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Mulher trata TOC com implante cerebral inédito nos Estados Unidos
O aparelho foi projetado para combater epilepsia, mas os médicos decidiram incluir uma ação para o TOC após sugestão da própria paciente
[caption id="attachment_37828" align="aligncenter" width="560"] O neurocirurgião Ahmed Raslan e a paciente Amber Pearson[/caption]
Texto: Estação do Autor com AFP/O Globo
Edição: Scriptum
Nos últimos dias, mais uma vez Elon Musk ganhou destaque na mídia ao anunciar que uma de suas empresas, a Neuralink, havia implantado, na cabeça de uma pessoa, um chip que torna possível controlar um smartphone simplesmente pensando no aparelho. A ideia de inserir um implante cerebral não é nova. Cientistas sabem há décadas que a estimulação elétrica aplicada com precisão pode afetar o modo como o cérebro funciona.
Agora, num caso inédito, a americana Amber Pearson recebeu um implante revolucionário que, além de combater um quadro de epilepsia, trata também o TOC, transtorno obsessivo-compulsivo.
O aparelho foi inicialmente projetado para combater a epilepsia, mas os médicos decidiram incluir uma ação também para o TOC após sugestão da própria paciente, que por conta do transtorno lavava as mãos até sangrar, apavorada com a ideia de se contaminar com objetos do cotidiano. Reportagem da AFP publicada pelo jornal O Globo destaca a eficiência do novo implante, que trata de duas doenças concomitantemente e traz esperança para os aproximadamente 2,5 milhões de norte-americanos com transtorno obsessivo-compulsivo.
A estimulação cerebral profunda já é usada no tratamento da doença de Parkinson e outras condições que afetam os movimentos, incluindo a epilepsia. Já houve estudos sobre o experimento em pessoas com TOC. Entretanto, segundo o neurocirurgião Ahmed Raslan, que realizou o procedimento na Universidade de Ciência e Saúde de Oregon, em Portland, a técnica nunca havia sido combinada com o tratamento da epilepsia. O médico acredita que o avanço só poderia surgir fora do campo científico. Foi a paciente quem sugeriu: “Bem, você vai entrar no meu cérebro e colocar esse fio, e eu tenho TOC, você pode simplesmente colocar um fio para o TOC?”. Felizmente, a ousada sugestão foi levada a sério.
O mega enxame de cigarras que deve emergir pela 1ª vez em 200 anos nos EUA
Existem mais de 3.390 espécies de cigarras em todo o mundo; a Magicicada tem um ciclo de vida mais longo, ao contrário das chamadas não periódicas, que ficam adultas todo verão
[caption id="attachment_37822" align="aligncenter" width="560"] Vários americanos já planejam viagens para fugir dos trilhões de insetos que irão surgir de uma só vez.[/caption]
Texto: Estação do Autor com BBC News
Edição: Scriptum
Os Estados Unidos se preparam para receber trilhões de cigarras no mês de abril. A última vez em que um mega enxame aconteceu, há 200 anos, o presidente americano era Thomas Jefferson. Neste ano, duas ninhadas de cigarras voadoras irão emergir do solo ao mesmo tempo. Existem mais de 3.390 espécies de cigarras em todo o mundo, mas apenas sete das espécies norte-americanas são identificadas como periódicas. Essas têm um ciclo de vida mais longo, ao contrário das não periódicas, que ficam adultas todo verão.
Reportagem de Lucy Sherriff para a BBC News trata de detalhes e curiosidades do fenômeno, considerado pelo professor emérito de biologia Gene Kritsky, da Universidade Mount St. Joseph, em Ohio, um evento 'deliberadamente teatral'.
As diversas espécies do gênero Magicicada ganharam "seguidores em todo o mundo" devido a sua aparição em imensas quantidades. Os insetos não mordem, não picam, nem transmitem doenças, porém nem todos estão dispostos a conviver com eles. Com tantas cigarras emergindo de uma vez, o ruído pode ser ensurdecedor. Vários americanos se preparam para o evento comprando roupas "anticigarras". Outros já planejam viagens para fugir dos trilhões de insetos que irão surgir de uma só vez.
As ninhadas de cigarras são grupos complexos de diferentes espécies que emergem em várias partes do país ao mesmo tempo. O motivo exato que levou a uma sincronização ainda é objeto de debates científicos. Alguns acreditam que este fenômeno é resultado de "choques climáticos", mudanças súbitas e extremas do clima, capazes de fazer eclodir uma ninhada fora do seu cronograma habitual. Para o biólogo Gene Kritsky, os insetos estão emergindo mais cedo do que faziam um século atrás, demonstrando uma mudança de comportamento observada também em outras espécies.
Pequenas empresas respondem por 8 em cada 10 empregos criados em 2023
Pesquisa do Sebrae a partir de dados do Caged mostra que o setor de alimentação é o que mais contratou no período
[caption id="attachment_37817" align="aligncenter" width="560"] Ano passado o destaque ficou para o setor de serviços, que liderou a criação de empregos com 631 mil novas vagas.[/caption]
Texto: Estação do Autor com Agência Brasil
Edição: Scriptum
Mais uma vez as pequenas empresas mostram seu potencial na geração de empregos no País. Pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados revela que as micro e pequenas empresas (MPE) responderam por oito em cada dez empregos criados na economia em 2023.
Reportagem de Luciano Nascimento para a Agência Brasil detalha o estudo indicando que, pelo terceiro ano consecutivo, as MPEs foram responsáveis pela maior parcela na geração de novos postos de trabalho no Brasil.
Ano passado o destaque ficou para o setor de serviços, que liderou a criação de empregos com 631 mil novas vagas. Nas médias e grandes empresas, o saldo foi de 181 mil novos postos de trabalho.
Entre as atividades econômicas, se destacaram os segmentos de restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas, com 69 mil contratações; construção de edifícios, saldo de 58,1 mil vagas; e comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios, hipermercados e supermercados, com 47,9 mil vagas.
Entre os setores que mais contribuíram para a geração de empregos, em dezembro de 2023, estão o comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios; a comercialização de artigos de vestuário e acessórios; além de hotéis e similares, informou o Sebrae.
Como bombas de calor usam águas geladas de um rio para aquecer casas
Tecnologia sustentável que aquece milhares de lares em Mannheim, na Alemanha, tem como fonte de energia térmica as águas geladas do rio Reno
[caption id="attachment_37810" align="aligncenter" width="560"] Milhões de litros de água que fluem pelo Reno contêm energia térmica suficiente para aquecer várias vezes a cidade de Mannheim.[/caption]
Texto Estação do Autor com DW
Edição Scriptum
Tecnologia sustentável que aquece milhares de lares em Mannheim, na Alemanha, tem como fonte de energia térmica as águas geladas do rio Reno. Por não depender de combustíveis fósseis, as bombas de calor ganham adeptos em várias cidades do país.
Tim Schauenberg relata, em reportagem para o site DW, a experiência de mergulhar em águas geladas na tentativa de entender como é possível aquecer 3.500 apartamentos a partir de um rio de águas frias.
Felix Hack, gerente de projetos da usina municipal de energia, explica que os milhões de litros de água que fluem pelo Reno contêm energia térmica suficiente para aquecer várias vezes a cidade de Mannheim. A cidade gera a maior parte de sua eletricidade e aquecimento a partir do carvão, porém, a longo prazo, o planejamento prevê a alteração para uma combinação de energia geotérmica e aquecimento proveniente tanto da incineração de resíduos como do rio.
Países escandinavos já contam com essa tecnologia há algum tempo. Na capital sueca, Estocolmo, cerca de 90 mil apartamentos são abastecidos com calor proveniente de águas residuais industriais. Na cidade de Drammen, no sul da Noruega, mais da metade dos 103 mil habitantes aquece suas casas com energia térmica do fiorde gelado. Embora a tecnologia de bomba de calor esteja disponível há anos, levou algum tempo para que projetos de grande escala começassem a ser implantados na Alemanha. Hack relaciona isso aos baixos preços da energia fóssil no passado. Em Mannheim, a perspectiva de altas taxas de carbono, metas climáticas locais e subsídios estatais para a construção da usina foram fatores decisivos na decisão de ampliar o aquecimento a partir do rio.