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Preço baixo ameaça reciclagem de embalagem longa vida

Para os catadores, pagamento pelas caixinhas, que são altamente recicláveis, não compensam

  [caption id="attachment_38082" align="aligncenter" width="560"] Como a caixinha precisa ser desmembrada para poder ser reciclada, acaba muitas vezes não tendo um preço atrativo.[/caption]   Texto: Estação do Autor com Um Só Planeta/O Globo Edição: Scriptum Há quarenta anos, a caixinha “longa vida” faz parte da vida dos brasileiros. A embalagem, reciclável, que conserva leite, sucos e alimentos, é resultado de uma tecnologia que uniu o papelão a camadas de alumínio e plástico, permitindo um acondicionamento que dispensa geladeira e otimiza a distribuição da indústria alimentícia. No entanto, a mesma tecnologia que torna essa matéria prima reciclável gera mais custos para o transporte, comprometendo o reaproveitamento do material. Reportagem de Marco Britto para o site Um Só Planeta mostra porque os catadores estão preferindo recolher latinhas de alumínio em vez de caixinhas longa vida. Como se trata de um artigo que é desmembrado para poder ser reciclado, acaba muitas vezes não tendo um preço atrativo. A Tetra Pak, empresa que praticamente implantou o segmento de embalagens cartonadas no País, investe energia e inteligência monitorando o mercado de reciclagem. Seus recursos são usados para que sigam girando as engrenagens que levam as caixinhas das latas de lixo à indústria papeleira. Roberto Rocha, presidente da Ancat (Associação Nacional de Catadores), afirma que nos programas de coleta seletiva há um aumento significativo da presença dessa embalagem. Porém, o problema é o valor da comercialização. Além de presidir a associação, que conta com mais de 65 mil catadores cadastrados em todo o Brasil, Rocha também trabalha como catador. “Se estou na minha carrocinha e vejo uma latinha e uma caixinha, vou pegar a latinha. A caixinha vai passar direto. A embalagem cartonada paga R$ 0,45 a R$ 0,50 o quilo, e a latinha de alumínio vale R$ 6.” A embalagem está chegando na cooperativa e não está indo para a reciclagem. A prefeitura coleta, leva para a cooperativa, separa, mas, por uma questão de custo do frete, não manda ao reciclador. “Para nós a prioridade é que essa embalagem vá para a reciclagem”, afirma Valeria Michel, diretora de sustentabilidade da empresa no Brasil e Cone Sul, reconhecendo a crise. Uma das iniciativas é o apoio ao transporte do material proporcionando uma renda maior para os recicladores. Já o presidente da Ancat defende a importância da política de economia circular, além da discussão entre setor privado, catadores e todos os elos da cadeia de reciclagem Ele não reivindica assistencialismo, mas sim ações que gerem bons negócios para os catadores e para a sociedade como um todo.

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Quantidade de médicos no País é igual à do primeiro mundo

O Brasil tem 575.930 médicos ativos, ou 2,81 por mil habitantes. O número é semelhante ao de países como EUA e Japão, mas a distribuição dos profissionais pelas regiões ainda é muito desigual

[caption id="attachment_38070" align="aligncenter" width="560"] Desde o início da década de 1990, o número de médicos mais que quadruplicou, passando de 131.278 para a quantidade atual.[/caption]     Texto: Estação do Autor com Agência Brasil Edição: Scriptum   O número de médicos no Brasil disparou nas últimas décadas. São 575.93 profissionais ativos, uma proporção de 2,81 médicos por mil habitantes, a maior já registrada no País. As informações constam na Demografia Médica CFM - Dados oficiais sobre o perfil dos médicos brasileiros 2024, divulgada pelo Conselho Federal de Medicina. Desde o início da década de 1990, o número de médicos mais que quadruplicou, passando de 131.278 para a quantidade atual. No mesmo período, a população brasileira aumentou 42%, passando de 144 milhões para 205 milhões, segundo o IBGE. A proporção equivale a oito vezes superior à população em geral. O Brasil tem hoje taxa semelhante à do Canadá e supera Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e México. Reportagem de Paula Laboissière para a Agência Brasil mostra que um dos motivos foi a proliferação de faculdades de medicina. Atualmente, são 389 escolas médicas espalhadas pelo território nacional, o segundo maior índice no mundo, atrás apenas da Índia. O supervisor do estudo e conselheiro do CFM Donizetti Giamberardino expõe a preocupação do conselho quanto à velocidade de abertura de novos cursos, além do aumento das vagas em escolas já existentes. “A abertura de vagas em escolas médicas é algo de interesse público e deve acontecer por necessidade social”, afirma. O estudo mostra que o aumento de médicos ao longo das últimas décadas não resultou em distribuição igualitária pelo país. Apesar do crescimento no contingente de médicos brasileiros, o CFM considera que ainda há um cenário de desigualdade na distribuição, fixação e acesso aos profissionais. A maioria prefere se instalar nos Estados do Sul, Sudeste e nas capitais. Enquanto isso, os que vivem no Norte, Nordeste e em municípios mais pobres sofrem com a falta de investimentos em saúde, vínculos precários de emprego e ausência de perspectivas. No Sudeste, a proporção é superior à média nacional, com 3,76 médicos para atender mil habitantes. Ou seja, 51% do total de profissionais no Brasil estão na região que concentra 41% da população brasileira. “O número de médicos é razoável, mas ainda é mal distribuído. Se nós crescermos sem uma política de fixação, isso vai aumentar a desigualdade”, ressaltou Giamberardino.

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Português ‘abrasileirado’ provoca polêmica em Portugal

O uso de termos e expressões brasileiras pelos jovens portugueses é criticado pelos puristas da língua, mas isso vem acontecendo há décadas

[caption id="attachment_38066" align="aligncenter" width="559"] "Brasileirismos" são frutos de novelas brasileiras exibidas em Portugal e do sucesso de youtubers brasileiros no país[/caption]     Texto: Estação do Autor com BBC News Edição: Scriptum Um português “purista” recentemente denunciou em uma rede social de conteúdos anti-imigração a existência de uma placa de trânsito escrita em “português brasileiro” em Sintra, na região metropolitana de Lisboa. A sinalização, segundo o autor da mensagem, “assassina a língua de Camões que é o português europeu”. O que se coloca em pauta na realidade é o quanto o “brasileiro” influencia o idioma de Portugal. Ainda que existam outras leituras sobre a grafia da placa, o episódio reflete a posição de portugueses que rejeitam a presença de palavras e expressões brasileiras na língua falada em seu país. Reportagem de Julia Braun para a BBC destaca a opinião de linguistas e professores sobre o assunto. Para Fernando Venâncio, linguista português que estuda o tema há décadas, há sim uma presença cada vez maior de traços importados do outro lado do Atlântico no idioma falado em terras portuguesas. Entretanto, isso não é novidade. Desde o final da década de 1970 e princípio dos anos 80, “houve uma aquisição de brasileirismos gigantesca”, diz Venâncio. Na época, isso foi um reflexo do sucesso das novelas brasileiras em Portugal. Hoje, existe um novo fenômeno envolvendo principalmente crianças e adolescentes que acessam cada vez mais youtubers brasileiros, justifica o linguista. Já Graça Rio-Torto, professora de Linguística da Universidade de Coimbra, considera as novas construções e palavras aprendidas pelas crianças e jovens portugueses como aprendizados positivos. Em sua opinião isso enriquece o léxico dessas crianças. “Mas, se os pais portugueses têm preocupação com o fato dos seus filhos estarem a falar mais abrasileirado, lamento. Mas os responsáveis são eles. Não é tanto o contato com colegas brasileiros na escola que fazem com que elas falem assim, mas o número de horas que os pais permitem que elas fiquem na internet”, declara a professora. Para ela, essa é uma moda como outra qualquer e como tal circunscrita no tempo.

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China envia água para Maldivas, que sofrem com mudança climática

Para conquistar ponto estratégico no Oceano Índico, China usa água das geleiras do Himalaia, que estão derretendo, e atende necessidade das Ilhas Maldivas, atingidas pelas mudanças climáticas

[caption id="attachment_38055" align="aligncenter" width="560"] Mar invade território das Maldivas e afeta as fontes de água potável.[/caption]     Texto: Estação do Autor com AFP/ECOA UOL Edição: Scriptum   As Maldivas, um arquipélago do oceano Índico, sofre com as mudanças climáticas. Com o aumento do nível, o mar invade seu território e afeta as fontes de água potável. Recentemente, a China enviou mais de 1 milhão de garrafas de água de geleiras tibetanas para o país insular. O governo local teve que desmentir boatos de que a água seria para o consumo do presidente Mohamed Muizzu, que chegou ao poder no ano passado com uma plataforma pró-China e anti-Índia. Ao mesmo tempo que o arquipélago é cada vez mais dependente das usinas de dessalinização, no Himalaia as geleiras estão derretendo de maneira mais rápida produzindo água potável. Reportagem da AFP publicada no ECOA/UOL mostra os efeitos da crise que podem tornar as Maldivas inabitáveis, segundo informações do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU, em 2017. O Ministério das Relações Exteriores das Maldivas informou que a água foi um presente de Yan Jinhai, presidente da Região Autônoma de Xizang, ou Tibete. A água mineral, transportada em 90 contêineres, foi descarregada na capital, Malé, segundo a autoridade portuária. Além de suas praias de areia branca e do turismo de luxo, as Maldivas também ocupam uma posição estratégica nas rotas comerciais Leste-Oeste. A Índia considera que o arquipélago está dentro de sua esfera de influência, entretanto o país deu uma guinada recentemente na direção da China, seu principal credor externo e rival regional de Nova Déli. O presidente Muizzu visitou Pequim em janeiro, quando assinou uma série de acordos sobre infraestrutura, energia e agricultura. Em resposta, a Índia iniciou a retirada dos militares das ilhas que operavam uma base de vigilância aérea.

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