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A caderneta de Poupança de 2019 a 2024
Saldo da aplicação brasileira mais popular chegou a R$ 1 trilhão e vem se mantendo; Roberto Macedo comenta
Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático
A caderneta, conhecida simplesmente também como Poupança, é o investimento preferido dos brasileiros e é importante acompanhá-lo, pois além de poupança é também o principal recurso que financia os investimentos imobiliários.
O Banco Central (BC) foi o primeiro a publicar dados econômico-financeiros do ano passado, pois os tem nas suas próprias contas, reportados diariamente pelas instituições financeiras. Fez isso e a Folha de S.Paulo, em sua edição de 9 de janeiro, veio com matéria assim intitulada: “Poupança tem saída líquida de R$ 15,37 bilhões em 2024, diz BC”. Na verdade, o saldo dela aumentou de R$ 983,03 bilhões, em 2023, para R$1.031 trilhão, em 2024. A questão é que o BC contabiliza os rendimentos da poupança separados dos depósitos e saques pelos próprios poupadores, o que confunde alguns analistas. Esses rendimentos foram de R$ 64,28 bilhões em 2024 e, como disse, foram contados em separado.
Para muitos depositantes a Poupança funciona como uma conta corrente, com saques e depósitos no curto prazo. Assim, em 2024 foram depositados R$ 4,135 trilhões e retirados R$ 4,212 trihões, o que indica uma grande movimentação do saldo.
Olhando um prazo maior, o grande aumento da Poupança ocorreu quando ela passou de um saldo de R$ 845,46 bilhões, em 2019, para R$ 1,035 trilhão, em 2020, com a diferença entre depósitos e retiradas ficando em R$ 166,31 bilhões neste segundo ano. E a partir daí passou a oscilar um pouco acima ou abaixo de R$ 1 trilhão. Como foi visto, terminou 2024 com o saldo de R$ 1,03 trilhão, pouco abaixo do de 2020.
As razões dessa estabilização em torno de R$1 trilhão são as necessidades dos poupadores e maior rentabilidade das demais aplicações em renda fixa, demonstrando que os poupadores estão ficando mais espertos ao analisar rendimentos. O rendimento médio da Poupança foi de apenas 6,22% em 2024, mas isentos do Imposto de Renda para pessoas físicas.
Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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