Pesquisar

Taxonomy - Destaquinho

A teoria da separação dos poderes e o marco legal do saneamento

Cientista político Rogério Schmitt usa Montesquieu como contraponto para explicar uma disputa entre Lula e o Congresso

Card link Another link
O artificialismo da redes sociais e a humanização da Inteligência Artificial

O ChatGPT pode ser irônico, poético e até romântico, constata o cientista político Rubens Figueiredo

Card link Another link
Pesquisas de popularidade do governo seguem sem muitas surpresas  

Rogério Schmitt escreve que os sucessivos retratos do eleitorado brasileiro têm mostrado que de cada dez eleitores, quatro avaliam bem o governo Lula, três avaliam mal e outros três estão em cima do muro

Rogério Schmitt, cientista político e colaborador do Espaço Democrático

O mês de agosto marcará a volta às aulas nas escolas de todo o País. Na política, marcará também a retomada da rotina normal de trabalho dos poderes legislativo e judiciário, que estiveram em recesso (formal ou informal) ao longo da maior parte do mês de julho. Somente o poder executivo se manteve em plena atividade no período. Uma boa ocasião, portanto, para atualizar o desempenho do governo Lula nas pesquisas nacionais de opinião pública.

Como tenho feito regularmente, neste artigo analisarei os números referentes a junho e julho. Ao longo do mês de junho, estiveram em campo quatro pesquisas sobre a popularidade do governo, todas feitas por institutos já bastante conhecidos (Ipec, Datafolha, Genial Quaest e Poder Data). Já em julho, talvez por causa das férias, dispomos apenas de duas pesquisas, ambas feitas por institutos de menor porte (Atlas Intel e Futura Inteligência).

O gráfico abaixo mostra as médias mensais das taxas de avaliação positiva, regular e negativa do governo Lula nos sete primeiros meses de 2023. Como se pode notar, não houve grandes mudanças em junho ou em julho. Quase toda a variação dos números está dentro das margens de erro habituais das pesquisas por amostragem.

O governo Lula terminou o mês de maio com uma avaliação positiva média de 41,4%. Houve uma pequena queda para 38% em junho, mas uma recuperação para 43,5% em julho. Na prática, desde janeiro, a popularidade (soma de “ótimo” e “bom”) do governo tem oscilado ao redor dos 40% do eleitorado.

Por seu turno, a avaliação regular tem oscilado próxima da casa dos 30% do eleitorado na maior parte do tempo. Entre maio e junho, ela aumentou de 26,6% para 30,5%. Mas teve uma boa queda em julho, para 25,0%.

Finalmente, a avaliação negativa (soma de “ruim” e “péssimo”) também tem variado em torno da casa dos 30%. Ela quase não variou entre maio (28,7%) e junho (28,5%), mas em julho já teve um pequeno incremento (para 30,8%).

Portanto, os sucessivos retratos do eleitorado brasileiro têm mostrado, neste ano, que, de cada dez eleitores, 4 avaliam bem o governo Lula, 3 avaliam mal e outros 3 estão em cima do muro.

Vale ressaltar, por fim, que estes números são distintos dos que se referem à aprovação pessoal do presidente Lula, que analisarei em artigo futuro.

Card link Another link
Mais sobre o PIB mais fraco no segundo trimestre de 2023

Dados de junho ainda não estão disponíveis, mas o economista Roberto Macedo arrisca a previsão de que a variação do PIB será negativa no segundo trimestre

Roberto Macedo, economista e colaborador do Espaço Democrático Edição: Scriptum   Nosso artigo anterior mostrou que o IBC-Br – o índice do Banco Central que procura prever mensalmente o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto), avaliado trimestralmente pelo IBGE –, estimou para maio um número negativo, taxa de -3%. A variação do mesmo índice em abril foi positiva, de 0,8%. O Monitor do PIB, da Fundação Getúlio Vargas, que também procura antecipar mensalmente as taxas de variação do PIB trimestral do IBGE, revelou também uma queda de 3% em maio – no caso de abril, a previsão também foi negativa, de 1,2%. Com esses resultados, ponderamos ser provável que a variação do índice calculado pelo IBGE para o segundo trimestre deste ano, a ser divulgada no início de setembro, poderá ser até negativa se no mês de junho não ocorrer uma taxa positiva que compense essas variações predominantemente negativas de abril e, principalmente, maio. Reportagem publicada no jornal Valor Econômico no dia 28 de julho mostrou uma análise setorial que também dá suporte a esse cenário. É uma reportagem longa e seu título sintetiza o conteúdo: Dados iniciais sinalizam freio na atividade do segundo trimestre. Vejamos as taxas de desempenho mensal setoriais já disponíveis, conforme essa reportagem, de abril em relação a março e de maio em relação a abril: serviços (-1,5% e 0,9%), varejo ampliado (-2,4% e -1,1%) e produção industrial (-0,6% e 0,3%), respectivamente. Nota-se uma predominância de taxas negativas – quatro entre seis – e no setor de serviços, que é o mais importante, a negativa é bem maior que a positiva. O texto não apresenta as taxas do agronegócio, mas sabe-se que o avanço trimestral do primeiro trimestre ocorreu a uma taxa excepcional de 21,6%(!). É no mesmo trimestre que predominam as colheitas. Com a queda ou a finalização da safra no segundo trimestre, espera-se que o desempenho em relação ao trimestre anterior seja também negativo. A influência do setor do agronegócio também se espelha no fato de que a variação do PIB total no primeiro trimestre de 2023, em relação ao mesmo período de 2022, foi de 4%, enquanto que a variação prevista pelo boletim semanal Focus do Banco Central para o segundo trimestre de 2023, relativamente ao mesmo período de 2022, está perto de 2%. Os dados de junho ainda não estão disponíveis, mas com base nas considerações acima arrisco a prever que a variação do PIB medida pelo IBGE será negativa no segundo trimestre desse ano. Voltaremos ao assunto quando essa taxa for conhecida, no início de setembro. Ou mesmo antes, se algum fato novo for relevante para a discussão do assunto, o qual me atrai particularmente a atenção, pois a variação do PIB é crucial para acompanhar o andamento da economia, do qual dependem muitas coisas, tais como a variação do emprego, dos salários e a da arrecadação tributária.   Os artigos publicados com assinatura são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente a opinião do PSD e da Fundação Espaço Democrático. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

Card link Another link

ˇ

Atenção!

Esta versão de navegador foi descontinuada e por isso não oferece suporte a todas as funcionalidades deste site.

Nós recomendamos a utilização dos navegadores Google Chrome, Mozilla Firefox ou Microsoft Edge.

Agradecemos a sua compreensão!