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Taxonomy - Manchete secundária

Quadro de Van Gogh antecipou padrão descrito pela ciência mais de 50 anos depois

Cientistas afirmam que a pintura segue padrões matemáticos previstos na Teoria da Turbulência de Kolmogorov (1941), que descreve a dinâmica dos fluidos

      Texto Estação do Autor com Estadão Edição Scriptum   Um céu claro, repleto de estrelas e nuvens em forma de redemoinhos retratado num dos quadros mais famosos da história da arte, Noite Estrelada (1889), de Vincent van Gogh, mostra a paisagem que ele avistava da janela do quarto do sanatório onde estava internado. A tela foi muitas vezes interpretada como uma expressão de seu estado mental. Entretanto, cientistas afirmam que a pintura segue padrões matemáticos previstos em uma teoria científica que só seria descrita muitos anos depois de concluída a obra. Reportagem de Roberta Jansen para o Estadão (assinantes) trata do estudo publicado na revista Physics of Fluids, revelando que o céu turbulento repleto de redemoinhos de Noite Estrelada segue padrões indicados na Teoria da Turbulência de Kolmogorov (1941), que descreve a dinâmica dos fluidos. Andrey Kolmogorov foi um matemático russo que identificou os padrões pelos quais a energia se move através da água ou do ar, formando grandes redemoinhos que se quebram em redemoinhos menores, de uma forma previsível. Esse movimento, chamado de fluxo turbulento, pode ser visto, por exemplo, nas águas, nas correntes oceânicas, na circulação sanguínea, na disseminação da fumaça no ar e nas nuvens de tempestade. Segundo o coautor do estudo, Yongxiang Huang, especialista em dinâmica de fluídos da Universidade Xiamen, na China, em entrevista à CNN, “esses redemoinhos não se formam aleatoriamente. Eles seguem padrões específicos que podem ser previstos pelas leis da Física.” Aplicar uma lei da Física a uma pintura do século 19 que não está em movimento é um grande desafio, admitem os pesquisadores. A precisa representação da turbulência pode ser mera coincidência. No entanto, o astrofísico Adam Frank, da Universidade de Rochester, que não participou do estudo, lembrou, em entrevista à rede de TV NBC, que tanto a arte quanto a ciência têm a capacidade de capturar verdades sobre o mundo. Frank acredita que Van Gogh estava respondendo intuitivamente, emocionalmente, ao que estava vendo no céu e, de alguma forma, foi capaz de captar os padrões que uma detalhada análise matemática também descobriu.

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As bets estão apresentando problemas

Há gente trocando o investimento em educação para jogar nas bancas on-line, onde perder o dinheiro é o mais provável, escreve Roberto Macedo

Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático Edição Scriptum   As bets têm chegado às manchetes e editoriais de jornais em face dos problemas que vêm apresentando. Começando com uma reportagem (Estadão de 22 de setembro) ela teve este título: “Inadimplência por apostas afeta 1,3 milhão no País”. No seu início é dito que os apostadores têm usado cartão de crédito para pagar suas apostas, o que contribui para o aumento de suas contas em atraso. Logo pensei em propor que fosse vedado esse uso do cartão de crédito para apostas esportivas, e já no final da reportagem é dito que “uma das dez portarias editadas pelo governo federal este ano proíbe o uso de cartões de crédito para o pagamento de apostas esportivas eletrônicas, regra que entrará em vigor apenas em 2025”. Vamos ver se vai entrar mesmo e se vai funcionar. Num editorial do mesmo jornal, no dia seguinte, intitulado “Descobriram que as 'bets' são um problema”, o texto mostra uma declaração do senador Omar Aziz (PSD-AM), segundo quem esses sites têm levado famílias “... à ruina financeira, ao endividamento e, em muitos casos, ao suicídio, com alarmantes índices de desespero e falência pessoal”. O jornal cobrou que as bets sofram as mais duras restrições, seja em publicidade, seja na proteção da saúde dos apostadores e que haja a fiscalização firme para combater as irregularidades. Entidades do comércio vêm também apontando que as apostas absorvem recursos antes destinados à compra de bens e serviços, prejudicando assim a agricultura, a indústria, o comércio e os serviços, mas ainda não está muito claro em que magnitude. O problema das bets que considero mais estranho, ou mesmo um absurdo, veio no site terra.com.br, na sua divisão de educação, onde é dito que “Brasileiros estão trocando a graduação para gastar com apostas on-line. Pesquisa revelou que 35% dos brasileiros adiaram o início da graduação em 2024 devido a gastos com apostas on-line”. Se isto for verdadeiro, estamos diante de uma situação que revela o baixíssimo nível cultural de parte da população brasileira e será preciso uma campanha forte nas mídias brasileiras para esclarecê-la do erro que estão incorrendo, o de jogar dinheiro onde a perda é mais provável, em prejuízo de um avanço educacional que poderia trazer retornos palpáveis e de valor considerável. O material também foi reproduzido pela ABMES (Associação Brasileira das Mantenedoras de Instituições de Ensino Superior).     Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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Escola pública de São Paulo está entre as três melhores do mundo

Localizada na zona Leste da capital paulista, a unidade é pioneira em programas de xadrez, atletismo e ginástica artística

[caption id="attachment_38785" align="aligncenter" width="560"] O Projeto Xadrez usa o jogo como ferramenta para aprimorar habilidades cognitivas e de interação social[/caption]   Texto Estação do Autor com Agência Brasil Edicão Scriptum   Uma pequena escola localizada na zona Leste da capital paulista, a Escola Estadual Deputado Pedro Costa, está entre as três finalistas de uma das categorias dos Prêmios Melhores Escolas do Mundo, em inglês, World's Best School Prizes, em 2024. A escola é pioneira em programas de xadrez, atletismo e ginástica artística. Na Agência Brasil, a repórter Mariana Tokarnia destaca a premiação e os programas inovadores que fomentam a participação comunitária e o desenvolvimento pessoal dos alunos. O Projeto Xadrez, iniciado pelo professor Leonardo Alcântara, usa o jogo como ferramenta para aprimorar habilidades cognitivas e de interação social, ensinando os alunos a pensarem no futuro e considerarem as consequências de suas ações tanto dentro quanto fora do tabuleiro. Da mesma forma, os programas de atletismo e ginástica artística, introduzidos pelo professor Luiz Fernando Junqueira, visam não apenas o desenvolvimento físico, mas também a construção de resiliência e trabalho em equipe. Segundo a organização do prêmio, os programas têm sido um sucesso, com a participação cada vez maior dos alunos em campeonatos nacionais e a adesão da comunidade. Pais e grupos locais estão envolvidos ativamente, participando de eventos e workshops, o que mostra o impacto das iniciativas da escola na comunidade local. A escola concorre na categoria Colaboração Comunitária e poderá ganhar US$ 10 mil, o equivalente a cerca de R$ 55 mil. As demais finalistas na categoria são o Colegio María de Guadalupe, da Argentina, e a Community School Salomé Ureña, dos Estados Unidos. Os vencedores e finalistas dos Prêmios Melhores Escolas do Mundo serão convidados para o World Schools Summit, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que acontecerá nos dias 23 e 24 de novembro. O evento reunirá líderes globais de educação, além daquelas consideradas as melhores escolas do mundo.

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Como as festas da Tupperware mudaram a vida de donas de casa

Empresa que transformou seus produtos em fenômeno cultural em todo o mundo entrou com pedido de falência

[caption id="attachment_38777" align="aligncenter" width="560"] Um exército de vendedores amadores, principalmente donas de casa, contribuíram para que a marca se popularizasse[/caption]       Texto Estação do Autor com DW Edição Scriptum   Após a Segunda Guerra uma empresa norte-americana especializada em recipientes plásticos criou a Tupperware. Com um inovador modelo de negócios que fazia suas vendas e captava novas vendedoras em festas femininas, a marca se transformou em um fenômeno cultural. Milhares de mulheres nos EUA e depois em outros países começaram seus próprios negócios. Na semana passada a empresa entrou com pedido de falência alegando a diminuição do interesse pelos seus produtos e a redução das margens de lucro. Embora possa ser o fim de uma era, a marca Tupperware continua presente na vida de milhões de pessoas e entrelaçada à história do século 20. De acordo com o site da Tupperware, em 1946 o empresário e químico americano Earl Tupper "teve uma fagulha de inspiração enquanto criava moldes em uma fábrica de plásticos". Descobriu então uma maneira de fabricar plástico flexível e durável, capaz de vedar tão bem quanto uma lata de tinta. Porém, quando seus recipientes foram lançados não tiveram o sucesso que o empresário esperava. Reportagem de Sarah Hucal para o site DW mostra como um exército de vendedores amadores, principalmente donas de casa, contribuíram para que a marca se popularizasse, vencendo a desconfiança de um produto inovador. A grande responsável pelo sucesso do império Tupperware foi Brownie Wise, uma mãe solteira com pouca educação formal que Tupper escalou como vice-presidente e chefe de vendas. Gênio do marketing com talento especial para vendas, ela ajudou a revolucionar a marca com seus métodos exclusivos. Wise havia trabalhado em uma empresa de produtos de limpeza, onde organizava o que era chamada de "festas em casa", reuniões entre amigas para vender produtos. Wise logo enxergou ali um mercado para a Tupperware. A realidade socioeconômica da década de 1950 foi perfeita para o sucesso dessa estratégia de marketing. As festas da Tupperware deram autonomia a donas de casa, que se tornavam consultoras, gerentes e distribuidoras do produto. Se por um lado as festas pareciam subversivas, por outro, o modelo de negócios reforçava a ideia de que o verdadeiro lugar da mulher era em casa. Apesar da narrativa de empoderamento feminino considerando Brownie Wise ícone da inserção das mulheres no mercado de trabalho, a história não terminou bem para a empresária. Ela foi expulsa da empresa que ajudou a construir em 1958, após um desentendimento com Tupper. No mesmo ano, a Tupperware foi vendida por US$ 16 milhões.

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