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Cultura brasileira perde Danilo Miranda, diretor do Sesc São Paulo
Sociólogo e gestor cultural ajudou o Sesc a se tornar uma das instituições culturais mais importantes do Brasil
[caption id="attachment_57637" align="aligncenter" width="560"] Danilo Miranda dedicou 55 anos de sua vida ao Sesc-SP, uma das instituições culturais mais importantes do Brasil.[/caption] Redação Scriptum com G1 A cultura brasileira perdeu neste domingo (29) um de seus icônicos personagens: o sociólogo, filósofo e gestor cultural Danilo Santos Miranda, diretor do Serviço Social do Comércio (Sesc) de São Paulo, morreu aos 80 anos. Ele foi também coordenador do Conselho Temático de Cultura do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD, por meio do qual editou o ensaio intitulado Formação e futuro da cultura brasileira, em 2015. Miranda estava internado desde o início de outubro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Natural de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, ele dedicou 55 anos de sua vida ao Sesc-SP, uma das instituições culturais mais importantes do Brasil. Entrou para a organização em 1968 e comandou a Diretoria Regional da instituição a partir de 1984. Durante este período abriu diversas unidades em todo o Estado, a última delas inaugurada na semana passada, na Casa Verde, Zona Norte da capital. É considerado um dos grandes nomes da cultura contemporânea do País por seu trabalho na ampliação de atividades culturais, esportivas e educacionais e por sua defesa do acesso a partir de políticas públicas. Em entrevista ao Programa do Bial, na TV Globo, em junho de 2021, Miranda defendeu a diversidade e a inclusão das pessoas nas artes e nos esportes como os principais legados do Sesc em sua gestão. “A cultura é transversal, está presente em todas as manifestações públicas do poder, inclusive nas questões ligadas à própria economia, à administração dos processos”, disse. “A educação, nem se fala, não se faz sem ter a presença da cultura como elemento vital, central, fundamental; cultura e educação são irmãs siamesas, como uma moeda com duas faces”. Em entrevista ao G1, Camila Miranda, filha do gestor cultural, destacou que "além de ser um missionário da cultura, ele era uma pessoa generosa ao extremo. Tudo que fez sempre foi pensando em todo mundo, em uma cidade melhor, um mundo melhor, uma vida melhor em todos os sentidos. Então, isso o era que ele fazia em casa e o que ele fazia no Sesc. O legado é cultura para todos, arte para todos". Repercussão O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, lamentou a morte do gestor cultural em suas redes sociais. “Danilo Santos de Miranda, alicerce da nossa cultura, como descreve a Folha, nos deixou neste domingo. Sempre teve um papel diferenciado na promoção da cultura, com enorme diversidade, à frente dos inúmeros projetos, em décadas no SESC. Quando prefeito de São Paulo e ao longo de minha vida, tive a oportunidade de ser parceiro e de acompanhar inúmeros projetos e iniciativas desenvolvidas com o SESC, como na Virada Cultural e na construção de novas unidades do Serviço. Pude reconhecer a relevância da sua ação na entrega de algo tão significativo para a população, que é o acesso à cultura. É uma enorme perda para o Brasil, e para São Paulo em especial. Quero expressar minhas condolências e manifestar meu pesar a seus familiares e inúmeros amigos”. "Grande perda. Meus sentimentos aos familiares, amigos e todos que admiravam e foram beneficiados pelo seu trabalho", escreveu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em suas redes sociais. O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou que “a vida de Danilo Miranda se confunde com a trajetória da instituição e da própria cena cultural no Estado”. Alckmin apontou que Miranda foi “um dos mais importantes atores culturais do País, dizia esperar um futuro menos desigual através da democratização dos espaços de reflexão e engrandecimento cultural”. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), decretou luto oficial de três dias na cidade pelo falecimento do sociólogo. O Sesc São Paulo emitiu nota de pesar pelo falecimento: “Neste momento de grande consternação para todos nós, em nome da presidência, do conselho regional e do corpo de funcionários do Sesc-SP, prestamos nossa solidariedade e sinceros sentimentos à família e aos amigos de Danilo, e nossa homenagem ao querido diretor e companheiro”.
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Karina Calandrin, que estuda a disputa há dez anos, explicou na fundação do PSD como a disputa territorial se tornou cada vez mais violenta
Prevenção do Alzheimer está ao alcance de qualquer um
Caderno Democrático traz a íntegra da entrevista do neurologista Fabiano Moulin de Moraes sobre a doença que acomete dois milhões de brasileiros
Redação Scriptum O tratamento do Alzheimer, doença neurodegenerativa que afeta progressivamente a memória e compromete a tomada de decisões básicas de vida, está à mão das pessoas e custa muito menos que as drogas de última geração, caríssimas e de resultado atual próximo do inexpressivo. “Chama-se prevenção e pode ser feita com atividade física e alimentação adequada”, aponta o neurologista e doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Fabiano Moulin de Moraes no mais recente Caderno Democrático produzido pela fundação para estudos e formação política do PSD, Alzheimer - Como entender e enfrentar melhor a doença dos idosos. O fascículo está disponível para download no site do Espaço Democrático. A edição traz a íntegra da entrevista dada por Moulin de Moraes ao programa Diálogos no Espaço Democrático em agosto último, disponível no canal de Youtube da fundação. O especialista destacou na entrevista a estimativa de que o Brasil tem, hoje, uma população de quase dois milhões de pessoas com Alzheimer. Com o rápido envelhecimento da população, identificado por meio dos primeiros números do Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – as pessoas com mais de 60 anos já são 31,2 milhões – a tendência é que, em poucos anos, entre quatro e cinco milhões serão afetados pela doença. “E o grande problema do Brasil é que o brasileiro envelhece muito mal”, afirmou. Segundo ele, a atividade física é boa para o Alzheimer e para uma série de outras doenças, as chamadas silenciosas. “Colesterol alto, hipertensão, diabetes... são doenças que tornam mais difícil a velhice e preveni-las, com atividade física e alimentação, previne também o Alzheimer”. Participaram da entrevista com Moulin de Moraes, conduzida pelo jornalista Sérgio Rondino, o gestor público e consultor na área de saúde Januario Montone, e os cientistas políticos Rogério Schmitt e Rubens Figueiredo.
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Coronel Salles, vereador do PSD em São Paulo, foi o palestrante em reunião do Espaço Democrático