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Brasil é último colocado em capacidade de identificar fake news na internet

Estudo ‘Questionário da Verdade’ foi realizado em 21 países e foi publicado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico

[caption id="attachment_38488" align="aligncenter" width="766"] Pesquisa de campo ouviu mais de 40.760 pessoas em mais de duas dezenas de países[/caption] Redação Scriptum com TV Cultura O Brasil ficou em último lugar em uma pesquisa sobre a capacidade de identificar conteúdos falsos na internet, de acordo com o estudo ‘Questionário da Verdade’ , aplicado em 21 países e publicado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Reportagem publicada no site da TV Cultura aponta que a constatação é efeito dos ambientes em que o brasileiro costuma se informar. De acordo com a pesquisa, 85% das pessoas no Brasil têm o hábito de se informar pelas redes sociais. Enquanto boa parte dos brasileiros se informam pelas redes, apenas 30% da população do Japão, da Alemanha, do Reino Unido e da Finlândia buscam informações nessas fontes. No Brasil, 54% das pessoas acertaram na identificação de notícias verdadeiras. Colômbia, Suíça, França e Estados Unidos ficaram logo acima. Em primeiro lugar está a Finlândia, com 66% de acertos, seguida por Reino Unido, Noruega e Irlanda. No total, mais de 40.760 pessoas foram entrevistadas. "Nós estamos potencialmente nas redes em aplicativos de mensageria, por onde se criam grupos. Esses grupos têm muitos fatores de influência. Ou é o grupo da família, ou é o grupo da religião, ou é o grupo do futebol, é um grupo da cerveja, então tem sempre alguns que são os maiores influenciadores desses grupos e quando vem [a informação] por alguém que é a sua autoridade religiosa você confia naquilo”, explica Ana Regina Rêgo, coordenadora da Rede Nacional de Combate à Desinformação.

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ECA, 34 anos: proteção digital de crianças é principal desafio

Violência no ambiente digital deve reorganizar responsabilidades entre governo, sociedade, empresas e famílias

[caption id="attachment_38477" align="aligncenter" width="560"] Especialistas alertam para a necessidade de ampliar as formas de educação, conscientização e fiscalização no uso das novas tecnologias.[/caption]   Texto Estação do Autor com Agência Brasil Edição Scriptum   Criado há 34 anos o Estatuto da Criança e do Adolescente tem como principal objetivo garantir direitos e proteção de pessoas com menos de 18 anos. O marco legislativo, de 13 de julho de 1990, permitiu avanços importantes nas áreas de educação e de saúde infantil, além da criação de órgãos como os Conselhos Tutelares e Varas da Infância e da Juventude. Hoje, o ECA enfrenta desafios que na década de 1990 eram inexpressivos ou inexistentes, como, por exemplo, a proteção das crianças e adolescentes no ambiente digital. Em reportagem de Rafael Cardoso para a Agência Brasil, especialistas no tema e autoridades alertam para a necessidade de ampliar as formas de educação, conscientização e fiscalização no uso das novas tecnologias. “Sem o letramento digital, sem o supervisionamento, à mercê de dinâmicas mercadológicas e em substituição a condições saudáveis de desenvolvimento, o uso inadequado da internet pode se tornar um meio de adoecimento físico e mental significativo” disse Marina de Pol Poniwas, presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), em seminário realizado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, em Brasília, na última quinta-feira (11). Para Marina, é importante reconhecer esse cenário múltiplo já que atualmente falar de infâncias e juventudes passa necessariamente por um debate sobre o uso consciente de telas e dispositivos. Deve-se considerar também a violência no ambiente digital, que reorganiza responsabilidades entre governo, sociedade, empresas e famílias. Renata Escudero, advogada, mestre em direitos humanos e coordenadora do escritório da Human Rights Watch no Brasil, alerta para os perigos sobre o uso inadequado de dados digitais de crianças e adolescentes. Um deles é o de alimentar ferramentas de inteligência artificial (IA) que podem, entre outros problemas, gerar imagens e vídeos sexuais falsos. Recentemente, o Conanda publicou um conjunto de normas sobre direitos das crianças e adolescentes em ambiente digital. A resolução trata do combate à exclusão digital, mas também traz determinações sobre proteção. Empresas que atuam nesse ambiente devem se comprometer a encaminhar denúncias de violação dos direitos à Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos e às autoridades do Sistema de Garantia de Direitos, como conselhos tutelares e autoridades policiais. Para marcar e reafirmar os compromissos do ECA, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou o lançamento de um novo projeto. O “Diversidades das Primeiras Infâncias”, que destaca as diferenças entre as infâncias dos indígenas, negros, deficientes, de terreiro e em situação de rua. O objetivo é justamente reforçar a garantia de direitos fundamentais de todas as crianças, independentemente de classe social, raça, etnia, religião ou gênero.

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Cientistas se unem a povos da floresta para proteger sítios arqueológicos em risco

Projeto é financiado pela National Geographic Society e apoiado pelo INPE; atualmente há mais de 6 mil sítios arqueológicos cadastrados em toda a bacia amazônica

[caption id="attachment_38469" align="aligncenter" width="560"] Eduardo Neves, diretor do Museu de Arqueologia da USP: ideia é fazer sobrevoos na floresta para identificar sítios arqueológicos[/caption]

 

Texto Estação do Autor com Agência FAPESP

Edição Scriptum

Ao preservar sítios arqueológicos, cientistas, ao lado dos habitantes da região, protegem também a floresta amazônica. Tecnologias emergentes, como a de sensoriamento remoto aerotransportado “Lidar” (acrônimo em inglês para light detection and ranging), estão sendo aplicadas para mapear esses sítios em áreas ameaçadas.

Reportagem de Elton Alisson para a Agência FAPESP mostra que a descoberta, nas últimas décadas, de milhares de sítios arqueológicos na Amazônia tem contribuído para mudar a perspectiva sobre o passado da maior floresta tropical do mundo.

Resultados preliminares do projeto “Amazônia revelada”, foram apresentados em uma mesa-redonda realizada no último dia 9 de julho, durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade Federal do Pará, em Belém.

Eduardo Neves, diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, explica que a ideia é fazer sobrevoos na floresta para identificar sítios arqueológicos e registrá-los em órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para que recebam uma camada adicional de proteção.

Antes de realizar o mapeamento, os pesquisadores participantes do projeto, financiado pela National Geographic Society e apoiado pelo INPE, entre outras instituições, conversam com representantes das populações que vivem nos locais onde há vestígios de sítios arqueológicos, para saber se há interesse ou não de que sejam mapeados.

Ainda de acordo com o arqueólogo, atualmente há mais de 6 mil sítios arqueológicos cadastrados em toda a bacia amazônica. Na avaliação de Neves, é preciso pensar a Amazônia não somente como um patrimônio natural, mas também biocultural, como um produto da história das populações tradicionais que incluem não somente os povos indígenas, mas também populações quilombolas, ribeirinhas e beiradeiros, que vêm ocupando a região há pelo menos 13 mil anos.

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63% dos municípios não fazem concurso para professor há mais de 5 anos

Sistema educacional tem distorção grave: há mais docentes temporários que efetivos nas escolas públicas

[caption id="attachment_38464" align="aligncenter" width="560"] Expressivo número de contratos temporários faz com que os professores atuem em condições mais precárias, o que reflete nos resultados educacionais dos estudantes.[/caption]   Texto Estação do Autor com Folha de S.Paulo Edição Scriptum   A falta de processos seletivos para contratar professores criou uma distorção no sistema educacional brasileiro. Há hoje, no País, mais docentes temporários do que efetivos nas escolas públicas. Ao mesmo tempo em que a baixa frequência de concursos públicos deixa as unidades escolares, sobretudo em regiões vulneráveis, sem profissionais com formação adequada, há um contingente de docentes à procura de emprego em cargos efetivos na área. Cerca de seis a cada dez cidades do país estão há mais de cinco anos sem realizar concurso público para contratar professores para as escolas municipais. Os dados são de um diagnóstico feito pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em parceria com o Movimento Profissão Docente. Os resultados mostram que apenas 37% dos municípios tinham feito concurso público a menos de cinco anos. Reportagem de Isabela Palhares para a Folha de S.Paulo (assinantes) relata como a falta de processos seletivos levou o País a ter mais professores temporários do que efetivos nas escolas públicas. Ou seja, a maioria dos docentes atuam na rede pública sem garantia de estabilidade e sem possibilidade de progressão na carreira. O estudo aponta que 31% dos concursos tinham sido realizados entre 5 e 9 anos. Em 22%, entre 10 e 15 anos, e em 10% há mais de 15 anos. Foram detectados municípios que estão há mais de 20 anos sem fazer processo seletivo para docentes, como é o caso de cidades no interior da Bahia, Minas Gerais e Paraná. A situação é semelhante nas redes estaduais de ensino, que têm um tempo médio de cinco anos desde o último concurso público. Os responsáveis pela pesquisa entendem que o expressivo número de contratos temporários faz com que os professores atuem em condições mais precárias, o que reflete nos resultados educacionais dos estudantes. Também destacam que as más condições de trabalho fazem as redes públicas de ensino perderem bons professores, que acabam migrando para escolas privadas e até mesmo outras áreas de trabalho. Segundo Haroldo Rocha, coordenador do Movimento Profissão Docente, para incentivar a abertura de processos seletivos de forma frequente, entidades educacionais têm proposto a criação de uma prova nacional para o ingresso de docentes na rede pública. "Ter um exame nacional facilitaria o processo de seleção para Estados e municípios e os incentivaria a fazer a contratação de docentes com mais frequência, o que seria muito positivo para a educação pública em vários aspectos", complementa Rocha.

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