileira, que vigorou durante 65 anos, é tema da nova publicação do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD. O fascículo, já disponível para leitura on-line ou download no site da fundação – traz a íntegra da entrevista do doutor em ciência política Christian Lynch ao programa Diálogos no Espaço Democrático. Ainda hoje é a Constituição que mais tempo vigeu na história do País, o que, segundo Lynch, tem uma explicação: “Era boa; e há uma coisa muito interessante, que talvez seja difícil de entender hoje: o imperador não tinha – como os monarcas europeus – o direito divino, o poder dele vinha do fato de ter sido aclamado pelo povo, por ter feito a Independência”.
Lynch é doutor em ciência política, professor de Pensamento Político Brasileiro no Instituto de Estudos Políticos e Sociais (IESP) – vinculado à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) – e pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa. É autor do livro Liberdade sem Anarquia: o pensamento político do Marquês de Caravelas, um dos importantes personagens da nossa primeira Carta – foi o principal integrante do Conselho de Estado que deu forma final ao primeiro texto constitucional depois da dissolução da Assembleia Constituinte.